Definindo prioridades no casamento: O que deu certo entre meu marido e eu

Cerca de um ano e meio depois que nos casamos, meu marido me disse algo que abalou nossa relação.

Anne Banks

Este artigo foi originalmente publicado no blog “Travel parent eat” e republicado aqui com permissão, traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger.

Hoje vamos dar um passeio por minha história pessoal porque eu acho que é importante compartilhar, não porque eu seja uma pessoa incrível, mas por que espero que alguém seja fortalecido sabendo que não está só.

É significativo para os membros de minha fé se casar entre si, para que o solenizemos dentro de promessas que são sagradas para nós.

É assim que meu conto de fadas começou, mas por agora não parece que vai continuar sendo um. E eu ainda estou esperando que termine como um conto de fadas.

Meu marido foi um missionário de nossa igreja e eu também. Conhecemos-nos na faculdade após retornarmos de nossas missões. Tivemos profundas discussões doutrinárias. Nossa fé é algo que despertou a nossa amizade e eventualmente nosso namoro.

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Eu e meu marido não gostávamos muito um do outro quando nos conhecemos. Vamos apenas dizer que nossas primeiras impressões não foram muito impressionantes. Ele pensou que eu era uma hipócrita, orgulhosa e uma sabe tudo pouco atraente. Eu achava que ele era um orgulhoso, atleta ignorante. Como é que acabamos juntos? Foi uma aposta.

Um dos colegas de quarto de Mike tinha certa queda por mim. Uma noite, eu fui ao apartamento deles para pedir-lhes de volta uma panela que tinham emprestado de mim. O companheiro de quarto estava assistindo um programa de luta livre. Eu fiz um comentário sarcástico sobre a credibilidade destes programas e ainda lancei o desafio de que eu poderia derrubar o companheiro de quarto dele com minhas habilidades de luta real. E o fiz em questão de segundos, tendo o tal companheiro permitido ou não. Mike alegou então que eu não poderia derrubá-lo e se ele me derrotasse, ele ia me beijar. Eu nunca lutei tão duro na minha vida! Eu não queria que ele me beijasse e tinha medo de que meu ego fosse esmagado se ele me derrotasse. Eu não poderia dizer-lhe qual das duas foi minha maior motivação. Ele me imobilizou, mas pelo menos foi depois de 10 minutos de intensa luta, e o resto, como dizem, é história.

Começamos a conversar, brincar, e, eventualmente, namorar. Após algum tempo, ele veio até minha casa e conheceu minha mãe. Depois que ele saiu, ela me disse que ele estava caidinho por mim. Eu não estava convencida mas eu estava errada. Tivemos nossos altos e baixos durante o nosso namoro, mas durante os feriados do Natal, percebemos que não poderíamos mais ficar separados, e nunca mais ficamos. Noivamos em janeiro e nos casamos em abril. Do começo do namoro ao casamento, passaram-se apenas seis meses. Nós só nos conhecíamos realmente há oito meses. Sabíamos que era amor, e sabíamos que queríamos ficar juntos para sempre.

Cerca de um ano e meio depois que nos casamos, Mike soltou uma bomba no meu colo. Ele me contou que não acreditava mais em Deus. Não apenas que ele não acreditava em nossa fé, ele não acreditava na vida após a morte, em um Pai Celeste, nada disso. Eu literalmente senti o chão faltar sob meus pés e não tinha certeza de que caminho seguir a partir deste ponto. Eu não estava preparada para dar o próximo passo, se havia um próximo passo a dar ou se tudo que eu esperava tinha acabado.

Começamos a ter longas conversas sobre o que o seu novo sistema de crença significava para o nosso relacionamento. Eu orei e jejuei por respostas e direção. Recebi ótimos conselhos do meu pai. Todas as respostas me diziam para continuar amando Mike e colocando o nosso casamento como minha prioridade.

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E é nisso que estamos trabalhando desde aquele ponto. Minha fé e religião são um, e é o maior fator de identificação na minha vida. Isso não mudou e nunca mudará. Minha fé tem sido fortalecida através deste desafio, e eu sou grata por reconhecer esta bênção. Eu nunca soube que eu era tão forte, e nem sempre me sinto muito forte, mas continuo a orar por força e tenho recebido o que eu preciso. Se não for orgulho demais admitir, posso dizer que sou uma pessoa melhor por estar passando por este desafio do que eu teria sido sem ele. Frequento todas as reuniões da igreja com os nossos dois meninos. Eu compartilho a minha fé com os nossos meninos, oro com eles e os ajudo a desenvolver sua própria fé.

