4 lições que Davi nos ensina ao enfrentar Golias

Todos temos vários Golias para derrotar ao longo da vida. Quando defrontar os seus, lembre-se do pequeno grande Davi, que conseguiu o improvável com a ajuda do Senhor.

Erika Strassburger

Uma das histórias mais impressionantes da Bíblia tinha tudo para dar errado. De um lado, um gigante filisteu, forte, com aspecto assustador, perito em batalhas e convicto de sua vitória. Do outro, um jovem pastor israelita, desarmado e sem qualquer experiência em guerra. Mas havia uma diferença imensa entre os dois, que veremos mais adiante.

Nessa época, os filisteus estavam em guerra contra os israelitas. E eles contavam com uma “máquina mortífera”: Golias. O gigante desafiou Israel, pedindo que escolhessem um homem capaz de lutar contra ele. “Chegava-se, pois o filisteu pela manhã e à tarde; e apresentou-se por quarenta dias. (…) Porém todos os homens em Israel, vendo aquele homem, fugiam de diante dele e temiam grandemente” (1 Sam. 17:16 e 24).

Certo dia, Jessé, pai de Davi, pediu que o filho levasse alimento para os irmãos mais velhos que lutavam no exército de Saul, na peleja contra os filisteus. Foi então que ele viu Golias e as coisas que ele dizia, e se indignou: “Quem é, pois, este incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” (v.26), e se ofereceu para enfrentá-lo.

Veja o que aconteceu na sequência e que lições podemos extrair dessa história para aplicar em nossa própria vida:

1. Reconhecer o caráter sagrado de nossas batalhas

Ao questionar a petulância de Golias em “afrontar os exércitos do Deus vivo”, Davi reconheceu o caráter sagrado da condição de povo do convênio. Apesar de terem “pisado na bola” várias vezes, os israelitas ainda eram o povo do convênio. O Senhor continuava querendo santificá-los, abençoá-los e protegê-los.

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Muitos de nós precisamos lutar para defender o que há de mais sagrado para nós: nosso casamento, nossos filhos, nossa família, nossa fé, nossa liberdade religiosa e de expressão etc. Reconhecer a importância dessas coisas para nós, o quanto são sagradas, dá-nos coragem para lutar com toda a nossa força e não recuar.

2. Por mais assustador que o mal pareça, quando temos Deus ao nosso lado, não precisamos temer

Além do tamanho e aspecto assustador de Golias, ele apareceu usando um capacete de bronze, uma couraça de escamas, caneleiras e escudo de bronze. Levava uma lança de ferro, sendo cada artefato, segundo o primeiro livro de Samuel, capítulo 17, muito pesado. Do ponto de vista do homem, ele era invencível. Mas não para Deus.

Sabemos que Davi foi para a batalha sem armadura e praticamente desarmado, levando apenas uma funda e algumas pedras. Em vez de ficar apavorado, o jovem disse: “Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos Exércitos de Israel, a quem afrontaste”.

Muitas situações podem nos deixar simplesmente apavorados, uma perseguição injusta, a perda de um emprego, uma doença grave, um pecado ou fraqueza. Seja o que for, independentemente do quão terrível pareça, precisamos nos apegar ao Senhor em oração, guardando Seus mandamentos, e confiar que Ele irá lutar essa batalha ao nosso lado. Se estivermos em uma batalha justa, podemos contar com a ajuda do Senhor dos exércitos.

3. Manter vivas na lembrança as vitórias passadas

Davi explicou ao rei Saul que o Senhor o ajudara anteriormente, quando, para defender o rebanho que ele apascentava, matou um leão e um urso com as próprias mãos. “O Senhor me livrou da mão do leão e do urso; ele me livrará da mão deste filisteu”, disse.

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Pense em quantas coisas difíceis você já passou na vida, quantas vezes deu a volta por cima. Você pode ter superado um divórcio, a morte de um ente querido, uma doença, a perda de um emprego, uma situação financeira difícil. Você se lembra dos milagres que ocorreram para tornar seu restabelecimento possível? Ter vivas na lembrança as vitórias passadas, que alcançamos com a ajuda do Senhor, faz com que tenhamos fé e confiança de que poderemos vencer novamente.

4. Nenhum mal é inderrotável nem cem por cento blindado

Apesar de todo aparato de guerra, uma brecha foi suficiente para que o filisteu fosse atingido e morto. “E Davi pôs a mão no alforje, e tomou dali uma pedra e com a funda a atirou e feriu o filisteu na testa, e a pedra se lhe encravou na testa, e caiu sobre o seu rosto em terra. (…) e Davi feriu o filisteu e o matou sem que tivesse uma espada na mão.” Depois, ele subiu sobre o gigante caído, pegou sua espada e cortou-lhe a cabeça.

Isso nos serve de lição para quando olharmos para algo ruim que nos afeta grandemente e que, aos nossos olhos, parece inatingível ou inderrotável. Também serve para quando nos depararmos com desafios intransponíveis, como, por exemplo, passar no vestibular para um curso muito disputado, ou passar em uma entrevista de emprego, ou aprender a fazer algo difícil no trabalho etc.

Ao escolhermos batalhas dignas para lutar ao longo da vida, podemos contar com a ajuda do Senhor. Ele está ciente de nossas fraquezas e imperfeições, e quer nos ajudar. Ele pode todas as coisas e moverá montanhas para o nosso bem.

No entanto, devemos aceitar a Sua vontade em nossas lutas, porque nem sempre uma batalha vencida é aquela em que saímos por cima. Muitas vezes, uma aparente derrota nada mais é do que uma vitória contra nosso orgulho, egoísmo e outros inimigos que temos dentro de nós.

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Se, no final do dia, saímos de cada batalha pessoas melhores do que éramos quando entramos, independentemente do resultado em si, com certeza saímos vitoriosos.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.