Útero de mãe rompe e pernas do bebê ficam para fora: veja como isto pode acontecer

Ela nem percebeu que seu útero havia rompido!

Rachel D.C.

O que aconteceu

Segundo o Doutor Pierre-Emmanuel Bouet, do Hospital Universitário d’Angers, na França, uma mulher de 33 anos que fazia ultrassonografia de rotina descobriu na 22° semana de gestação que seu útero havia rompido e as pernas do feto estavam para fora do órgão, e se encontravam na cavidade abdominal.

Ela não sentiu nada e, felizmente, o bebê e a mãe estão bem, mas em muitos casos isso pode ser bastante perigoso. O caso dessa paciente foi apresentado em um artigo científico na revista The New England Journal of Medicine.

Sintomas e ajuda médica

O médico e a paciente optaram por apenas monitorar a gravidez de perto. Mas o médico informou à paciente que haviam riscos por causa da ruptura, como a ruptura completa do útero, placenta acreta, histerectomia e parto prematuro. Uma ressonância magnética feita em seguida mostrou que a ruptura uterina era de 2,5 cm e o saco amniótico havia se projetado 19 cm para fora do útero.

Na 30ª semana de gestação, foi feita uma ultrassonografia novamente e a projeção da bolsa amniótica no abdômen havia aumentado em 5 cm e, além das pernas, o abdômen do bebê também estava fora do útero.

O parto

Na 30° semana de gestação, através de cesária, o bebê nasceu saudável com 1,3 kg. Depois do parto, a ruptura uterina e a amniocele foram reparadas e a paciente não teve nenhuma complicação. A paciente voltou para casa após 5 dias e também teve uma recuperação sem complicações.

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Por que isso ocorre?

De acordo com o site ABC.med, essas são algumas razões porque a ruptura pode ocorrer:

  • Traumas e cicatrizes uterinas

  • Malformações congênitas do útero

  • Doenças uterinas diversas

  • Desnutrição

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  • Polidrâmnio (aumento do líquido amniótico)

  • Tumores

  • Curetagens malfeitas, dentre outros.

Quais as chances e os riscos?

Segundo a obstetra Rosa Neme, do Hospital Israelita Albert Einstein, as chances de haver uma ruptura uterina, com e sem essa projeção do bebê, é bastante rara: “Acontece em menos de 0,1% das gestações,” diz a Dr. para o site Vix.

No caso citado, a ruptura uterina não trouxe grandes complicações para a mãe nem para o bebê, mas em muitos casos isso pode colocar a vida da mãe e do bebê em risco.

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Estes são alguns riscos:

  • Ruptura completa do útero

  • Hemorragia

  • Retirada do útero

  • Parto prematuro

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  • Placenta acreta

  • Sofrimento fetal

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Rachel D.C.

Rachel De Castro é esposa e escritora com formação em ciência política. Acredita que o mundo já tem críticos demais por isso decidiu motivar e inspirar pessoas.