Inteligência emocional: a chave para se dar bem com os outros e consigo mesmo

Somos seres sociais que se ligam uns aos outros a partir da relação que temos com nós mesmos.

Erika Otero Romero

Um tema de que se tem falado muito nos últimos tempos é inteligência emocional; no entanto, poucos sabem do que se trata.

Pode parecer estranho chamá-lo de inteligência, mas merece o título. A razão disso é que é uma habilidade que é mais desenvolvida em algumas pessoas do que em outras.

Nem todos os seres humanos são empáticos ou podem colocar-se no lugar dos outros. Nem todas as pessoas têm a capacidade de autocontrole ou expressar o que sentem claramente. Por isso, quem tem uma alta inteligência emocional é capaz de se relacionar melhor com os demais.

O que é inteligência emocional?

É um conjunto de habilidades que podem vir conosco desde o nascimento; no entanto, também podem ser aprendidas e aperfeiçoadas ao longo da vida.

As habilidades que envolvem inteligência emocional são: empatia, automotivação, autocontrole, entusiasmo e controle de emoções.

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Quando uma pessoa tem uma inteligência emocional equilibrada, é capaz de entender as pessoas com quem se relaciona. Certamente, ao saber controlar suas emoções, ela cometerá menos erros no trato. Acrescente a isso o fato de que sua autoestima e entusiasmo contagiam todos que estão ao seu lado e os fará sentir-se motivados pela sua energia.

Identificando a inteligência emocional

Há vários aspectos que devem ser levados em consideração para saber se você tem uma ótima inteligência emocional.

1 Você está ciente de suas emoções

Sente-as e sabe distingui-las e manejá-las.

2 Não reprime o que sente

Reprimir é prejudicial à saúde das pessoas. Isso leva a um acúmulo de emoções negativas que depois explodem e geram um grande problema.

Uma pessoa com boa inteligência emocional é sincera com o que sente e sabe expressar seus sentimentos sem prejudicar a si mesma ou aos outros.

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3 Traz à realidade seus objetivos

Uma pessoa com boa inteligência emocional sabe distinguir se seu objetivo é realizável ou não. Além disso, pode encontrar os passos que deve seguir para alcançar seus objetivos.

4 Tem equilíbrio

Sabe que tudo na vida tem duas faces: a boa e a má. Para ela o importante é se concentrar no que pode fazer para solucionar seus inconvenientes; além de aprender as lições que chegam com esses problemas.

5 Não se concentra no que não pode controlar

Como acontece a todos, às vezes alguém faz algo que lhes causa problemas; no entanto, ele escolhe não levar nada tão a sério. Em vez disso, analisa o que fez e que levou a essa reação para melhorar as coisas num futuro próximo.

6 É autocrítico

É capaz de controlar suas emoções. Ainda assim, quando sabe que algo não está certo, ela as analisa e reconhece a melhor maneira de estar sob controle.

7 Está consciente das emoções dos outros

Ao conseguir colocar-se no lugar dos outros, sabe como eles se sentem. Essa compreensão dos outros torna-o agradável, pois não julga e sabe ajudar se for chamado.

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8 Sabe estabelecer uma verdadeira conexão com as pessoas que lhe interessam

Gosta de estar rodeado de pessoas agradáveis e evita relações tóxicas. Busca a paz e a tranquilidade que vem de um bom relacionamento pessoal.

9 Motiva constantemente a si mesmo

Não se apega a velhas experiências por “amor à lembrança”. Gosta de procurar novas experiências que o enriqueça e o leve a sentir-se vivo. Precisa de uma razão para viver.

Melhorando sua inteligência emocional

São muitas as pessoas que têm dificuldade em ter uma boa inteligência emocional; no entanto, existe uma grande possibilidade de desenvolver essas habilidades e poder aproveitá-las.

A primeira coisa que devemos fazer é tentar entender como nos sentimos e como as outras pessoas nos fazem sentir. Quando se chega a essa compreensão, é mais fácil controlar o que se sente.

Se você souber identificar quando está prestes a ter um ataque de raiva, será mais fácil controlar-se. Pode ficar chateado, mas também pode controlar-se para não cometer um erro.

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A segunda coisa é melhorar sua capacidade de “ler” os outros. Se souber identificar quando alguém está chateado e pode ser grosseiro, então saberá esperar o melhor momento para lhe falar.

O terceiro ponto é saber que ninguém tem controle sobre você. As pessoas fazem e dizem coisas; no entanto, você tem a liberdade de escolher o que se aplica a você ou não. Ninguém jamais poderá ter poder sobre você se não os outorgar.

O quarto ponto é saber falar de como se sente de maneira clara. Não entre no jogo de negar seus sentimentos. Se você se sentir desconfortável com alguma coisa, diga e retire-se; claro, sempre com respeito.

Se implementar esses passos, vai perceber o quanto suas relações interpessoais vão melhorar. Você tem o direito de estar chateado, mas seu principal dever é ser feliz da melhor maneira possível.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original Inteligencia emocional: la clave para llevarte bien con los demás y contigo mismo

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Erika Otero Romero

Erika é psicóloga com experiência em trabalhos comunitários, com crianças e adolescentes em situação de risco.