Chamam o mal de bem e o bem de mal. O que está acontecendo com o mundo?

Aí está o porquê de algumas pessoas a inverterem os valores. Só depois que tomarem consciência disso é que poderão trilhar o caminho de volta.

Erika Strassburger

Vivemos em uma época maravilhosa e única! Graças aos avanços nos campos da ciência, medicina, tecnologia, entre outros, nunca se teve tanto acesso a coisas que facilitam e melhoram a nossa vida em todos os aspectos. Graças a isso, nossas dores físicas pode ser amenizadas, as distâncias são encurtadas e temos acesso a todo tipo de informação em dois cliques.

Apesar de todo conhecimento disponível, da facilidade em acessá-lo e em buscar verdade – isto é, a luz – muitos rejeitam-na, não dão valor a ela, preferindo andar nas trevas. Mas por que rejeitar o conhecimento da verdade se ele está tão acessível em nossos dias?

Nascemos com a capacidade de discernir entre o certo e o errado

Todas as pessoas mentalmente saudáveis, quando atingem a idade da responsabilidade – que gira em torno dos oito anos, têm sua consciência aguçada, sendo capazes de diferenciar o certo do errado. Então, se uma criança de oito anos roubar um doce no mercado, por exemplo, ela vai saber que o que fez é errado, e vai se sentir mal por isso.

Se aos oito anos de idade somos capazes de nos sentir mal por um erro cometido, reconhecendo-o como algo errado e mau, essa capacidade não nos abandona pelo fato de envelhecermos. Pelo contrário, podemos aguçá-la pela experiência.

Mas por que algumas pessoas “invertem os polos” com o tempo?

Para entendermos como uma criança doce, pura e propensa a se arrepender por um erro cometido pode se tornar um adulto inconsequente e avesso ao que é bom, precisamos entender algo que nossos olhos não veem, mas é totalmente real. E você certamente já sentiu.

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Estamos em meio a uma guerra espiritual

Não viemos à Terra a passeio. Estamos aqui por um propósito: o de conhecer o nosso Pai Celestial e Seu Filho, nosso Salvador Jesus Cristo, guardar Seus mandamentos e convênios e perseverarmos até o fim de nossa jornada mortal. Se assim o fizermos, poderemos voltar a viver com nosso Deus, na companhia de nossa família, até mesmo amigos, num estado de felicidade plena.

O Senhor não nos deixou sozinhos nessa jornada. Podemos contar com a Sua ajuda por intermédio do Espírito Santo, o qual nos inspira, protege e alerta contra os erros e perigos. Então, além da nossa consciência – também conhecida como Luz de Cristo, há o Espírito Santo para nos ajudar a fazer escolhas certas e evitar o erro.

Assim como a nossa consciência e o Espírito Santo nos ajudam a escolher o bem, há uma legião de espíritos caídos tentando-nos a fazer escolhas ruins. O inimigo, chefe-mor dessa legião, trabalha incansavelmente pelo nosso fracasso, quer nos impedir de voltar à presença de Deus. Quer que sejamos tão miseráveis quanto ele é.

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“Ninguém pode servir a dois senhores”

Em meio a essa guerra espiritual, as pessoas precisam se posicionar. Para o nosso progresso terreno e eterno, precisamos nos esforçar para fazer escolhas corretas, mesmo em meio a alguns erros – que podem ser apagados através do arrependimento sincero, afinal, não existe perfeição nesta esfera mortal.

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Porém, se em vez de tomarmos as rédeas de nossas escolhas, nós acabarmos “deixando a vida nos levar”, ou seja, levando uma vida sem regras e limites, e sem a busca do arrependimento constante; acabamos ficando espiritualmente insensíveis, porque o Espírito Santo vai cessar de lutar ao nosso lado e nossa consciência fica “anestesiada”. Na verdade, somos nós que nos afastamos dele.

É neste ponto que passamos a inverter os valores

Gradualmente, vamos quebrando um mandamento atrás do outro, até não darmos mais importância às Leis de Deus. Quando a luz sai de campo, as trevas tomam conta. Algumas pessoas chegam a se tornar avessas ao que é bom e justo. Passam a perseguir o que é bom e zombar dos bons. Para elas, o errado se torna o certo a fazer. E o certo passa a ser retrógrado e preconceituoso, uma barreira para os seus objetivos.

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Estamos nos “últimos dias”

Sobre a nossa época, o Apóstolo Paulo disse: “Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (II Timóteo 3:1). Muitos séculos antes, junto com uma profecia também para a nossa época, o profeta Isaías advertiu: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, e da luz, trevas; e fazem do amargo doce, e do doce, amargo! ” (Isaías 5:20-21)

Essa a inversão de valores que vemos em nossa época tornam, realmente, nossos tempos trabalhosos. É muito triste e desanimador ver tantas injustiças sendo cometidas, tanta perseguição e zombaria direcionadas o que é bom, e desprezo pelo justo e digno. O “Ai” dito pelo profeta Isaías foi uma expressão de alerta. “Ai deles”, por fazerem isso. Ou seja, isso não “passará batido” dos olhos Daquele que tudo vê.

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Mas há um caminho de volta

Aqueles que “chutaram o balde”, entregando-se à vida, devem saber que não isso precisa ser assim. Não precisa ser definitivo. Há um caminho de volta! Ele começa quando a pessoa reconhece que precisa mudar. A partir do momento em que ela se pergunta “o que estou fazendo da minha vida?”, acende uma luz, e essa luz pode se tornar mais forte e brilhante à medida que ela volta aos braços do Pai, com um coração arrependido, disposta a fazer os ajustes necessários para estar em harmonia com os Seus ensinamentos.

“Aprendei a fazer o bem (..) Vinde agora, e argui-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.” Que promessa maravilhosa o Senhor tem para aqueles que decidem “reverter os polos”, retornar ao caminho da sabedoria e da sobriedade. Ele nos ama tanto, quer nos perdoar! Quer nos ajudar a resgatar a sensibilidade, a reaprender a enxergar o que é belo e bom.

Apesar dos tempos trabalhosos e da inversão de valores de nossa época, também há maravilhas para contemplarmos, aprendermos e participarmos. Que possamos fazer bom uso de nosso tempo e recursos na busca da verdade. A verdade liberta. Somente depois de sermos libertos por ela, voltaremos a enxergar com clareza o que “é do bem” e o que “é do mal”, como as crianças costumam dizer.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.