Às vezes, o arrependimento chega tarde demais: que não aconteça com você!

A melhor coisa que você pode fazer na vida é se arriscar, sempre será melhor do que se arrepender.

Erika Otero Romero

“A culpa significa que desperdiça seus momentos presentes

por estar imobilizado devido a um comportamento passado”.

Wayne Dyer

Há muitos sentimentos e emoções que nos embargam ao longo de nossas vidas. Algumas vezes sentimos amor e carinho, outras, decepção. Quando alguém nos magoa sentimos tristeza. A felicidade vem com a satisfação de conseguir algo. A raiva nos inunda quando alguém nos ofende ou as coisas saem mal.

Estes são sentimentos e têm um objetivo que é obter resultados imediatos; no entanto, há um que é completamente improdutivo, esse é o arrependimento.

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O que é arrependimento?

É um sentimento de pesar ou culpa que alguém experimenta por fazer, dizer, ou ter deixado de fazer ou dizer algo.

O arrependimento está vinculado a vários aspectos:

1. Uma mudança de opinião.

2. A tomada de uma decisão.

3. Quando se age de forma incoerente perante um compromisso assumido.

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Ainda que às vezes o arrependimento possa nos levar a retomar um propósito no qual falhamos por pouca força de vontade, na maioria das vezes é improdutivo e daninho. A razão é que gera uma carga emocional tão grande que pode interferir com nossa paz mental, nossas relações pessoais, inclusive com nossa vida profissional.

Seja como for, o arrependimento pode nos levar a não correr riscos e fazer com que “nos deixemos levar pela corrente”, isto porque preferimos lamentar o que não aconteceu, a ter que sofrer por uma má escolha.

Há arrependimentos que chegam tarde demais

O arrependimento pode ser experimentado em qualquer idade; no entanto, é muito comum que, ao aproximar-se a velhice, as pessoas sintam a necessidade de ressarcir as coisas das quais sentem arrependimentos.

Como eu disse antes, há atos que podemos compensar, mas há outros que não importa o quanto façamos, o dano é mais profundo e não se consertam com um “sinto muito”.

Tendo em conta o acima mencionado, deixo em seguida 6 situações que se não remediarmos a tempo, o que nos resta de vida não nos alcançará para lamentá-lo.

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1 Não aproveitar o tempo

Se procrastinamos muito ou nos deixamos levar pela preguiça, perder tempo é algo que a longo prazo gera arrependimento.

A realidade é que em algum momento nos tornamos conscientes de todas as oportunidades perdidas porque demos prioridade ao descanso ou à diversão.

Deixar passar o tempo é algo que muitas vezes se paga caro. Por isso, o melhor é que nos esforcemos por fazer as coisas bem e a tempo. O que faz com que sejamos às possibilidades e às novas oportunidades de vida que podem chegar nos momentos mais inesperados.

2 Não passar tempo de qualidade com os entes queridos

Como o ponto anterior, parar de ir ver os avós ou os pais porque preferimos estar no trabalho, em viagem ou em casa descansando, é uma situação que se lamentará quando eles já não estiveram mais conosco. Isto aplica-se não só à família, mas também aos amigos e aos outros entes queridos.

Quer vivamos noutro ponto da cidade ou do mundo, podemos sempre fazer uma ligação ou uma visita às pessoas que nos amam. Tente fazê-lo quantas vezes puder porque a vida não tem garantias de duração e nunca saberemos quando teremos que deixar este mundo.

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3 Ser incapaz de expressar o que sente

Esta é também uma situação muito comum. Em todo o lado há pessoas que, seja pela sua educação ou pela sua maneira de ser, têm muita dificuldade em dizer, às pessoas que querem, que as amam e que precisam delas nas suas vidas.

Este é também um aspecto que “apresenta a conta” quando perdemos as pessoas que mais amamos. Mais uma vez, ao não sabermos quando vamos perder a vida, o melhor que podemos fazer é manifestar os nossos sentimentos de forma sincera para não sentirmos qualquer tipo de remorso.

4 Prolongar um mau relacionamento

Se há algo de que homens e mulheres se queixam de igual modo, é o tempo que se perdeu numa má relação.

No entanto, há algo importante a ter em conta: muitas vezes uma má relação deixa-nos grandes ensinamentos. Sim, o tempo investido pode causar muito arrependimento, mas se virmos o lado positivo do assunto, é que a lição, se bem aprendida, jamais será esquecida ou repetida.

5 Perder tempo em um emprego que o deixa infeliz

Não há nada mais terrível do que um emprego que nos deixa infelizes; sei por própria experiência. Em geral, um trabalho horrível não só nos faz perder tempo, mas também saúde mental e física; honestamente, não vale a pena.

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A minha recomendação é que dê a si mesmo uma oportunidade de uma nova experiência de trabalho. Se depois de um tempo isso é terrível e não o ajuda a avançar na vida, o melhor é que a deixe o mais rápido possível.

6 Viver para agradar aos outros

Nada mais terrível do que viver com a sensação constante de que devemos fazer os outros felizes, mesmo que isso custe a nossa felicidade.

Isso acontece muito nas relações entre pais e filhos, onde os primeiros sentem que por sua experiência têm o poder de dizer a seus filhos como viver. Além disso, é natural que sintam que seus filhos devem obedecer-lhes apesar da vontade deles.

Pode ser que, no início, os filhos façam por medo ou desejo de agradar; no entanto, assim que o caráter e a personalidade amadurecem e se fortalecem, é natural que cada filho deseje viver sua própria vida, embora isso represente sofrimento por efeito das más escolhas. Mas isso não acontece apenas nas relações entre pais e filhos, acontece também nos casamentos, com os amigos, no trabalho. A verdade é que agradar aos outros nos deixa infelizes e obstrui nosso crescimento pessoal.

Por último, é meu dever dizer que sempre estamos em tempo de aproveitar o tempo da melhor maneira. Por isso, fica em aberto o convite de passar mais tempo em família, a ter um emprego que o faça feliz e não ter medo de errar ou ficar sozinho.

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Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original A veces, el arrepentimiento llega demasiado tarde: que no te suceda

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Erika Otero Romero

Erika é psicóloga com experiência em trabalhos comunitários, com crianças e adolescentes em situação de risco.