Superando a perda de entes queridos

Reflexões quanto ? necessidade de retomar a vida depois da perda de entes queridos, buscando na fé o alicerce seguro.

Suely Buriasco

Todos nós sabemos que estamos de passagem na Terra; que a morte é um processo natural da vida e que ninguém vai ficar para a semente, isso é, em algum momento a vida se finda. Como dizia a minha querida avó Aurora: “Para morrer basta estar vivo“. Mas os sentimentos fogem ao racional quando essa realidade acontece com nossos afetos.

Os sentimentos

Diante de perdas dolorosas as pessoas se sentem como se tivessem sido roubadas em algo a que tinham direito. Essa sensação provoca grande sofrimento que envolve revolta, raiva, depressão, culpa e tantas outras emoções que se mesclam dolorosamente. No artigo Sobrepujando a dor pela morte de um ente querido escrevi que: “Por mais que seja natural, perder um ente querido representa uma das maiores dores que um ser humano tem condições de suportar“.

A retomada

Retomar a vida também não é nada fácil. Claro que nada pode ser generalizado; segundo o artigo Como sobrepujar a morte de um ente querido: “Todos pranteiam à sua própria maneira, não há um único processo de luto e de cura que funcione universalmente“. Mas de forma geral é muito importante retomar os afazeres rotineiros e não se isolar de forma alguma. Trabalho e amor são imprescindíveis para que essa retomada aconteça o mais rápido possível. Mas é preciso lembrar-se de respeitar os próprios limites, não exigindo muito de você mesmo.

Valores

Situações dolorosas tais qual a morte de entes queridos além da tristeza, comumente fazem com que as pessoas descubram uma força interior antes desconhecida. Episódios de grande dor costumam fazer com que as pessoas repensem as próprias vidas e valores, passando a priorizar o que realmente é importante. Isso pode transformar as pessoas e fazer com que elas se aprimorem espiritual e emocionalmente. No artigo O que o luto ensina escrevi que: “A espiritualidade, independente da religião, induz a pessoa a encontrar um sentido na vida, a buscar razões para sobrepujar a dor“.

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A importância da fé é inquestionável para a superação de perdas; estudos comprovam que pessoas que possuem a crença num ser superior que rege a vida superam mais facilmente. Não é questão de sofrer mais ou menos, mas de sofrer sem desespero e revolta, pois, a fé inspira a aceitação e o consolo. O artigo Como desenvolver mais fé em dias difíceis trás dicas importantes para desenvolver a fé necessária para enfrentar a dor da perda, lembrando que: “O caminho correto e seguro para encontrar a fé são nos conselhos, preceitos e valores consistentes presentes nos ensinamentos de Jesus Cristo“.

Aceitação

Embora o grande pesar, em algum momento é preciso que a pessoa aceite esse processo natural, afinal, como descrito na Bíblia Sagrada em Eclesiastes 3: 1-2, “Tudo neste mundo tem seu tempo; cada coisa tem sua ocasião. Há um tempo de nascer e tempo de morrer…“. É importante que se busque ajuda profissional, se for o caso, pois tristeza muito prolongada se transforma em depressão, dificultando ainda mais a situação. Um profissional habilitado é alguém com quem se pode dividir o sofrimento e as lembranças dolorosas, sendo a pessoa indicada para ajudá-lo nesse processo de aceitação.

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.