Você tem sido um pai/mãe muito permissivo? 6 dicas para deixar de ser

Ser um pai permissivo torna os filhos impulsivos e intolerantes, e com grande dificuldade para lidar com frustrações no futuro. Se você é permissivo e quer mudar, reserve um minuto para ler este artigo.

Maia Fernandez

Como professora, tenho que lidar diariamente com um grande número de crianças de diferentes personalidades e jeitos de ser. 

Atualmente, as novas gerações de crianças têm pais que, por medo da violência, têm sido muitas vezes bastante permissivos, achando que se estabelecerem limites, estarão exercendo pressão negativa sobre elas. Isso geralmente torna mais difícil fazer um grupo de crianças avançar sem distúrbios ou desequilíbrios, pois estão acostumadas a não ter limites.

O trabalho em sala de aula permite-me ver que enquanto há crianças que aceitam sugestões, que são tolerantes e receptivas, há outras que são teimosas, que se deixam levar por seus impulsos negativos, irritam-se facilmente e muitas vezes batem nos colegas quando eles não reagem como elas querem.

É essencial, como educadores de adultos – quer sejamos pais ou professores, ajudá-los a desenvolver autocontrole, a aprender a aceitar cada pessoa e as diferentes circunstâncias da vida como são, a aceitar os erros como parte fundamental dos processos de aprendizado.

É na infância o momento certo para corrigir esse tipo de comportamento, pois na adolescência sua personalidade estará plenamente formada e será muito mais difícil. 

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Como fazer isso? Aqui estão algumas sugestões sobre quais padrões e atitudes devem ensinar-lhes:

1. Tranquilidade

Devemos manter a calma diante dos erros, sem nos frustrarmos, mas aprendendo com eles. Cada erro deixa um aprendizado.

2. Paciência

Tem que ter paciência, aprender a esperar. As pessoas intolerantes costumam não ter paciência perante diferentes eventos da vida. Querem “tudo para hoje”. 

Cada coisa tem o seu tempo, não dá para apressar. Senão, vamos fazer do jeito errado.

3. Raciocinar

É preciso pensar antes de agir. Ser reflexivo. Aprender a não falar compulsivamente, mas estar ciente do que queremos dizer e de como isso pode afetar nossa vida e a de outras pessoas. Por outro lado, agir compulsivamente nos levará a tomar decisões erradas.

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4. Respeitar

Na hora de falar, é preciso respeitar a vez e cada participante da conversa. Outra característica das pessoas impulsivas é sempre querer falar primeiro e interromper os outros.

5. Pensar

Se eles nos perguntarem algo, parar um pouco para pensar antes de responder.

6. Estabelecer limites

Devemos estabelecer limites com amor, sem violência, mas com firmeza.

É importante ter em mente que quando as crianças não cumprem essas normas de boa cidadania, isso acaba impedindo-as de aproveitar a vida e se relacionar corretamente com os outros. Além disso, acabarão tendo sempre problemas em suas relações emocionais ou de trabalho. Não irão conseguir cumprir seus objetivos de longo prazo nem serão pacientes com os outros. Uma interação ruim com os outros leva a muitos confrontos e problemas, e a não alcançar a tão desejada felicidade.

Leia: Está difícil estabelecer limites? Aprenda com estes 4 passos

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Estas são dicas bem úteis para toda a família, pois ajudam muito no convívio diário. Por outro lado, as crianças aprendem com nosso exemplo e nos imitam. Por isso, e por nós mesmos, devemos analisar essas dicas se tivermos um perfil de pessoa intolerante ou esquentada. Eles nos ajudarão a espalhar nosso grão de areia para viver uma vida mais tranquila e serena, seja como indivíduo, família ou sociedade.

Leia também: 7 coisas que, como mãe conservadora, ensino a meus filhos

Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original Si has sido un padre demasiado permisivo y ahora quieres cambiar, este artículo es para ti

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Maia Fernandez

Maia Fernández mora na Argentina. Considera fundamental a educação das crianças e a arte como parte insubstituível disso.