Mãe vive a experiência única de puxar seu bebê do útero durante cesárea

Como isso pode acontecer? Ela conta que gostaria de reviver esse momento "100 vezes se fosse possível".

Stael Ferreira Pedrosa

Sarah Toyer, uma australiana de 24 anos e mãe de 4 filhos, viveu uma experiência descrita por ela mesma como “a mais incrível da minha vida” ao ajudar em seu próprio parto cesárea. Esses momentos foram compartilhados na web através de fotos que viralizaram e impressionaram o mundo com a força e coragem dessa jovem mãe.

Sarah já tivera 3 filhos por parto cesárea e sabia que o bebê que estava esperando também nasceria da mesma forma. A cesariana, embora seja um método que tem poupado vidas de mães e filhos em todo o mundo, é ainda um método com pouca participação da parturiente. Mas, Sarah desejava participar mais do nascimento de seu bebê. Ela conta à Pais e Filhos que: “Quando descobri que estava grávida fiz algumas pesquisas sobre assistência materna à própria cesárea e descobri que outra mulher havia feito há alguns anos e eu sabia que era exatamente o que eu queria para esse nascimento”.

Em sua primeira gravidez, alguns problemas levaram ao parto cesariana, o que foi um baque emocional para ela: “Eu senti como se meu corpo falhasse ao dar à luz e como se algo me tivesse sido tirado, depois de uma longa espera acabar tendo que passar por uma cesárea”, disse Sarah ao site Babble.

Com as cesáreas anteriores, Sarah se ressentia com a pouca participação materna e por a conexão com o bebê ser mínima – todos seguram o recém-nascido antes da mãe que normalmente é a quarta pessoa a tocar no próprio filho. Então, ela queria fazer diferente dessa vez e com a ajuda de sua obstetra, que também já tivera um parto assim, ela realizou seu sonho. Após todos os procedimentos de esterilização e anestesia raquidiana, Sarah pôde segurar seu filho e puxá-lo para fora do útero durante o parto. Ela conta de sua alegria e diz que gostaria de reviver esse momento “100 vezes se fosse possível”.

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"This was the moment I welcomed our fourth baby into the world. Yes I delivered my son during my fourth cesarean. When I…

Posted by Birth Without Fear on Wednesday, January 4, 2017

O parto cesárea, um benefício ou um problema?

Geralmente tudo o que é natural é mais benéfico ao ser humano. Seja na alimentação, no modo de vida mais próximo à natureza, ou em qualquer outra instância da vida. O parto normal, natural não é exceção. Ele é benéfico tanto à mãe quanto ao bebê. No entanto, existem circunstâncias em que a intervenção se faz necessária à vida e bem-estar de mãe e filhos. Se houver opção, toda mulher deve buscar o parto natural, pois seus benefícios são muitos:

  • Evita problemas respiratórios no bebê

  • Fortalece o sistema imunológico da criança

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  • A amamentação pode ser feita com mais facilidade

  • Aumenta o contato entre mãe e filho

  • Diminui a dor do pós-operatório

  • Há menor perda de sangue durante o parto (cerca de 500ml no parto normal e 1 litro na cesariana)

  • O intestino volta a funcionar mais rápido

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Embora o Brasil seja o campeão em número de cesáreas, a opção pela cirurgia só deve ser feita quando a vida da mãe ou do bebê (ou de ambos) estiver em risco ou caso não haja riscos, mas o parto normal se tornar inviável devido ao bebê ser muito grande, se for gestação múltipla (gêmeos) ou se não houver dilatação vaginal. Outros casos em que a cesariana pode ser indicada:

  • Complicações na gravidez como pré-eclâmpsia

  • A mãe entra em trabalho de parto e o bebê é imaturo ou tem algum problema como hidrocefalia ou órgãos localizados fora do corpo

  • Parto que se prolonga por mais de 12 horas devido ao risco de ruptura do útero ou hemorragia pós-parto

  • Em caso de placenta prévia ou descolamento da placenta

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  • Quando a mãe tem doenças transmissíveis ao bebê, como HIV, herpes ou Papiloma Vírus

  • Mãe diabética – risco de hipoglicemia no bebê

  • Outras doenças maternas como problemas cardíacos, pulmonares ou câncer

  • Histórico anterior de cesariana

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.