Estudo mostra que tipo sanguíneo está relacionado ao risco de infarto

Qual é o seu tipo sanguíneo? Descubra aqui se você deve ter mais cuidado.

Michele Coronetti

A ciência mostra a cada dia mais que doenças podem ser previstas desde muito cedo. Buscando entendimentos a respeito do tipo sanguíneo (A, B, AB ou O) muito além da doação de sangue permitida para cada pessoa, Cientistas descobriram informações preciosas, que podem ajudar os indivíduos sobre sua saúde.

Foi declarado por um grupo de cientistas recentemente que portadores do tipo sanguíneo A, B ou AB tem 9% mais chances de sofrerem acidentes cardiovasculares do que os portadores do tipo O. Estudos complementares ainda serão realizados a fim de auxiliar na medicina preventiva e personalizada.

A pesquisa foi realizada com os dados de mais de 1,3 milhão de pacientes relatados em 9 estudos anteriores, sendo correlacionada a incidência das ocorrências e o grupo sanguíneo dos indivíduos. O motivo pelo qual esses grupos são mais vulneráveis aos acidentes ainda não foi identificado, porém eles têm maiores concentrações de uma proteína de nome Fator de von Willebrand, responsável pela coagulação relacionada à trombose e da Galectin-3, ligada à inflamação.

Em estudos precedentes a esse já foi identificado que o sangue do tipo A é mais suscetível a infecções por rotavírus, já que ele facilita a entrada do vírus no organismo. Essas infecções são caracterizadas por diarreia grave e também descritas como gastroenterite e afetam especialmente as crianças. Realizada em células de laboratório, foi observado que o antígeno presente no sangue de grupo A se infecta mais facilmente com os vírus do que os antígenos dos outros grupos.

Outro estudo mostra que os tipos sanguíneos A, B e AB têm 20% mais chances de desenvolver trombose venosa que o tipo O. A trombose se caracteriza por coágulos que se formam nas paredes das artérias ou veias, podendo, no caso venoso, se desprender e atingir o coração, passar para os pulmões, obstruir as artérias pulmonares e causar morte súbita.

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Assim como no estudo sobre os acidentes cardiovasculares nos grupos sanguíneos, foi utilizada a informação de 66.001 pacientes por 33 anos. Com os resultados obtidos, cientistas sugeriram que o grupo sanguíneo seja incluído nos exames genéticos para identificar riscos de desenvolvimento de trombose.

Ainda falando dos indivíduos pertencentes aos grupos A, B e AB, o risco de desenvolver Alzheimer também é maior para eles. Os danos no cérebro causados pela doença ocorrem mais em pessoas com menos matéria cinzenta na parte posterior e os indivíduos do grupo sanguíneo O possuem mais matéria cinzenta que os de outros grupos, correndo risco menor de adquirir a doença.

Para os cientistas ainda existe muito a ser detalhado e descoberto. Sabendo dos riscos inerentes aos grupos sanguíneos fica mais fácil tomar cuidados para não desenvolver as doenças através de precauções como atividades físicas, alimentação e inclusão de outros bons hábitos.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.