Como proteger seu filho da principal causa de morte de crianças no país

A principal causa da morte de crianças brasileiras pode ser evitada. Saiba como!

Evelise Toporoski

A principal causa de mortes das crianças brasileiras pode ser evitada: os acidentes domésticos. E nos últimos anos o número de casos só tem crescido.

De acordo com a ONG Criança Segura, nos últimos 7 anos houve um crescimento de 37% de casos de queimaduras entre os pequenos. Mas não é só isso, todo cuidado é pouco quando o assunto são crianças, que podem engolir pequenas peças, mexer em tomadas, ou até derrubar móveis em cima delas.

Para que você consiga evitar estes acidentes, seguem algumas dicas de como proteger seu filho de acordo com a faixa etária de cada um:

Até 1 ano de idade

Só em 2014, mais de 5 mil bebês com menos de um ano foram internadas no Brasil sendo vítimas de acidentes, segundo informações do Ministério da Saúde.

Como eles ainda estão aprendendo a controlar seus movimentos e respiração, a principal causa de mortes nessa faixa etária é por sufocação e engasgamento e o maior motivo de internamento são as quedas.

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Para evitar estes acidentes:

  • Corte os alimentos em pedaços pequenos na hora de alimentar a criança.

  • Bebês devem dormir em berços certificados pelo Inmetro e com colchão firme, virados de barriga para cima, cobertos até a altura do peito e com os bracinhos para fora.

  • Mantenha o piso livre de objetos pequenos como botões, colar de contas, bolas de gude, moedas, tachinhas.

  • Cuidado com pedaços de balão de látex estourados em que a criança pode ingerir.

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  • Use portões de segurança na base de escadas e redes de proteção em janelas.

  • Não deixe móveis perto de janelas que possam servir para a criança subir e ter acesso ao perigo.

De 1 a 4 anos

Mais de 27 mil crianças brasileiras nessa faixa etária sofreram algum tipo de acidente em 2014. Os principais casos foram de afogamentos e quedas. Nesta idade, elas estão mais independentes, mas ainda não percebem uma situação de risco, por isso, não dispensam a supervisão de um adulto. Segundo o Ministério da Saúde, 1.107 crianças morreram afogadas em 2013 no Brasil, ou seja, uma média de 3 crianças por dia.

Estas são as dicas para evitar acidentes:

  • Nunca deixe crianças sozinhas quando estiverem dentro ou próximas da água, nem por um segundo.

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  • O colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamentos. Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança, mas podem estourar ou virar a qualquer momento.

  • Fique atento! Crianças pequenas podem se afogar em qualquer recipiente com mais de 2,5 cm de água ou outros líquidos, seja uma banheira, pia, vaso sanitário, balde, piscina, praia ou rio.

De 5 a 9 anos

Mais de 42 mil crianças entre 5 e 9 anos foram internadas em 2013 por consequência de acidentes, segundo o Ministério da Saúde. Entre elas, 1.046 vieram a falecer.

Apesar de serem maiores, estas crianças ainda não têm suas habilidades motoras totalmente formadas e a principal causa de acidentes nesse caso são os atropelamentos de trânsito. Seguido disso, afogamentos e queimaduras também são causas comuns de acidentes.

Veja algumas dicas de prevenção:

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  • Dê o exemplo. Exerça o comportamento seguro como pedestre e ensine para as crianças: atravesse as ruas olhando para ambos os lados, respeite os sinais de trânsito e faixas para pedestres e, antes de atravessar na frente dos veículos, faça contato visual com os motoristas para ter certeza de que eles lhe viram.

  • Não permita que uma criança menor de 10 anos ande sozinha pela rua. A supervisão de um adulto é vital até que a criança demonstre habilidades e capacidade de julgamento do trânsito. Segure sempre sua mão, firme, pelo pulso, enquanto estiverem caminhando na rua.

  • Fogos de artifício devem ser manipulados por profissionais e nunca por crianças. Nas festas juninas não permita brincadeiras com balões ou de saltar fogueira para evitar queimaduras.

  • Brinquedos elétricos podem causar queimaduras. Evite brinquedos com elementos de aquecimento, como baterias e tomadas elétricas, para crianças com menos de oito anos.

Todo o cuidado é pouco quando o assunto são crianças, não é mesmo? Seja filho, sobrinho ou irmão, vamos cuidar deles!

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Evelise Toporoski

Jornalista com experiência em redação de jornais e revistas. Mãe e esposa compartilhando experiências de vida!