É isso que o fará mais feliz, e o mundo não pode lhe dar

Muitas pessoas estão buscando a felicidade no lugar errado. Este artigo mostra onde encontrá-la.

Erika Strassburger

O objetivo maior de cada pessoa é encontrar a felicidade. Essa sensação tão cobiçada é buscada em diferentes fontes no mundo: em uma nova paixão, na aquisição do novo objeto de desejo, na nova viagem, no novo emprego, entre outros lugares. Eu digo “novo”, porque esse tipo de felicidade acaba pouco tempo depois de uma conquista; então, as pessoas vão em busca de novas conquistas para poderem provar novamente essa sensação.

A questão é que a felicidade verdadeira não é uma sensação de alegria repentina e euforia, é um estado. Essas coisas que muitos procuram para preencher o vazio que fica depois que a euforia passa apenas saciam por mais um tempo essa ânsia de ser feliz de novo.

E assim, de festa em festa, de compra em compra, de paixão em paixão ou de viagem em viagem, as pessoas vão em busca da felicidade. Mal sabem elas que esse não é o caminho para a felicidade mais elevada.

Felicidade não se compra

Essa frase é muito batida, e há quem discorde dela, dizendo que quem tem bastante dinheiro pode fazer e comprar tudo que quer, não passar por dificuldade e privação, estar em condições de atrair o que faz bem e afastar de sua vida aquilo e aqueles que lhe fazem mal.

Bem, sabemos que não é bem assim. Quanta gente rica está rodeada de aproveitadores, quantos abonados queixam-se de vazio interior. A felicidade verdadeira tem pouco a ver com o saldo na conta bancária ou o limite do cartão de crédito. Se fosse assim, o índice de pessoas de classe média e alta com depressão seria consideravelmente menor.

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Por outro lado, levar uma vida trabalhando duro e não ter dinheiro para esbanjar não é fator impeditivo de felicidade.

Ter dinheiro de sobra pode ser uma bênção ou uma maldição. Tudo depende de como o usamos e do valor que lhe damos. O dinheiro não é a raiz de todos os males, mas colocar o coração naquilo que ele pode comprar, sim. E isto despacha a felicidade, de mala e cuia.

“Iniquidade nunca foi felicidade”

Adoro essa frase. É tão curta, mas diz tanto! Não é pulando de relacionamento em relacionamento, participando de atividades ou conversas levianas, ou bebendo todas que a pessoa vai finalmente ser feliz ou esquecer a tristeza. A felicidade está intimamente relacionada à sobriedade – em todos os sentidos – à fidelidade, ao equilíbrio.

A depravação, a incontinência sexual, a cobiça, a futilidade são enormes pedras de tropeço no caminho de quem busca ser feliz de verdade.

A busca pela fama e a popularidade afasta a felicidade

Não estou dizendo que quem é popular ou famoso não consegue ser feliz. Quando a popularidade é uma consequência de um trabalho bem feito, é um mérito, e pode ser usada inclusive em benefício de causas bastante nobres.

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Mas quando a fama ou a popularidade é o objetivo final, e não uma consequência, a felicidade acaba sendo espantada pela ânsia de se tornar famoso a qualquer custo, o que leva à dependência da aprovação dos outros para estar bem. Sem que a pessoa perceba, a felicidade fica condicionada à aprovação alheia.

Okay, se essas coisas não trazem a verdadeira felicidade, onde podemos encontrá-la?

Talvez você fique “de cara” pela simplicidade da resposta, e talvez até não concorde. Mas eu o convido a fazer uma experiência, caso ainda não o faça. Sabia que a verdadeira felicidade é encontrada no simples e no sagrado.

O simples

A simplicidade a que me refiro não tem a ver com pobreza, mas com estilo de vida. Uma pessoa rica também pode ser simples, assim como uma pobre pode ter mania de grandeza.

Quando você aprecia as coisas simples da vida, como a natureza à sua volta, observar as crianças brincando, rir junto com a sua família, sentar-se para escutar histórias de uma pessoa idosa, brincar com as crianças e os animais, ajudar um vizinho, preparar uma horta ou cuidar do jardim, entre outras coisas – e faz tudo isso com o coração cheio de gratidão pelo privilégio de ser abençoado com esses momentos – você pode sentir um tipo de felicidade difícil de ser descrita, mas que preenche o coração.

Uma das pessoas mais simples que já conheci – inclusive veio aqui em casa muitos anos atrás, quando era um jovem adulto, para me prestar um serviço durante o período em que servia como um jovem missionário no Brasil – é filho de um bilionário do setor aéreo, tendo o pai também servido missão no Brasil. Todos que conhecem essa família ficam encantados como a simplicidade de todos.

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Aquele jovem missionário agora é casado e pai de seis filhos. Ele escolheu, junto com sua linda esposa que é bailarina, um estilo de vida simples, de fazenda. O casal toca tudo, desde cuidar dos animais, fazer a ordenha, cultivar a horta, dirigir trator. Tudinho! Eles têm uma conta no Instagram onde sempre postam vídeos e fotos de seu cotidiano. É muito inspirador.

A simplicidade é uma grande fonte de felicidade. Ela nos faz valorizar aquilo que realmente tem valor na vida e gera gratidão.

O sagrado

Voltar o coração a Deus, aprendendo mais sobre Sua natureza e sua vontade nas escrituras sagradas, conversando de verdade com Ele em nossas orações, procurando fazer aquilo que Ele ensinou, leva-nos a experimentar um tipo de felicidade acalentadora e tranquilizadora, que nos enche de paz.

É impossível ser feliz sem estarmos em paz. E o tipo de paz a que me refiro é o oferecido pelo Senhor: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vô-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (João 14:27)

Deus é a fonte não apenas da alegria verdadeira, mas da alegria eterna. Pois o que Ele promete àqueles que seguem seus ensinamentos transcende a mortalidade.

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Embora muitas coisas aconteçam na mortalidade que nos privem de momentos de alegria – como a perda de um ente querido, doenças, desemprego, divórcio etc. – se estivermos valorizando o simples e o sagrado, nosso coração estará em paz. O Senhor enviará Seu espírito para nos consolar e nos ajudar a superar as adversidades.

Felicidade verdadeira é isso, é ser grato pelas coisas simples da vida e cultivar um relacionamento próximo com o Senhor. Essas duas coisas nos farão ter sempre o coração no lugar certo, protegendo-nos das tristezas geradas por más escolhas e suas consequências.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.