Se seu filho sofre com ansiedade, faça estas 4 coisas e evite estas 3 coisas

A ansiedade não é um problema que assombra a vida de muitas crianças; se o seu filho está sofrendo com ela, faça 4 coisas positivas e evite 3 negativas.

Roberta Preto

Quando se fala de ansiedade muitos pensam ser um problema que afeta somente os adultos, mas engana-se que acredita nisso, pois a ansiedade é uma condição psicológica que afeta adultos e muitas crianças mundialmente.

A ansiedade passa a ser uma doença quando toma o comando da vida, ou seja, ela vai consumindo a criança interiormente, destruindo sua saúde mental, aprisionando a criança num estado de apreensão, medo e preocupação.

A ansiedade infantil requer cuidados especiais, pois está relacionada ao nervosismo e medo. Sabemos que manter a calma e lidar com o medo não é uma tarefa fácil nem para os adultos, imagina como deve ser terrível para as crianças que sofrem desse mal?

Infelizmente, alguns pais negligenciam no cuidado com os filhos por acharem que é apenas uma birra ou capricho, pois quando a ansiedade tornar-se uma doença, ela costuma ter vários sintomas, depende muito de como a criança irá reagir. Algumas ficam eufóricas, agressivas ou caladas demais, já outras se expressam fazendo xixi na cama, voltando a chupar dedo, etc.

Segundo a Dra. Diana Ferreira Vicente, Psicóloga Clínica e psicoterapeuta, a ansiedade pode surgir tanto na infância como na adolescência: “Todas as crianças, no decorrer do seu desenvolvimento normal, experienciam algum tipo de ansiedade.”

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Geralmente, a ansiedade pode ocorrer quando a criança sente-se pressionada e insegura com situações na qual ela não pode controlar, como a separação dos pais, mudança de escola ou até mesmo a perda de um ente querido.

Quando a criança sente-se ansiosa por um ou dois dias é normal, segundo os especialistas, mas quando inicia-se o terceiro dia e não há melhoras, o melhor a fazer é buscar um profissional qualificado, porque provavelmente essa ansiedade irá prolongar-se de uma forma intensa e fora de proporção.

Os pais precisam atentar-se a este problema, porque a ansiedade pode afetar não só na infância da criança, como também na adolescência e na vida adulta, caso não seja tratada.

Há 4 coisas que podem ser feitas para ajudar no tratamento da ansiedade, colocando-as em prática você irá evitar 3 fatores negativos da ansiedade. São eles:

1. Observe as atitudes da criança

A maioria das crianças sente necessidade de se expressarem, porém, elas não possuem as habilidades dos adultos para fazerem, não conseguem descrever seus sintomas emocionais, mas elas sabem expressar de uma forma ou de outra que há algo de errado com elas, através da bagunça, agitação, apego exagerado a um membro da família, crises de pânico e dificuldades de aprendizagem, esses sinais estão entre suas muitas maneiras de se expressarem. E, isso não é frescura, e sim um pedido de ajuda por parte dela aos seus pais.

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“A criança tem preocupações típicas de adulto, medos exagerados e reações exacerbadas ou é tímida a ponto de não conseguir fazer amigos”, diz Carolina Gouvêa da Costa, psiquiatra do Ambulatório de Ansiedade na Infância e na Adolescência (Ambulansia), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, de São Paulo.

Agindo desta forma, os pais evitam que a criança tenha sintomas como

Dores de barriga, vômitos, suor excessivo, palpitações, dores na cabeça, mãos frias e, pode surgir casos mais graves de palpitações, tonturas e falta de ar.

2. Alimentação e atividades físicas

Uma boa alimentação pode contribuir no controle da ansiedade, alimentos como laranja, uva, maçã, alface, ovos, mel são calmantes naturais para proporcionar tranquilidade para a mente da criança.

As atividades físicas, quando praticadas regularmente, são excelentes para tratar a ansiedade, como andar de bicicleta e nadar, e os pais podem ser a melhor ajuda neste momento em que a criança mais carece de sua proteção.

Agindo desta forma, os pais evitam que a criança sinta-se

Desamparada, apreensiva, medrosa, depressiva e até mesmo agressiva.

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3. Falar e ouvir

Às vezes, a criança está tentando falar, mas os pais estão ocupados demais para ouvir. Em situações como essas, os pais precisam parar tudo o que estão fazendo e comunicar-se com elas, para que elas possam ouvir que eles estão ali para ajudá-la.

O diálogo com os filhos é a única forma de identificar as necessidades deles. Um exemplo disso: Os cônjuges possuem quatro filhos, pode ser que três deles saibam lidar bem com perdas e mudanças que ocorrem na vida, todavia, o quarto filho talvez não reaja do mesmo modo. Os pais precisam lembrar que cada filho possui suas particularidades e necessidades, é o dever dos pais atentarem-se para cada uma delas.

Segundo o estudo “Transtornos de ansiedade”, realizado pelos psiquiatras Ana Regina Castillo, Rogéria Recondo, Fernando Asbahr e Gisele Manfro, e publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria: “A maneira prática de diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica é avaliar se a reação é de curta duração e relacionada ao estímulo do momento ou não.”

Agindo desta forma, os pais evitam

Quando os pais sabem comunicar-se com os filhos e ouvi-los, eles podem evitar que eles passem por sofrimentos maiores e, se tiverem que passar por alguma dor eles não passarão sozinhos, buscarão nos pais o apoio para enfrentarem seus medos.

4. Buscar ajuda profissional

Os pais levam os filhos ao pediatra para exames rotineiros durante o ano, no entanto, quando os filhos adoecem, levar ao pediatra é prioridade. O mesmo sucede quando o problema de ansiedade do filho não vai embora. Se os pais já tentaram a boa comunicação, uma alimentação melhor e muitas atividades físicas e nada foi o suficiente para combater a ansiedade, o melhor a ser feito é buscar ajuda de um profissional qualificado no assunto o mais rápido possível.

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“É preciso olhar a criança como um todo, o jeito dela interagir, de se relacionar e principalmente de brincar, porque nesse momento ela vai se expressar”, diz o psiquiatra especializado em crianças e adolescentes Candido Fontan Barros. “É no brincar que ela repete seus conflitos internos.”

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Roberta Preto

Roberta Preto, 33. Formada como tradutora e intérprete, escritora, mãe. Apaixonada pela vida, em uma eterna busca por conhecimento. Espero que minhas palavras possam ser uma luz na vida das pessoas. Sonho em ajudar a humanidade a tornar-se livre da escravidão da ignorância.