Linguagem da depressão. Pessoas deprimidas usam uma linguagem diferente, aponta estudo

Trezentos milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão, isso faz com que novas opções de diagnóstico e tratamento sejam estudadas a fim de melhorar as condições e diminuir esse número.

Renata Finholdt

Muito se fala das alterações de hábitos que ocorrem em uma pessoa depressiva. Alterações alimentares, no sono, no convívio social, dentre outras, mas o que um novo estudo descobriu recentemente é que é possível também reconhecer uma pessoa depressiva através de sua linguagem.

O estudo publicado no Clinical Psychological Science mostra que as pessoas que sofrem de depressão têm uma linguagem bastante característica e que pode ser observada para inclusive ajudar no diagnóstico da doença.

Não só as palavras de um depressivo sofrem alterações, mas uma mudança no estilo também foi notada. Palavras como triste, péssimo, sozinho, e outras que expressam um sentimento negativo são muito usadas por pessoas nessas condições, além também do uso de pronomes na primeira pessoa, como eu, eu mesmo, mim, o que simboliza a distância os outros e o foco em si mesma.

Observar a linguagem nestes casos é mais uma forma de ajudar os psicólogos a diagnosticarem a doença e não a única opção de fazê-lo. Por outro lado, qualquer pessoa pode fazer uso de linguagem similar sem mesmo estar sofrendo com a depressão. Justamente por este motivo, o estudo mostra que a linguagem observada é um auxiliar do diagnóstico final.

A escrita reflete claramente a forma como a pessoa se sente, e por um motivo ou outro ela pode ser alterada.

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No entanto, a Organização Mundial da Saúde alerta que os números de pessoas que sofrem com depressão vêm aumentando a cada ano. Estima-se que mais de trezentos milhões de pessoas em todo o mundo estejam hoje sofrendo com a doença.

Considerar a linguagem como mais uma ferramenta de diagnóstico para depressão pode auxiliar na prevenção do suicídio, fator bastante associado a pacientes depressivos.

É importante salientar que apenas médicos treinados têm a capacidade de diagnosticar corretamente a depressão. Sintomas isolados, como a tristeza, por exemplo, por si só não caracterizam a doença.

Outros sintomas são associados a um paciente depressivo, em maior ou menor grau.

  • Desesperança

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  • Irritabilidade

  • Sentimento de culpa

  • Alterações no peso

  • Tristeza

  • Falta de energia

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  • Desânimo

  • Ansiedade

  • Isolamento social

  • Pensamentos suicidas

A depressão tem tratamento e quanto antes for iniciado o acompanhamento médico melhor para evitar que o quadro se agrave. Se perceber alguns sintomas associados, busque ajuda médica e tente também se ajudar, evitando o isolamento, considerando a prática de exercícios físicos, conversando com outras pessoas. Estas atitudes têm forte apelo positivo no tratamento.

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Renata Finholdt

Renata Finholdt é formada na área de Recursos Humanos com enfâse em treinamentos.