Aplique estas dicas e seu filho vai parar de mentir

Se fizer isso, seu filho não sentirá mais necessidade de mentir. Experimente!

Erika Strassburger

Se há algo que nos deixa preocupadas, como mães, é descobrir que nosso filho mentiu. E quando as mentiras são constantes, ficamos simplesmente apavoradas tentando entender o porquê de ele estar mentindo, se é só uma fase ou faz parte de sua personalidade. Ficamos imaginando que, se não tiver cura, nosso rebento vai acabar tendo o fim do tio Joaquim, que mentia, era trambiqueiro, arranjou uma amante casada e foi morto pelo marido dela. “Será que ele herdou essa genética?” Sim, nossa imaginação vai longe!

Apesar de parecer engraçado, surgem ideias extremas como essa em nossa mente. Na verdade, queremos que isso acabe imediatamente, e teremos mais dificuldade para confiar no que ele disser daí por diante, até que nos prove o contrário. Será que esse é o caminho?

Não comparar mentira de criança com mentira de adulto

Especialistas dizem que, até por volta dos seis anos de idade, as crianças não conseguem separar completamente a imaginação da realidade, por isso incluem pontos fantasiosos em conversas cotidianas. Mesmo assim, elas podem mentir intencionalmente.

A psicóloga infantil Daniela F. de Farias disse que quando vemos uma criança mentindo, logo pensamos “na mentira do adulto, na mentira do caráter, da falta de caráter. Mas na criança, esse momento ainda é vivido de uma maneira diferente. E é importante que a gente saiba disso”.

Ela explica que a criança costuma mentir pelas seguintes razões:

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Para fazer o que quer sem desagradar o adulto

Ela quer continuar fazendo algo, ou não quer fazer o que o adulto pede, mas não o quer desagradar. Então, ela mente para deixar o adulto tranquilo e ainda poder continuar fazendo o que quer – ou não fazer o que não quer.

Por exemplo, a mãe vê a criança brincando depois do jantar e pergunta se ela já escovou os dentes. Ela mente que já, a mãe fica feliz e ela continua brincando feliz. Com aquela mentira, ela conseguiu manter a harmonia no lar.

Por medo

Neste caso, a criança quer evitar uma reação exacerbada dos pais, quer evitar o castigo, o confronto ou uma surra.

A psicóloga sugere alguma coerência, constância e consequência em vez do castigo, do descontrole e das surras. Isso fará a criança ser transparente e verdadeira.

Outros conselhos importantes:

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Ouvir as razões da criança

Em vez de focar na mentira em si, os pais precisam tentar entender o que levou a criança a mentir.

Isso me fez lembrar de uma situação: quando eu era pequena, escondia o bife embaixo da toalha da mesa e colocava o prato em cima para meu pai não ver que eu não tinha comido tudo. Ele me obrigava a comer um bife inteiro e eu simplesmente não conseguia, não tinha apetite. Meu pai era autoritário e eu mentia por medo.

Minha mãe me acobertava, talvez ela achasse o bife grande demais, não sei. O certo seria ela conversar com ele, explicar o que estava acontecendo, expondo seu ponto de vista, e ele vir falar comigo para tentar me entender. Esse diálogo teria evitado mais mentiras, além da solução do meu problema com uma simples visita ao médico.

Negociar

O importante é entender o porquê da mentira e ser flexível naquilo que dá para negociar.

Há coisas que não são negociáveis – como escovar os dentes e fazer a lição de casa, por exemplo – mas a criança pode substituir um prato de comida por um sanduíche natural quando estiver sem apetite (claro que esporadicamente, para não prejudicar sua saúde). O importante é que ela saiba que pode confiar em nós, porque se for algo que dá pra negociar, haverá um acordo.

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Se a criança souber que não precisa mais mentir, porque, o que quer que ela tenha feito de errado, os pais vão escutá-la e tentar entender com toda sinceridade as suas razões – em vez de reagir com gritos, castigos ou surras; ela não vai mais sentir necessidade de mentir. E você estará criando filhos honestos, que se tornarão adultos de ótima índole e caráter.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.