Jovem consome alta dose de cafeína e morre nos Estados Unidos

Veja que quantidade da substância pode ser tóxica ou fatal para a sua família.

Erika Strassburger

#VEJA

Posted by VEJA on Tuesday, May 16, 2017

Davis Allen Cripe, de 16 anos, não estava muito acima do peso nem tinha problemas cardíacos. Mas cometeu um erro que acabou levando-o à morte por insuficiência cardíaca.

Poucos dias atrás, ele sofreu um colapso em sala de aula, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, e morreu uma hora depois. Seus colegas relataram aos investigadores que ele consumiu, em curto intervalo, um café latte do McDonald’s, um refrigerante da marca Montain Dew e um energético.

Sua autópsia revelou que não havia vestígios de álcool ou drogas em seu organismo, e ele era um jovem saudável. Portanto, foi concluído que a arritmia cardíaca que culminou em sua morte foi provocada pela ingestão de alta dose de cafeína contida naquelas bebidas.

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De acordo com matéria da Veja, o médico legista, Gar Watts, fez questão de frisar: “Não estamos dizendo que foi a quantidade total de cafeína no organismo [que causou a morte], foi apenas a maneira como foi ingerida, em um curto espaço de tempo. A sobrecarga da bebida energética no final foi o que desencadeou a arritmia cardíaca”.

Segundo a BBC, Davis pode ter consumido cerca 470mg de cafeína em pouco menos de duas horas.

Que quantidade de cafeína pode ser tóxica ou fatal?

Há divergências no meio médico sobre que quantidades podem causar alterações preocupantes no organismo ou levar à morte. Mas muitos concordam que o problema maior é exatamente não saber identificar o limite seguro para cada pessoa, já que cada organismo reage de forma diferente.

A quantidade que matou Davis pode não causar efeitos significativos em outra pessoa. Mas uma quantidade menor poderia afetar alguém seriamente. “É isso que é tão perigoso”, disse o legista.

De acordo com a BBC, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) comunicou, em 2015, que ingerir mais de 400mg de cafeína ao dia pode levar ao aumento da frequência cardíaca, elevar a pressão arterial, causar batimentos cardíacos irregulares, tremores, nervosismo, insônia e ataques de pânico.

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Já a nutricionista Patrícia Rebelo e o médico Anthony Wong, chefe do Centro de Atendimento Toxicológico do Hospital das Clínicas (SP), “são mais rígidos em relação às quantidades”, segundo o Notícias UOL. “Segundo ela, o limite de cafeína por pessoa é de 2,5 a 4 mg por quilo. Para Wong, o nível de intoxicação é de 2,5 mg por quilo; ‘acima disso já se torna tóxico para o organismo'”.

A EFSA disse que muitas pessoas consomem cafeína acima do limite seguro por não conhecerem todas as diferentes fontes da substância.

As maiores fontes são

  • Café (entre 95 e 200mg por xícara)

  • Isotônicos em geral (podem conter até três vezes mais do que uma xícara de café, segundo artigo publicado em um site de cardiologia)

  • Chá preto (60mg por xícara)

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  • Chá verde (40mg por xícara)

  • Chá mate (30mg por xícara)

  • Refrigerantes de Cola (35mg por lata)

  • Red Bull (80mg por 250ml)

  • Chocolate amargo (até 70mg por 100g)

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  • Chocolate ao leite (até 30mg por 100g)

  • Achocolatados (até 5mg por colher de sopa, dependendo da concentração de cacau)

ATENÇÃO! Bebidas energéticas são um PERIGO para crianças e adolescentes

A Academia Americana de Pediatria alertou para o perigo do consumo de energéticos por crianças e adolescentes. Especialistas afirmam que seus ingredientes não foram testados em crianças e “ninguém pode garantir que eles sejam seguros”.

Um estudo recente da University Children’s Hospital, em Zurique, ressaltou a importância do sono para o cérebro em desenvolvimento de uma criança. A cafeína pode interferir no sono, portanto, possivelmente impedirá que o cérebro se desenvolva adequadamente.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.