Uma grande lição de vida: quem não o procura não sente sua falta

Se alguém quiser estar na sua vida, ficará ao seu lado mesmo que universos inteiros os separem.

Erika Otero Romero

As mais duras lições da vida se aprendem à ponta de tentativa e erro; ou, pelo menos, isso aconteceu comigo.

Ao longo da vida, perdem-se amigos, amores e conhecidos; no entanto, cada pessoa que chega e vai deixa grandes lições. Uma delas é que “quem não nos procura não sente nossa falta”.

Ninguém pode ser forçado a permanecer em nossas vidas. Além disso, se algo deve ficar ainda mais claro, é que ninguém merece que lhe implore por atenção ou permanência.

Se aprendi alguma coisa na última década, é que as pessoas permanecem nas nossas vidas porque querem. Caso contrário, mostram pouco interesse e só nos procuram quando precisam de nós.

Com o tempo, você aprende a se respeitar e só “se conectar” com quem merece

Há quem diga que não temos de ser indispensáveis na vida de todos, nisso concordo. Além disso, apesar de não sermos indispensáveis, as pessoas podem muito bem usar-nos quando precisam. Não, sinto muito, mas não acho justo que nos procurem só quando precisam. Você está ou não está, ponto final, não há chance a mais.

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O acima é o mesmo que usar alguém de acordo com a necessidade, e não é válido. Não somos coisas que são usadas e descartadas a bel-prazer.

Como pessoas, merecemos respeito. Não podemos passar pela vida ajustando nossos limites para permitir que continuem nos desrespeitando. Não, não é assim; é preferível ajustar a vida à sua ausência, a ter que ajustar os limites à sua falta de respeito.

A realidade é que a indiferença e a rejeição geram muita dor emocional. Além disso, ser tratado com indiferença estimula as mesmas áreas cerebrais que a dor física; portanto, pode ser insuportável de tolerar.

É assim que, com o tempo, aprendemos a nos distanciar de quem nos trata com desdém. Além disso, aprendemos a manter relações emocionais valiosas apenas com aqueles que têm um interesse legítimo em nós.

Chaves para aprender a identificar se alguém o trata com indiferença

Às vezes é difícil dizer se alguém está se afastando porque está muito ocupado ou simplesmente não está mais interessado em nós. Aqui estão algumas atitudes que o ajudarão a descobrir:

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Se essa pessoa especial está despreocupada em vez de prestar atenção

O comum é que, quando alguém se interessa por você, mostre interesse em saber de você. Caso contrário, ela o ignorará. A mensagem é direta: “Não me interessa”.

Está bem que as pessoas estejam ocupadas e tenham suas próprias vidas; tampouco se pretende que o mundo gire em torno de você, mas ignorar seu parceiro ou a pessoa que considera seu melhor amigo já é preocupante.

Ser deixado em segundo lugar e, em seguida, prestarem atenção em você é normal e reconfortante; no entanto, se isso acontece muitas vezes seguidas, comece a suspeitar.

Questione-se sobre o tipo de relação que tem, trate de esclarecer as coisas. E se, ao final, concluir que estão “descartando” você, o melhor é colocar tempo e espaço entre vocês.

Estar na defensiva

Não é normal que as pessoas fiquem na defensiva, a não ser que tenham “algo” para esconder. Por isso, quando os encontros se tornam manchados por atitudes negativas, acusatórias ou críticas, é fácil intuir como se desenvolverá a relação a partir desse momento.

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As relações onde há interesse por você são cheias de empatia e não de hostilidade.

Evitar as conversas inevitáveis

Nas relações, há alturas em que as conversas se tornam muito sérias. Quando a pessoa com quem interage está interessada em conversar, você sabe que ela está interessada.

As coisas são diferentes quando a outra pessoa é indiferente; aliás, quando a ela não interessa se você se sente bem ou mal, confortável ou feliz.

Ser ignorado quando o que você pretende é corrigir uma situação é desesperador. Ser tratado com indiferença faz você se sentir inseguro e sem valor. Ninguém merece ser tratado dessa maneira.

É muito necessário que, quando alguém começar a lhe tratar dessa maneira, você se afaste dessa pessoa; de outra maneira, é você que será a pessoa mais prejudicada. Você não pode permitir que alguém o trate como algo descartável. Você merece um tratamento melhor porque você vale a pena. Além disso, reconstruir a autoestima machucada por maus-tratos é uma tarefa complicada.

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Como eu disse antes, você não pode expandir seus limites para se adaptar à falta de respeito de alguém; é melhor ajustar sua vida à ausência dele. Todos podemos curar relacionamentos prejudiciais, mas o mais difícil de curar é quando você permite que seja você quem sofra.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original Una gran lección de vida: quien no te busca, no te extraña

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Erika Otero Romero

Erika é psicóloga com experiência em trabalhos comunitários, com crianças e adolescentes em situação de risco.