Se conversa com seu animal de estimação, você pode ser mais inteligente que as outras pessoas

A ciência releva algo que já sabíamos! "Vem cá bebezinho da mamãe!"

Teresa Guadalupe Correa Pérez

Hoje em dia, há muitas pessoas que têm animais de estimação. É comum andar pelo bairro e encontrar no caminho pelo menos cinco pessoas andando na companhia de seu animalzinho.

O amor e a empatia por outros seres vivos aumentaram consideravelmente nos últimos dez anos, graças às múltiplas informações e campanhas de amor que os ativistas dos direitos dos animais realizaram. Devido a esse tipo de conscientização, o número de animais domésticos que vivem nas ruas tem diminuído gradualmente e o número de adoções, aumentado.

O melhor amigo do homem

O cão é o animal de estimação clássico e também o mais amado, a nível mundial. E, sinceramente, não é de surpreender, já que são muito leais e inteligentes, o que lhes permite aprender a se relacionar e a se comunicar efetivamente com os seres humanos.

Esse relacionamento incrível tornou possível o treinamento de cães para ajudar os seres humanos em tarefas únicas. Dessa forma, e para algumas pessoas, a relação com esse animal vai além de uma amizade comum, como é o caso dos cães-guias, pois é um trabalho profissional que requer uma preparação prévia árdua.

Embora essa bela relação entre o humano e o cão seja milenar, não é a única relação próxima que desenvolvemos com outra espécie. Até hoje, muitos de nós também gostam da companhia dos ternos felinos, que são doces e terapêuticos companheiros de vida.

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Inclusive, pesquisas recentes afirmam que ter um pequeno amigo felino em sua vida pode melhorar sua saúde. Foi constatado que os donos de gatos têm menos problemas cardiovasculares e mentais, pois sua simples companhia e amor pode fazer uma grande diferença na vida de seus donos.

Empatia e comunicação

Para as pessoas, os rostos são quase sempre o eixo fundamental para sentir empatia e também para desenvolver associação com sua própria espécie. Além disso, os olhos são uma ótima chave para a comunicação e a vida social.

Na maior parte do tempo, para os seres humanos, tudo aquilo que tem olhos tende a humanizar quase inconscientemente, tenha ou não a capacidade de falar ou se mover. Um exemplo claro disso é conversar com nossos amigos, com animais de estimação e até fingir que nos respondem com voz das crianças.

Na realidade, longe de ser um comportamento sem lógica ou estranho, os cientistas o relacionam com um tipo de inteligência especial do ser humano chamada antropomorfismo, caracterizada pela humanização de objetos, plantas e animais.

Antropomorfismo

Como o cientista Nicholas Epley propõe em seu estudo:

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“Alguns psicólogos usaram o termo antropomorfismo de maneira pouco precisa para descrever de inferências errôneas sobre agentes não humanos a quase qualquer tipo de inferência disposicional sobre um agente que não é humano. Porque se trata de atribuir algumas características ou comportamentos humanos a um deus, animal ou objeto.”

Esse especialista argumenta que existem razões primitivas realmente específicas pelas quais as pessoas tendem a antropomorfizar objetos. Uma delas é ter um rosto ou olhos, porque gera empatia imediata. A segunda é a carência natural de cada pessoa de amor e afeto recíprocos.

Ao entender dessa maneira como cada um desses marcadores do comportamento humano funciona, é fácil compreender por que essa maneira de humanizar é essencial para a inteligência e a sobrevivência evolutiva dos seres humanos, uma vez que é uma parte fundamental da comunicação verbal.

Além disso, também se manifesta como algo necessário para criar um vínculo entre seres humanos e animais, uma vez que o ser humano, por natureza social, sempre busca estabelecer conexões com outras espécies.

Conversar com animais de estimação é sinal de inteligência

Embora, segundo o professor Epley“historicamente, a antropomorfização tenha sido tratada como um sinal de infantilidade, bobagem e estupidez”, a realidade é que é um subproduto natural da tendência empática humana, própria da evolução da comunicação.

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De fato, não há nada de errado com isso. Pelo contrário, é uma amostra de inteligência óbvia e forte em qualquer estágio da vida de uma pessoa. Além disso, é uma maneira bonita de mostrar carinho e amor a nossos companheirinhos de vida, já que a maioria das pessoas faz isso, mesmo que não o revele publicamente.

Então, se você ainda não tem um animalzinho de estimação, e estava pensando em adquirir um, essa é outra incrível boa razão que vai animá-lo a abrir seu coração, além de sua casa, para um novo membro que vai completar sua família. Um animal de estimação pode estimular o desenvolvimento cognitivo e a saúde física, o que irá melhor sua qualidade de vida enquanto o enche de amor e luz.

Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original Si hablas con tu mascota, podrías ser más inteligente que el resto de las personas

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Teresa Guadalupe Correa Pérez

Lou Correa e uma apaixonada pesquisadora nas áreas da ciencia e psicologia. Amante dos livros, do clima frio e dos abraços calorosos, é uma jovem esposa e mãe de um bebê.