O conflito pode ajudar seu casamento. Saiba como.
Diferenças e discordâncias podem ajudar no crescimento de ambos.
Michele Coronetti
Brigas em um relacionamento próximo são comuns e causam incômodo muito grande entre os envolvidos. Mas, segundo a Dra. Laura D Miller, conflitos podem ajudar a fortalecer o relacionamento e a cada um dos cônjuges.
Evitar brigas constantes pode não ser tão bom quanto resolver. Falar que concorda apenas para não discutir não é proveitoso, uma vez que a raiz do problema persistirá. Algumas pessoas se mostram agressivas ou teimosas demais e a opção de fingir que está de acordo acaba sendo utilizada.
Segundo a Dra. Miller, problemas de relacionamento podem ser carregados desde a infância e atrapalham na vida conjugal. Eles precisam ser vencidos e necessitam de alguém para isso. Ter uma pessoa ao lado que enxerga estes problemas e ajuda a resolver é uma grande vantagem da vida conjugal. Mas também é necessário humildade por parte de ambos para não gerar ofensas e para saber até onde o assunto deve ser continuado.
Com essa ajuda mútua, o relacionamento é fortalecido. Mas há várias lacunas neste assunto. É necessário amor genuíno para que o cônjuge sinta que o desejo de mudança é para o crescimento dele e não para interesses pessoais. Algumas maneiras de conseguir isso:
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Em uma briga, é importante saber se o que foi entendido é exatamente o que o cônjuge quis dizer. As percepções são diferentes e muitas vezes o que um disse não é o que o outro entende. A melhor forma de evitar problemas com isso é repetir o que o cônjuge disse, da forma como entendeu. Erros de entendimento poderão ser corrigidos e a conversa pode fluir melhor. Ao manter o silêncio, na maioria das vezes, a mesma questão poderá voltar em alguns dias.
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Demonstrar o que está sentindo no momento ao invés de fingir é o melhor a fazer. Se o sentimento é de raiva, seu cônjuge pode saber disso. Se não entendeu o que foi dito, esclareça com ele. Acalmar o cônjuge apenas por obrigação ou para evitar a conversa, pode causar insegurança e dúvidas. Ninguém precisa atuar como perfeito o tempo todo. Isso é muito superficial e o propósito do casal é exatamente o contrário, de que um ajude o outro a crescer e não de que um seja superior ao outro.
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Também é importante estabelecer limites para que a briga não fique fora de controle. O casal pode estabelecer isso antes, como parte de suas regras, ou através do entendimento pessoal, e ao atingir o limite o melhor é parar ali mesmo e retomar depois. Às vezes os ânimos se exaltam além do permitido, e coisas ali ditas podem formar profundas cicatrizes, prejudicando ao invés de ajudar no crescimento individual. Algumas pessoas podem não aceitar a interrupção de uma discussão, e isso deve ser levado em conta.
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Muitas discussões são sobre o mesmo assunto. Isso é normal, segundo a Dra. Miller. É importante não desanimar e tentar resolver uma vez mais, talvez até aprofundar a conversa, apontando que já conversaram outras vezes sobre esse assunto e que está na hora de resolver. Nem sempre é tão fácil, pode ser que mesmo assim a mesma questão volte. Ambos crescerão à medida que forem se esforçando para melhorar.
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O momento é tenso, a vontade é de ficar longe da pessoa, mas o amor lá dentro fala mais alto. Não deixar de tocar o companheiro é importante para que ele saiba que há amor ainda. Claro que isso deve ser natural, sem fingimento, como tem sido descrito desde o começo do artigo. Toques falam mais que muitas palavras, e se há mágoa, podem curar. Nem sempre o relacionamento precisa acabar por causa dos conflitos. Quando há amor tudo pode ser resolvido, com calma e crescimento mútuo.
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Ao longo dos anos os conflitos diminuem e o casal se entende melhor. Afinal, já trilharam uma boa parte do caminho. Lembrar disso pode ajudar na paciência necessária para o momento.
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O amor é capaz de vencer obstáculos ainda maiores. De forma altruísta e com esperança, a pessoa mais especial da sua vida e você crescerão juntamente, progredindo e aumentando ainda mais o amor um pelo outro.
Michele Coronetti
Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.
