Coragem: Ajudando alguém que você ama durante o divórcio

Às vezes parece mais fácil fingir que os sentimentos ruins não existem. É mais fácil deixá-los de lado e ignorá-los. Eles vão ressurgir em algum ponto.

Monique Honaman

Vamos falar sobre coragem. Merriam-Webster define coragem como a qualidade que permite a alguém fazer as coisas que são perigosas ou assustadoras. Muitas vezes pensamos em soldados lutando em guerras no exterior como um exemplo de coragem, ou bombeiros entrando em um prédio em chamas, ou policiais confrontando conscientemente criminosos perigosos.

Richard Gere disse: “Eu não acho que a coragem é relacionada à pele. Coragem é estar disposto a mostrar necessidade emocional.”

Mostre e confrontre a emoção

Eu gosto do que Richard Gere disse. Vamos falar sobre coragem no contexto do divórcio. Eu falei com um grupo de cuidadores. Muitas das pessoas que eles ajudam estão passando por um divórcio, e tivemos uma grande discussão sobre a necessidade absoluta de mostrar emoção, e confrontar essas emoções quando passando por um divórcio.

A pergunta foi esta: Como podemos ajudar as pessoas a quem estamos dando assistência quando elas se recusam a mostrar emoções? Nossa sensação é que elas estão ignorando suas emoções, e tentando ser valente, mas algo parece errado.

Emoção não é fraqueza

As pessoas que deixam todas as suas emoções de lado, e que mostram coragem no sentido de passar pelas situações sem abordar honestamente certas emoções estão se fazendo um desserviço. Mostrar emoções não é uma fraqueza. Não é algo ruim. Não é um sinal de que você não é uma pessoa forte. Na verdade, eu diria que é o oposto.

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Nossa conversa girou em torno da necessidade de pessoas passando por um divórcio de ser corajosas o suficiente para enfrentar todos esses sentimentos de rejeição e raiva e dor e tristeza e luto, pelo que eles realmente são – sentimentos verdadeiros os quais precisam ser tratados. Eu já disse muitas vezes que, se os sentimentos são “varridos para baixo do tapete” e não adequadamente tratados, eles irão voltar no futuro como negócios inacabados. Quem quer lidar com emoções inacabadas relacionadas ao divórcio anos ou décadas após o divórcio ter acontecido? Eu não!

Permita-se sentir

Richard Gere disse que a coragem é estar disposto a mostrar necessidade emocional. É deixar aqueles muros de defesa baixarem um pouco e permitir-se sentir toda a gama de emoções, por mais dolorosas que elas possam ser, de modo que você seja capaz de lidar com elas total e completamente, e mais importante, para se curar delas, e seguir em frente sem qualquer assunto não resolvido.

O grupo e eu conversamos sobre o delicado equilíbrio entre alguém que se torna uma pessoa incapaz de funcionar porque não consegue impedir que o bombardeio de emoções controle todos seus movimentos, e aquela que se torna um robô, totalmente desprovida e separada de todas as emoções.

Há uma linha no meio, a qual eu defendo, na qual as pessoas precisam tentar ficar. Libere essas emoções. Deixe-as aparecer, mas não deixe que controlem a sua vida por muito tempo. Lide com elas. Aborde-as. Deixe-as lhe curar. Apenas certifique-se de que no final do dia você esteja progredindo com suas emoções, e que elas não estão constantemente puxando você para baixo. Lembro-me de sentir como se eu estivesse dando dois passos para frente e um para trás, mas pelo menos eu estava avançando.

Todo mundo tem um tempo diferente

A outra discussão importante que tivemos foi que o tempo de lidar com essas emoções será diferente para todos. Não existe uma regra – as pessoas passam por mudanças em seu próprio ritmo único e individual.

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Minha regra para a cura emocional

Enquanto você está sendo corajoso e mostrando emoções, você precisa continuar avançando em sua cura. Isso pode levar um mês, um ano ou uma década, mas pelo menos continue progredindo. Ficar estagnado ou regredir não é uma opção saudável.

O divórcio não é divertido. Os sentimentos que ele traz não são divertidos. Raiva. Ansiedade. Ódio. Rejeição. Medo. Culpa. Solidão. Às vezes, realmente é mais fácil simplesmente fingir que esses sentimentos não existem. É mais fácil deixá-los de lado e ignorá-los. Eles vão ressurgir em algum ponto. Eles vão voltar para assombrá-lo. E, como eu disse anteriormente, quem quer lidar com essas emoções de novo? Uma vez só não é o suficiente?

O que você acha? Como você foi corajoso e como você lidou com as emoções que acompanham o divórcio?

_Traduzido e adaptado por Sarah Pierina do original

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Monique Honaman

Monique Honaman é autora do livro "The High Road Has Less Traffic." Ela é fundadora coparticipante do Grupo ISHR. Monique é líder de grupos para mulheres e tem recebido muitas premiações. É escritora para os sites HopeAfterDivorce.org e FamilyShare.com.