Músicas marcantes ao longo da história recente

Músicas especiais, de autores e cantores especiais, em situações muito especiais. E um pouco de política também.

Luiz Higino Polito

Certas músicas, ao longo do tempo, marcaram a História. Vou listar algumas, de tempos recentes, que marcaram alguma situação muito especial.

(Clique no nome da música para ver o vídeo, com tradução para o português).

1. What a Wonderful World (Que mundo Maravilhoso!) – Louis Armstrong

No auge da Guerra do Vietnam, (ou de outras guerras) era comum cantores, atores e outros artistas irem animar os soldados que estavam na frente de batalha. Essas visitas eram grandemente apreciadas pelos soldados que estavam vivendo um verdadeiro inferno, enquanto defendiam seus países e seus ideais.

Nesta música, Louis Armstrong canta a famosa música que o consagrou no mundo inteiro.

2. All You Need Is Love com Paul McCartney, Joe Cocker e Rod Stewart – e com solo de guitarra de Eric Clapton

Esta apresentação musical do link acima, da música dos Beatles, “All You Need Is Love” (Tudo o que você precisa é amor), é uma versão moderna da música que foi cantada pelos Beatles em Londres, em 1967, tendo sido essa a primeira transmissão via satélite intercontinental, transmitida para 26 países simultaneamente. Na apresentação original, de 1967, participaram também a convite dos Beatles, Mick Jagger, Eric Clapton, Marianne Faithfull, Keith Moon e Graham Nash. A mensagem da música e a ocasião fizeram-na inesquecível! Confira um trechinho da gravação (e transmissão) do original: All You Need Is Love!

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3. Edith Piaf – Non, je ne regrette rien

A pequenina Edith Piaf, que cantava nas ruas quando era menina para sobreviver, se tornou uma das mais famosas cantoras de sua época, e era a voz que os aliados ouviam em seus radinhos, durante a II Guerra Mundial, enquanto lutavam contra o Nazismo, na Europa ocupada pelos alemães.

Essa música foi usada recentemente no filme “A Origem”, de Leonardo de Caprio, como canção incidental.

Difícil não se emocionar com a pequenina “Pardal” (Piaf), com sua voz inconfundível e que desperta grande emoção naqueles veteranos que participaram da II Guerra Mundial, que ocorreu entre 1914 a 1918.

4. Pra não dizer que não falei das flores – Geraldo Vandré (1968)

Essa música tornou-se um hino contra a ditadura militar do Brasil, que iniciou em 1964, com a renúncia de Jânio Quadros e a ascensão do vice-presidente ao poder, João Goulart.

Eu, que vivi toda a época da ditadura (eu tinha 8 anos quando houve o golpe militar), preciso fazer algumas considerações importantes.

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Embora os militares tenham mesmo exagerado em muitos aspectos, como na tortura de culpados e inocentes, o que é injustificável certamente, o Brasil estava numa situação conturbada antes da Ditadura, correndo até mesmo o risco de uma intervenção estrangeira devido aos rumos que estava tomando, e à convulsão social que havia, greves por todo lado e insatisfação generalizada.

Como eu disse, a ditadura durou tempo demais e teve seus males enormes, mas também foi um tempo em que as telecomunicações, as rodovias, enfim, a infraestrutura do Brasil teve um avanço espetacular, e se falava até no “Milagre Brasileiro” (que gerou e gera controvérsia). Era um tempo em que a corrupção podia até existir, mas a censura não permitia que fosse mostrada. Inclusive, dizem que os generais que governaram o Brasil morreram sem acumular bens.

Conforme diz a pessoa que colocou este vídeo, “Propaganda cívica não existe mais. Hoje a propaganda de qualquer governo mira apenas promessas que nunca se cumprem nas áreas da saúde, educação, previdência, etc. Lamento apenas pelos que sofreram e faleceram na época da ditadura.”

Hoje o Brasil vive tempos difíceis, mas há liberdade de expressão, e vamos terminar essa nossa lista de músicas com “A” música, aquela que toca o coração dos mais duros dos brasileiros, e enternece, com sua beleza, toda pessoa que ouve seus belos acordes e presta atenção nos seus fortes e belos versos:

Hino Nacional Brasileiro

Que ao ouvirmos o Hino Nacional possamos ter nosso patriotismo aumentado. Não sou filiado a nenhum dos partidos atuais, vejo com grande preocupação a falta de idealismo dos nossos políticos, e espero que Deus não se esqueça de nós, brasileiros, nesse momento em que todos nós necessitamos de muita calma, tolerância e boa vontade. Que o Brasil não vire um grande tumulto e que se encontre um caminho que seja o melhor para a maioria dos brasileiros.

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Luiz Higino Polito

Casado, pai de três filhos e avô de quatro netos, estudei oratória e didática. Gosto muito de escrever. Profissionalmente, sou músico e tenho um Sebo Virtual, onde vivo com minha esposa e cercado de livros!