Tente fazer com que a criança que você foi não se envergonhe do adulto que você é

Às vezes é necessário pensar e agir como criança, mesmo se formos adultos. Vamos resgatar nossa criança interior para nos sentirmos felizes de novo.

Adriana Acosta Bujan

Todos nascemos sem malícia no coração, somos uma alma pura que desconhece o que é bom e o que é mau; ao crescermos, vamos formando um conceito do que devemos fazer ou não, conforme o que nossos pais e familiares próximos nos ensinam.

Sem dúvida, a infância é a melhor fase que todos atravessamos; pode ser que algumas crianças sejam mais afortunadas que outras, porém, a inocência, a pureza, a nobreza, a simplicidade, a sinceridade, e o desejo de experimentar coisas novas faz com que tenhamos, na infância, uma identidade e personalidade inigualável e única.

Todas estas qualidades são próprias das crianças e permanecem no mais profundo do nosso, ser se forem bem “plantadas” a tempo. Por isso é fundamental voltar ao passado para refletir sobre as crianças que fomos e os adultos que somos agora. Por que mudamos tanto? O que nos fez perder a ilusão que tínhamos quando éramos crianças? O que fazemos agora que vai contra nossos valores?

Um passado para resgatar

Talvez existam milhões de respostas a essas perguntas; podemos dizer que as experiências dolorosas, as más companhias, os prazeres e outras coisas foram modificando nosso caminho e forma de ser. Por isso é que perdemos a essência com a qual nascemos, ao dar-nos conta de que a vida tem muitas adversidades, riscos e problemas que nos provocaram mudanças repentinas, convertendo-nos em adultos mais frios, desolados e egoístas. Podemos até ter vergonha dos adultos que somos.

Como resgatar nossa essência da infância?

1. Dê valor a cada momento

Sem medo de errar, muitos dos adultos vivem suas vidas sem desfrutar de seu presente, parece que têm pressa em cumprir com suas responsabilidades e obrigações, sem parar um pouco para desfrutar das maravilhas da vida. Quando somos crianças, o tempo vale ouro, cada dia que amanhece é um novo começo, o qual nos motiva a conhecer e realizar coisas diferentes, construindo aprendizagens significativas.

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Retorne ao mais profundo de sua criança interior, essa criança que não se preocupava com nada mais que brincar, experimentar e conhecer; dê-se tempo para desfrutar das bênçãos que tem, de ver as maravilhosas paisagens, de se sentir com sorte por ter saúde e uma nova oportunidade de ser uma pessoa melhor.

2. Não se contradiga

Há muitas campanhas publicitárias que têm como objetivo provocar uma mudança de mentalidade nas pessoas, sobre as ações que cometem os adultos, que vão contra os valores que as crianças aprendem durante a infância.

Na realidade, a maioria dos adultos às vezes é obrigada a realizar coisas com que, na verdade, não concorda, talvez não tenha a condição de contradizer as pessoas ao seu redor, protegendo um interesse qualquer ; inclusive faz coisas que não quer por medo de perder o prestígio ou o sucesso, esquecendo-se dos valores que aprendeu durante a infância.

Lembre-se de que somos todos diferentes, únicos e especiais; afaste o medo de se expressar tal como é, só para agradar aos outros. Pare com essas ações e hábitos que é forçado a assumir e que vão contra suas próprias crenças. Retorne ao menino que foi, esse menino que não tem medo de expressar suas ideias, opiniões e não se importa com o que pensam as pessoas, esse que é autêntico.

3. Corra riscos

Todas as crianças são aventureiras, ousadas e eloquentes, não têm medo de correr riscos, pois não sabem os perigos que podem enfrentar. Voltemos a essa inocência da infância; para sair de um problema, adversidade ou qualquer situação desagradável. Deve-se correr riscos ao tomar decisões.

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Aja conforme suas crenças e valores, concentre-se nas coisas positivas que existem quando toma decisões que acredita serem as melhores, como uma criança! Qual é a pior coisa que pode acontecer? Escolha ações sem tanta reviravolta ou pressa, contanto que tudo que você faz não afete aqueles que ama ou as pessoas ao seu redor.

4. Volte para a simplicidade

Não há nada de errado em querer ser o melhor, lutar para ter mais coisas; até mesmo possuir a última tecnologia para estar na moda; os tempos vão evoluindo e fazem com que pensemos que precisamos de coisas para nos sentirmos melhor. No entanto, as crianças realmente não olham para isso, elas são simples e não precisam de mais do que já têm para se sentirem felizes.

Por essa razão, eu acho que é hora de refletir e analisar o que você realmente precisa para estar bem, sem a necessidade de mudar seu estilo de vida apenas para agradar os outros ou permanecer em um grupo social. Seja você mesmo! Não se envergonhe da simplicidade, lute pelo que quer, mas não para ser um reflexo de alguém mais, mas, porque assim o deseja.

5. Ria de si mesmo

Uma das coisas de que mais sinto falta em minha infância, é que, apesar das tristezas ou problemas que experimentei, em pouco tempo o meu sorriso voltava como se fosse magia. Como adultos que somos, muitas vezes deixamos que os problemas e adversidades nos impeçam de sermos felizes, de desfrutar e rir da vida e de nós mesmos.

Sinta-se novamente como uma criança, deixe de lado os problemas por um momento e desfrute dos momentos agradáveis. Sinta novamente a paz que tinha quando dormia na cama de seus pais; tente ser positivo e ficar feliz o tempo todo e verá que suas preocupações diminuirão.

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Vamos resgatar aquela criança interior, aquela que deixamos para trás. Sinta-se feliz de novo, veja a vida com mais calma, simplicidade e alegria; não deixe que os problemas o derrubem, já que sempre haverá um amanhã para aprender e conhecer coisas novas. Não deixe de ser uma criança com disfarce de adulto!

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original Intenta que el niño que fuiste no se avergüence del adulto que eres

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Adriana Acosta Bujan

Adriana Acosta estudou comunicação, é mãe de um adolescente, e atualmente se dedica em ensinar e pesquisar em nível universitário em Puerto Vallarta. Publica seus textos esperando que ajude as pessoas com suas vivências úteis.