Gêmeos de 1 ano morrem afogados na piscina de casa no Mato Grosso do Sul. Especialistas dão dicas para evitar que tragédias como esta se repitam em outros lares

Essa tragédia serve de ALERTA para todos que têm piscina em casa – até mesmo uma piscina de plástico.

Erika Strassburger

Quem tem filhos pequenos sabe muito bem como eles podem ser teimosos, curiosos e rápidos. Infelizmente, o advogado Clayton Moraes e a esposa, de Três Lagoas (MS), constataram isso da forma mais dolorosa possível.

Segundo informações fornecidas pelo Hospital Auxiliadora ao G1, na manhã do último domingo (dia 3), enquanto o casal regava as plantas do jardim, seus filhos gêmeos de um ano e dois meses ultrapassaram a grade de proteção que circunda a piscina e caíram na água. Eles chegaram ao hospital já desacordados, trazidos pelos pais, por volta das 8h45.

Os médicos e enfermeiros tentaram reanimá-los por 35 minutos, sem sucesso. Ambos morreram de parada cardiorrespiratória devido ao afogamento.

O hospital também informou que, antes de levá-los ao hospital, a mãe ligou para o corpo de bombeiros, que lhe deu instruções para aplicar o procedimento de reanimação. Como os bebês não respondiam, eles levaram-nos ao hospital.

Um delegado da polícia civil publicou em sua página no Facebook:

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“Uma dor inimaginável que só Deus para confortar essa família! (…) Deixo essa publicação não para criticarem esses pais, mas para que nós adultos possamos estar atentos com as crianças… filhos, sobrinhos, netos, vizinhos… e até mesmo desconhecidos na piscina de um clube! São anjos indefesos…”

GÊMEOS MORRERAM AFOGADOS
Neste domingo as 7h 30, os irmãos de 1 ano de 2 meses de idade, caíram na água por acidente…

Posted by Delegado Waldir on Monday, September 4, 2017

Dicas de segurança para quem tem crianças e piscina em casa

Segundo o Relatório Global sobre Afogamento da OMS – Organização Mundial da Saúde, 372.000 pessoas morrem afogadas todos os anos, e a taxa é maior entre crianças menores de 5 anos.

O mais preocupante é que até mesmo um volume aparentemente inofensivo de água pode representar grande perigo para crianças pequenas. Por isso, não importa o tamanho da piscina, ou se é de fibra, azulejo ou vinil; é importante ficar de olho e tomar todas as medidas necessárias para evitar que uma fatalidade como essa se repita em outros lares.

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Especialistas dão algumas dicas superimportantes de segurança para proteger as crianças em locais com piscina:

  • Isole o local onde a piscina está com grades de, no mínimo, 1,2 metros de altura e sem barras horizontais, para evitar que sejam escaladas.

  • Mantenha o portão de acesso sempre trancado. Uma boa ideia, e que oferece uma segurança extra, é instalar um alarme sonoro no portão.

  • Cogite a ideia de instalar uma capa de proteção na piscina. Este artigo mostra alguns modelos que há no mercado e qual é o mais indicado para quem tem criança.

  • Não deixe os brinquedos da criança perto da piscina, pois ela fará de tudo para tentar pegá-los, até mesmo arrastar cadeiras para tentar pular as grades.

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  • Escolha bem o tipo de revestimento que colocará em torno na piscina, pois um piso escorregadio pode provocar quedas e lesões graves.

  • Mantenha as crianças com menos de 5 anos, no máximo, a um braço de distância de você.

  • Crianças maiores precisam estar sempre sob a supervisão de um adulto atento.

  • Ensine as crianças que a área da piscina é um lugar perigoso sem a presença de adultos. Ensine-as a jamais correrem em volta da piscina, jamais entrarem quando você não estiver por perto.

  • Jamais permita que as crianças, independente da idade, entrem na piscina com os equipamentos ligados. Eles podem sugar seus cabelos, pernas ou braços, levando ao afogamento.

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  • Providencie boias para seus filhos. O modelo mais seguro para crianças menores é o colete. As maiores podem usar boias de braço e outros modelos. Modelos inadequados para o tamanho da criança podem ser facilmente removidos por ela ou podem fazer com que ela vire de ponta cabeça dentro d’água.

  • Piscina que “dá pé” não é sinônimo de piscina segura. A criança pode escorregar dentro d’água e demorar para ficar de pé novamente para conseguir respirar.

  • Algumas brincadeiras podem ser perigosas, como “lutinhas”, “dar caldo” ou “cavalinho”. Um diálogo firme e franco – inclusive definir regras – irá manter seguros os seus filhos e os amiguinhos que trouxerem para se divertir na piscina.

No vídeo abaixo (a partir de 1:30), membros do corpo de bombeiros ensinam a prestar os primeiros socorros em caso de afogamento

Para mais dicas de segurança para crianças

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.