Irmãos: de rivais a cúmplices. 8 dicas para conseguir isso

As diferenças entre irmãos fazem parte da diversidade da família. Aqui estão algumas dicas práticas para ajudá-lo a resolver suas diferenças e criarem um forte vínculo de amizade e amor.

Paola López

Um dos presentes mais lindos que Deus me deu foi minha irmã. Fui filha única por dez anos e sempre desejei ter alguém próximo com quem compartilhar meu amor, meu tempo e meu espaço. 

Quando ela chegou, descobri, com alegria, a responsabilidade de ser a irmã mais velha. Minha mãe imaginava que tudo iria ficar bem entre nós. Por que haveria conflitos se nós duas éramos meninas e poderíamos dividir tudo, além de sermos cúmplices? 

Mamãe não precisou esperar passar muitos anos, as surpresas vieram quando ela descobriu que éramos bem diferentes, tínhamos pensamentos e jeitos de ser muito distintos. Depois vieram os conflitos, pouco escandalosos, mas inevitáveis.

A questão é que, como em toda família, o temperamento, o caráter e a diversidade de personalidades vêm à tona e nos delatam. Além disso, o sexo, a idade, o número de irmãos e o papel que cada um desempenha na família influenciam no surgimento de problemas entre irmãos. Tanto, que há “síndromes” do irmão mais velho, do irmão do meio, do penúltimo filho e do irmão mais novo.

Como mãe, você já sabe de tudo isso, pois certamente aprendeu com a convivência a distinguir as peculiaridades de cada filho. Você sabe do que cada um gosta, o que os deixa entusiasmados, tristes e zangados. E, provavelmente, todos os dias você ouve: “Mãe, meu irmão está me incomodando!”. 

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É imprescindível ensinar o irmão mais velho a amar o mais novo desde o início. Mas se não for esse o caso, e esse tipo de situação conflitiva for vivenciada em uma família convencional todos os dias; mesmo que tentemos, jamais conseguiremos fazer com que nossos filhos pensem, sintam e ajam da mesma forma. 

Sem dúvida, essas diferenças geram conflitos. O segredo é saber resolvê-los. Portanto, estou aqui para encorajar você a levar em consideração os seguintes pontos para evitar essas brigas comuns:

1. Desenvolva uma visão compreensiva e ampla

Você precisa aprender a identificar as diferenças entre seus filhos, conhecer sua maneira de pensar, sentir e agir; identificar seus pontos fracos e fortes; aprender a amá-los e compreendê-los como são. 

Também é necessário que eles estejam a par dessas diferenças; assim, todos irão aceitar e valorizar a individualidade de cada um, o que promoverá uma convivência pacífica baseada no respeito às diferenças.

2. Transforme conflitos em oportunidades

Sua tarefa como mãe é contribuir para que todo conflito traga algo de bom. 

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Quando brigarem, aproveite para motivá-los a falar com clareza e a ouvir um ao outro. Cada um deve dizer o que o fez se sentir mal e, portanto, agir de forma a não despertar tal sentimento um no outro.

Incentive-os a pedirem desculpas e a apertarem as mãos ou darem um abraço no final, assim que o conflito for resolvido. Garanto a você que eles vão descobrir algo que não sabiam e vão aprender a controlar suas emoções.

3. Seja justo(a)

Sem dúvida, muitos conflitos surgem porque os pais não ouvem as razões do conflito. Nós temos a tendência de defender o filho menor ou vulnerável, ou exigimos apenas que um dos filhos cumpra as regras. 

Se existem regras em casa, lembre-se de que todos, sem distinção, devem cumpri-las.

4. Evite preferências e dê o exemplo

De forma nenhuma demonstre favoritismo em relação a um de seus filhos, todos devem receber o mesmo amor. Evite comparar uns com os outros (e com outras crianças) e defini-los como exemplo. Todo mundo é quem é, e você deve sentir orgulho de cada um por sua individualidade.

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5. Incentive atividades conjuntas

O sexo e a idade fazem a diferença, e seus filhos têm certas brincadeiras ou atividades que gostam de fazer sozinhos. Mas para motivar a convivência entre irmãos é fundamental que compartilhem momentos juntos. 

Sua tarefa como mãe é encontrar pontos de convergência nas preferências e interesses de seus filhos para que se divirtam juntos.

6. Tenha um diálogo particular com cada criança

É fundamental que haja comunicação na família. Como mãe, você também deve dar importância à autonomia e à individualidade de cada um. 

Converse com seus filhos a sós todas as noites, talvez eles tenham algo para lhe contar e não queiram que o irmão saiba. Isso criará uma espécie de cumplicidade. Ouvi-los e guardar seus segredos fará com que haja uma relação de confiança.

7. Defina limites e regras para todos

Sua tarefa é “ler a cartilha” e fazer com que as regras sejam cumpridas. A obrigação deles é cumpri-las. 

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As regras devem ser as mesmas para todos; as recompensas e castigos devem ser individuais, pois nossos filhos tem idades e necessidades diferentes.

8. Tenha sempre paciência e esperança

Como nossos filhos são diferentes, não devemos esperar o mesmo de todos, muito menos quando embarcamos na jornada de começar a trabalhar. 

Minha dica é manter a positividade, pedir ao seu marido para participar e a seus filhos para fazerem a parte deles. Com perseverança e dedicação, tudo é possível nesta vida.

Essas ações ajudarão a criar uma atmosfera de fraternidade em sua família. Querendo ou não, os conflitos vão surgir. O segredo é você não permitir que seus filhos se tornem rivais ou inimigos. Pelo contrário, que se tornem cúmplices, assim como minha irmã e eu nos tornamos.

Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original Hermanos, de enemigos a cómplices

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Paola López

Paola é formada em Psicologia pela Universidad Autónoma de Tamaulipas e tem duas graduações, uma em Orientação Familiar e outro em Assistencia Social e Voluntariado, desde então faz um ano que Paola dá terapia Psicológica.