Como ver um estranho por sua alma e não por sua aparência

Para viver em paz e harmonia, devemos seguir os conselhos de Santo Agostinho que disse “Necessitamos um do outro para sermos nós mesmos, pois na essência somos iguais, nas diferenças nos respeitamos.

Beth Proenca Bonilha

O que é estranho para você?

O dicionário sugere alguns sinônimos para a palavra estranho, tais como alienígena, esquisito, estrangeiro, forasteiro. Pode parecer engraçado, mas é bem isso que a maioria das pessoas pensa sobre a palavra “estranho”.

Como agir diante de um estranho?

Infelizmente, na maioria das vezes, observa-se que a reação das pessoas é negativa, pois aquilo que não se conhece nos causa medo, repulsa e até revolta. Mas é justamente isso o que não se deve fazer diante de algo ou de alguém que nos pareça estranho por sua aparência na maneira de se vestir, de falar ou de se portar.

Refletindo sobre o tema

É compreensível que os pais ensinem seus filhos a evitarem pessoas ou ambientes estranhos prezando pela segurança e bem-estar dos pequenos, que em sua inocência, podem ser molestados por pessoas com má intenção. Mas neste artigo não vamos focar esse tipo de situação, vamos nos ater a situações que têm se mostrado cada vez mais corriqueiras na sociedade: a discriminação e intolerância perante aquilo que se considera diferente ou estranho.

Os noticiários estão cheios de chamadas que mostram situações como moradores de rua sendo atacados violentamente, índios sendo queimados, jovens gravando ataques a outros para postar sua intolerância na internet, idoso sendo agredido por quem foi contratado para cuidar dele.

A intolerância e agressividade são tão grandes que já não se sabe mais qual a referência de normal ou estranho.

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Somos todos parte de um todo

Pensando na realidade do que é a vida, na essência da criação humana, jamais poderíamos estranhar um ao outro, seja pela cor da pele, cultura ou religião. Cada ser tem o direito de viver e usufruir da terra como qualquer outro.

Ao olhar o que parece estranho em sua aparência com os olhos da alma, verá que a essência é a mesma. Uma pessoa pode doar sua medula óssea para qualquer outra no mundo, basta ter compatibilidade com as características genéticas, o que não é garantia de ser igual, nem mesmo entre pais e filhos. O que irá determinar a compatibilidade não está na cor da pele, dos olhos, na forma como vive ou se veste, mas o que está por dentro.

Somos parte de um todo, a vida. Não se pode julgar, ignorar ou rejeitar a vida.

Como ver um estranho como igual

  • Dispa-se do preconceito.

  • Veja a diferença como uma oportunidade de aprender e completar.

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  • Respeite para ser respeitado, pois assim como você pode ver alguém como estranho e repudiar, poderá ser repudiado por aquele que te vê como estranho.

  • Ame incondicionalmente, não é o amor entre homem e mulher, pais e filhos, familiares ou amigos, é um amor que chamo de amor consciente, pois quando se tem a consciência de que somos seres singulares em alguns aspectos, mas totalmente iguais em nossa essência, não há como rejeitar ou maltratar o igual, aquele que faz parte de nossa essência a ponto de poder salvar uma vida com cinco ml de sangue ou com um coração que deixou o corpo mas não parou de bater.

  • Olhe com os olhos da alma, o olho humano tem um potencial magnífico no que se refere à capacidade visual de curta distância. Mas basta nos afastarmos ou ter algo impedindo a visão e pronto! Perde-se toda a referência do que está à frente. Mas olhar com os olhos da alma significa olhar para o que a pessoa pensa, para o que ela fala, o que ela deseja e precisa, transformando o estranho em igual, pois você também, em muitos momentos, desejará ser visto pelo que é por dentro e não pelo que aparenta.

Para viver em paz e harmonia, devemos seguir os conselhos de Santo Agostinho quando disse: “ Necessitamos um do outro para sermos nós mesmos, pois na essência somos iguais, nas diferenças nos respeitamos.”

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Beth Proenca Bonilha

Graduada em Administração de Empresas com MBA em Empreendedorismo. Casada mãe de 6 filhos, avó de 2 netos. Atua profissionalmente como Analista Instrutora da Educação Empreendedora no SEBRAE - SP. Como hobby gosta de artesanato, música e leitu