Então aqui está como Mike e eu mantemos o nosso casamento e as prioridades que havíamos estabelecido.

1. Família em primeiro lugar

Eu não deixo que o serviço na igreja esteja entre mim e minha família. Meus serviços na igreja são importantes, eu agendo o tempo e vou a todas as reuniões, mas não me alongo para que assim eu não me estresse com o serviço a ponto de prejudicar meu tempo com a minha família.

2. Mike e eu passamos tempo fazendo as atividades que sempre gostamos de fazer juntos

Nós ainda vamos aos jogos de futebol da nossa universidade juntos, nos exercitamos juntos, continuamos semanalmente tendo nossa noite de namoro. Tiramos nosso tempo para estar juntos e desfrutar da companhia um do outro. Ele é meu melhor amigo e minha primeira escolha de com quem eu quero para passar o tempo livre. Ele me faz rir e me ajuda a liberar o estresse.

3. Nós definimos um momento certo para discutir os problemas graves

Nós tivemos a nossa quota de brigas e discussões sobre religião, sogros, tempo pessoal, e qualquer coisa pelas quais os casais brigam. Já fizemos tudo isso e aprendemos com os nossos erros. Nós esperamos para abordar os problemas até que seja o momento certo para uma discussão. Fico muito irritada quando estou cansada ou sobrecarregada. Então espero até que eu tire um cochilo ou até ter realizado a parte mais difícil da minha lista de coisas a fazer antes de tocar em um assunto tabu. Isso evita o excesso de estresse na situação e me dá tempo para organizar meus pensamentos de maneira RACIONAL. Ele aprendeu a esperar por um debate até que eu esteja livre e sem preocupações com as crianças e eu possa dar a minha total atenção a ele; para que assim a discussão não acabe se atolando em emoções desnecessárias.

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4. Somos honestos com as nossas emoções e pensamentos sobre o outro

Eu não me sentiria confortável em escrever este post se eu não tivesse discutido cada ponto com Mike anteriormente. Ele sabe como eu me sinto, e eu entendo como ele se sente.

5. Nós nos concentramos nos atributos positivos um do outro

Enquanto eu ainda estou orando para que Mike reencontre sua fé, eu sei que ele é o melhor pai, marido, amigo e companheiro que eu poderia desejar. E eu não seria mais feliz com outra pessoa por que eu sei que ele é minha alma gêmea (mesmo que ele não acredite em almas). Ele sabe que apesar de estar ocupada nas manhãs de domingo, a minha fé me faz mais compassiva, paciente e acima de tudo, mais feliz.

6. Nós apoiamos uns aos outros em nossas atividades pessoais

Ele apoia minhas corridas, e eu assisto tênis com ele. Ele come todos os meus assados, e eu assisto tênis com ele. Só brincando, eu gosto de assistir tênis agora, mas só por causa dele. Nós reconhecemos que é importante termos passatempos próprios, e tempo pessoal para assim apreciarmos mais plenamente o nosso tempo juntos. Somos pessoas diferentes, com diferentes interesses, e participar de diferentes interesses é o que nos ajuda a manter-nos fiéis ao que somos.

7. Ainda nos abraçamos quase todas as noites

As únicas exceções são quando ele está fora da cidade, ou quando eu fico até mais tarde finalizando um post do blog. Ainda gostamos de toque físico e reservamos essa conexão especial para o outro. Total fidelidade por meio do pensamento, ações, e nas mídias que vemos mantém forte o nosso casamento.

O que você faz para manter seu casamento forte? Que prioridades você define no seu relacionamento?

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Imagens: Arquivo pessoal de Anne Banks

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Anne Banks

Hi! I'm Anne! I am an active learner on this crazy road called life. I love learning about anything, but currently spend most of my study time researching parenting tips and improving health. I get excited about crafting, reading, running, baking, and spending time with my three crazy boys (in no particular order, and sometimes at the same time)!