Isto é o que você pode fazer para sair da desmotivação e estagnação mental

Não vejamos um "pare" no caminho como um obstáculo, isso é só um momento para descansar.

Erika Otero Romero

Entrar nessas fases em que nos sentimos atados e sem saída é inevitável. Todos, absolutamente todos nós passamos por isso. Estar nesta situação é angustiante porque nos parece ver que tudo ao nosso redor se move, exceto nós.

A estagnação não poupa ninguém, já que é uma situação mental. Pode ser que o mundo “veja” nossas vidas como uma série de eventos perfeitos onde não temos nada de que nos queixar; apesar disso, para nós, as coisas não avançam nem retrocedem, simplesmente estão estáticas.

O pior de tudo é que, não importa o quanto façamos para sair desse “estado morto”, não temos a motivação nem as ideias que possam nos orientar para uma possível saída. A razão de nos sentirmos assim surge quando sentimos que não estamos fazendo algo que dê verdadeiro sentido à nossa existência.

Os seres humanos precisam se autorrealizar tanto quanto precisamos comer e dormir; isso faz parte da nossa natureza. Quando temos uma meta que nos mobiliza a ir em frente, nossa vida faz sentido; isto porque precisamos disso para evoluir, amadurecer, aprender e nos sentirmos plenos. Quando isso não acontece, nos sentimos frustrados, como mortos-vivos.

Se somar a isso a pressão que vem do exterior, essa comutação por fazer e dar tanto de si leva a um ponto onde nos saturamos e não sabemos o fazer.

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O que podemos fazer quando nos sentimos estagnados?

Quando passamos por isso, acreditamos que não há nada que possamos fazer além de esperar que o bloqueio desapareça. Sim e não. Há várias coisas que podemos fazer:

1. Observar o quanto temos conseguido

Em épocas de estagnação, é tanto o desânimo, que perdemos de vista o caminho que temos percorrido. Sentimo-nos tão fracassados e inúteis que não reconhecemos as conquistas passadas.

Recordar os objetivos anteriormente alcançados desperta em nós essa sensação de que podemos fazer grandes coisas. Por exemplo, lembrar que enquanto você fazia faculdade, também trabalhava, isso mostra que você tem uma grande força.

Todos nós temos objetivos a curto, médio e longo prazo, mas, por vezes, temos dificuldade em ver os pequenos passos que temos de dar para alcançar esses objectivos. Por isso, nunca devemos esquecer que alcançar grandes objetivos não é fácil, é preciso esforço, disciplina e às vezes sacrifício.

Cada vez que precisarmos de nos sentir motivados, é nosso dever recordar-nos do caminho que percorremos; esse será um incentivo para traçarmos um caminho futuro.

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2. Aceitar que esse momento de imobilidade tem algo a nos ensinar

Acredito que coisas ruins acontecem por uma razão. Não é como ver o copo meio vazio; é uma oportunidade de olhar duas vezes para alguma coisa e corrigir os erros antes de seguir em frente.

A recomendação, neste caso, é fluir com a situação. Nadar contra a correnteza só nos deixará mais desesperados e mais frustrados.

É uma questão de olhar atentamente o que estamos vivendo, corrigir possíveis falhas e levar tudo com calma.

3. Definir nossos objetivos

Embora seja verdade que estamos vivendo uma época de estagnação, isto não deve ser tomado como uma resignação.

Essa fase de pausa é irritante, mas já sabemos que nos serve para refletir sobre o que estamos vivendo. Pois bem, não devemos contemplá-lo como uma derrota, mas como uma parada no caminho.

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É neste momento que devemos repensar os objetivos a seguir. Se é necessário reajustá-los ou alterá-los para alcançar o objetivo final.

Para isso, temos de pensar no que queremos, no quão difícil é alcançar esse objetivo; e, por último, mas não menos importante, os passos que nos levarão a alcançá-lo.

4. Identificar os temores que nos limitam

Devemos ter em conta o seguinte: se tivermos certeza do que queremos, mas se estivermos estagnados e a situação não parece mudar, então temos medos que ainda não detectamos. Saber disso é imprescindível para nos desbloquear.

Os medos podem ser muito variados. Pode-se ter medo de fracassar, de que as coisas não sejam como esperamos, de perder o tempo perseguindo quimeras etc. Esses temores podem estar influenciados por comentários de outras pessoas ou por seu próprio ego. Inclusive, podemos chegar a ter essa sensação de que não merecemos o que desejamos.

Acredite em mim, nós merecemos tudo o que perseguimos, desde que isso não cause danos a terceiros. Nós não nascemos para nos contentar com pouco ou para sofrer. Não permitamos que os pensamentos limitantes sejam os que manejam o leme de nossa vida.

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Em vez disso, vamos tomar as rédeas dos nossos sonhos. Planejemos bem e vençamos os nossos medos através de um olhar atento que nos permita ver melhor o panorama completo; será isso que nos permitirá projetar possíveis resultados futuros.

Um momento de estagnação não deve ser visto como fracasso. Trata-se, antes de tudo, de um período que deve ser aproveitado para mudar a estratégia e voltar ao objetivo.

O convite é para não nos frustrarmos e deixarmos o medo e a tristeza para trás. Vamos encarar esse momento como uma oportunidade para dar um impulso e, assim, conseguir o que tanto queremos.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original Esto es lo que puedes hacer para salir de la desmotivación y el estancamiento mental

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Erika Otero Romero

Erika é psicóloga com experiência em trabalhos comunitários, com crianças e adolescentes em situação de risco.