Pediatra explica o que você NÃO deve fazer na hora da refeição

Algumas ideias maravilhosas e conselhos podem não ajudar na alimentação dos pequenos.

Michele Coronetti

A maioria das mães sofre muito ao ver que os filhos não se alimentam. Um sofrimento real que lhes tira até o sono. Uma das maiores queixas ao pediatra é a de que o filho não come. E os conselhos são variados, alguns eficazes e outros que até aumentam a rejeição.

Para o pediatra Carlos González, a responsabilidade dos pais é a de proporcionar alimentos saudáveis nos horários indicados. Porém, a decisão de aceitar ou não pertence a criança. Neste artigo estão listados alguns artífices que os pais não devem utilizar para incentivar seus filhos a comer.

1. Comprar a criança

A maioria dos pais compreende esse método porque já o utilizou com os filhos ou passou por isso em sua própria infância. O adulto fica excepcionalmente frustrado porque a criança rejeita o alimento preparado ou comprado com tanta dedicação que acaba utilizando o suborno a fim de conseguir o que deseja. Em um estudo, crianças foram apresentadas para um novo alimento sem que nenhum suborno fosse pronunciado enquanto que para outras um prêmio foi oferecido caso provassem do alimento. Depois de alguns dias as crianças subornadas comeram menos que aquelas que ficaram à vontade para decidir se ingeririam ou não. Analisando a situação é fácil entender que se algo precisa ser oferecido em troca é porque não deve ser muito bom.

2. Premiar ou castigar com comida

Se o filho fizer a lição direitinho, no final do dia ganha um chocolate. Ninguém vai oferecer como prêmio um pouco de brócolis. Agindo assim a criança entende que certos alimentos não são nada bons, porque nunca serão considerados prêmios. O contrário também rotula a comida. Se a criança for desobediente terá que comer um pratão de couve. Fácil perceber que na cabeça dela, mesmo depois de adulta, comer couve será um castigo.

3. Utilizar estimulantes para comer

Os medicamentos deveriam ser utilizados para tratar de doenças. Deixar de comer ou comer pouco não é nenhuma enfermidade. Os riscos que os medicamentos oferecem somados ao acúmulo das substâncias no organismo não são benéficos, pelo contrário, podem complicar a saúde ou ainda causar um entendimento errôneo no cérebro sobre a alimentação.

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A fome é natural e a estrutura da criança varia de uma para outra. Algumas serão magras e muito saudáveis, outras comerão demais devido à insistência de adultos e poderão ser crianças doentes. O organismo saberá indicar o que é melhor para si mesmo ainda que seja uma criança, não precisando de jogos psicológicos ou de incentivadores externos para trazer saúde.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.