O que pornografia faz com as mulheres

O que o vício da pornografia faz na vida da mulher.

C. A. Ayres

Sabemos dos problemas no casamento causados pelo vício da pornografia de um dos cônjuges. Esse não é um problema exclusivamente masculino, e existe um número crescente de mulheres viciadas em pornografia. Hoje em dia uma boa parte das mulheres também vê pornografia como normal. E daí o instinto de querer se parecer com as atrizes dos filmes para agradar um homem, que em sua grande maioria, “aprendeu” os truques de sua vida sexual com a pornografia. Daí toda a distorção da realidade quando se encontram dentro de um casamento.

1. Pode começar na infância

Existem muitas mulheres que foram vítimas de abuso sexual na infância ou que foram apresentadas ao sexo muito cedo, geralmente da forma errada, ou que têm contato com pornografia entre os 10 e 14 anos de idade, quando a puberdade está despontando e ela começa a desenvolver desejos sexuais. Pela busca de informações e a necessidade que um grupo de amigos ou a sociedade impõe, ela pode ver pornografia. A partir disso começa a transformação.

Então a adolescência chega e se a educação sexual e familiar em casa não for consistente, ela poderá aprender da maneira errada como desenvolver esse lado que deveria ter a correta e devida importância quando estivesse adulta.

A moça então passa por diversas experiências, comete vários erros, machuca-se psicológica e emocionalmente, e um dia casa-se. Na próxima vez que ela tiver sexo com o marido, ela se lembrará de tudo o que viu e viveu. Ela não estará presente e achará a vida de casada muitas vezes chata. Ou não conseguirá se realizar uma vez que confunde intimidade com sexo.

Mulheres que passam por esse tipo de experiência com pornografia se dividem em categorias:

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  • Aquelas que tiveram experiências dolorosas com sexo e buscam algo diferente.

  • Aquelas que não possuem vida sexual plena e satisfatória e tentam reavivar com ideias diferentes.

  • Aquelas que foram vítimas de abuso sexual na infância.

  • Aquelas que foram apresentadas ao sexo muito cedo da forma errada.

  • Aquelas que estiveram envolvidas com pornografia na infância e adolescência porque alguém lhes mostrou.

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2. Corpo e mente engajados

Para a grande maioria das mulheres, sexo é um ato que depende delas estarem engajadas mentalmente, não somente fisicamente como a maioria dos homens. Se ela não se excitar mentalmente, provavelmente não terá a resposta de seu corpo. Para uma mulher que se encaixa nos items acima, se por qualquer razão, ela não conseguir colocar sua mente no ato sexual com o marido por quaisquer razões, ela poderá procurar por pornografia para lhe auxiliar e para não desapontar o marido. Isso não é normal, mas é comum entre as mulheres que se viciam em pornografia.

3. Estar presente e conversar

Mulheres geralmente não apresentam a compulsão que os homens possuem quanto à pornografia, por isso a dificuldade de assumir o vício. Elas não precisam da atividade constante, mas com o passar do tempo, chegam a um ponto que não conseguem mais ficar excitadas se a pornografia não for parte do ato.

Neste caso o melhor a fazer é:

  • Reconhecer o problema.

  • Ter sensibilidade para entender que o marido pode ficar tão machucado quanto você ficaria se o problema fosse com ele. Ele pode achar que ele é um amante perfeito e sentir-se traído da mesma forma. Assegure-o que não tem nada a ver.

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  • Estar presente. Treinar seu corpo a estar presente na relação sexual com seu marido, de corpo, alma e mente. Concentrar-se no toque do marido. Talvez ambos precisem aprender a experimentar a total conexão, quase espiritual do sexo no casamento. Sexo é sagrado, uma bênção divina para união do casal e reprodução, que deve ser utilizada sempre.

  • Explique como se sente, e se o marido não conseguir entender, procure ajuda profissional. Amor e intimidade, a conexão emocional que as mulheres precisam, precisa nascer de um casamento. Se não, pornografia não é solução, só faz piorar e criar outros problemas.

Leia o artigo Como lidar com um cônjuge viciado em pornografia, e também o artigo O papel do sexo num casamento onde Deus está presente para entender a necessidade de ver o sexo como uma ferramenta que une o casal, não um fim.

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C. A. Ayres

C. A. Ayres é mãe, esposa, escritora e fotógrafa, pós-graduada em Jornalismo, Psicologia/Psicanálise. Visite seu website.