Essas pequenas manias causam o fracasso conjugal. Evite-as!

A solução está em suas mãos. basta encontrar o equilíbrio e seu casamento será estável e feliz.

Erika Otero Romero

O amor conjugal é uma flor delicada que deve ser cuidada com esmero para que possa durar. Mas cuidar dele não é tão fácil como parece. É preciso dedicação, tempo, respeito, prudência e centenas de milhares de pequenos atos para fortalecê-lo.

Se você é casado(a), sabe que, não importa quanto amor há entre vocês, também há diferenças que, às vezes, os fazem enfrentar o lado mais obscuro de suas personalidades. Aspectos, mesmo que mal empregados, minam o relacionamento.

Embora seja difícil de acreditar, as nossas pequenas manias – esses traços de personalidade que subestimamos –  podem, por vezes, causar o colapso da relação. Mas, a pior parte é que, se não conversarem, se não procurarem uma maneira inteligente de lidar com isso, é bem provável que acabe resultando em divórcio, mesmo se ainda houver amor.

Alguns desses aspectos são:

Dedicação excessiva

Quem diria que se preocupar em agradar e dedicar-se ao seu cônjuge pode fazer com que ele queira ficar longe de você! Mas é assim, mesmo. O fato é que “as aparências enganam”, e quanto mais você ficar “em cima” dele, dando carinho e atenção, mais sufocado ele se sente , e mais vai querer se distanciar de você.

Uma pessoa que diz ao cônjuge, “Ai, querido, deixa isso aí, que depois eu faço” ou “Você está muito cansada, deixa que eu vou“, e outras coisas do tipo, repetidas vezes, pode não sentir que seja um inconveniente no começo. Mas com o tempo,  ficará irritado. É como se dissesse: “Você é um tolo incapaz! Eu tenho que fazer tudo por você!”.

A realidade, por trás disso, é que você deseja controlar cada passo. Mas, também, é como se estivesse dizendo que ele é incapaz de fazer isso ou aquilo, mesmo que você nunca diga. O que você faz quando cuida excessivamente do seu cônjuge é – além de incomodá-lo – colocar uma barreira na igualdade, intimidade e compreensão. Isso os levará, gradativamente, a se sentirem isolados e, eventualmente, poderá levar ao divórcio.

Mesmo que você tenha as melhores intenções ao agir assim, a melhor coisa a fazer é permitir que seu cônjuge faça a parte dele. Ele se sentirá útil e capaz de fazer o que quer. Ofereça apoio, se ele precisar de ajuda, mas não faça mais tudo por ele. Assim, você vai evitar problemas maiores. Digo por experiência própria.

Há pessoas que fazem drama por situações completamente insignificantes. Você chegou com 5 minutos de atraso, e o outro já faz um escândalo. Você mudou algumas coisas de lugar na escrivaninha, e isso gerou um problema monumental.

O pior, e talvez mais triste, é que eles chegam ao tribunal alegando que são motivos importantes para o divórcio, mesmos se arrependendo deles, e ficam fazendo um papel ridículos.

E não são somente as mulheres, há homens que também fazem drama por nada. E o problema disso, basicamente, são as suposições. Dão tanta importância à sua imaginação (que ele não voltou para casa mais cedo porque estava com outra; ou que ela  jogou no lixo uns papéis importantes; quando o que aconteceu foi insignificante).

Para evitar esse tipo de situação e criar um problema do nada, pare e pergunte o motivo pelo qual isso ou aquilo aconteceu. Isso evitará dores de cabeça desnecessárias.

Fugir dos problemas

Vocês estão no quarto discutindo sobre algo e, de repente, vupt! Você fica falando sozinho. Horrível! A sensação de impotência e raiva que vai se acumulando é incontrolável.

As discussões são necessárias para um casal. É o momento em que eles expõem seu lado mais fraco, serve para identificar as falhas e fazer mudanças, reconciliar e seguir em frente. Mas, evitar essas conversas, fugir para evitar um confronto, é uma reação passivo-agressiva, é agir de maneira condescendente, e ninguém gosta disso.

Embora possa causar incômodo, da próxima vez que houver uma discussão, aceite-a, não perca a calma – se é isso que você deseja evitar – e cheguem a um acordo. Isso fará com que vocês se sintam compreendidos, em vez de propositalmente ignorados.

Vitimismo

Pessoas narcisistas costumam ser vitimizar. Todo problema gira em torno delas, machucando-as, ferindo-as seriamente porque “elas sempre sofrem as conseqüências das decisões e ações de seus parceiros”. 

Nada é mais terrível do que lidar com alguém assim. Mas, o pior não é isso, o mais entediante é que, de seu ponto de vista, elas nunca machucam ou fazem coisas ofensivas. Além disso, elas nunca são responsáveis ​​por sua parcela de culpa nos problemas. Sendo assim, como encontrar uma solução?

Diante disso, a melhor coisa a fazer é procurar a ajuda de um terapeuta de casais que possa ajudá-los a lidar com a situação, para que o amor volte a reinar.

Egoísmo

Todos somos egoístas, de alguma forma. De maneira racional, não é que seja um problema real, pois queremos sempre ser o número um na vida de nosso cônjuge. O problema surge quando queremos que o relacionamento funcione para nós e que apenas as nossas necessidades sejam atendidas.

Sabemos muito bem que o egoísmo não funciona no casamento. O casamento é um “dar e receber” contínuo e mútuo, o que pode ser abalado pelas exigências contínuas de uma das partes. E o único destino desse tipo de relação é o fim do amor.

Não existem casamentos perfeitos. A verdade é que os casais precisam aprender a lidar com essas pequenas dificuldades que enfraquecem o relacionamento. Para isso, é bom que aprendam a ouvir um ao outro, a entender um ao outro e a resolver os problemas assim que surgirem.

Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original Estas pequeñas manías son causantes de fracaso matrimonial ¡Evítalas!

Erika Otero Romero

Erika é psicóloga com experiência em trabalhos comunitários, com crianças e adolescentes em situação de risco.