Como evitar escolher o protetor solar errado

Entender a ação dos raios UVA e UVB é importante para determinar que tipo de proteção se deve buscar.

Stael Ferreira Pedrosa

Quanto mais aumenta o conhecimento sobre sol, filtros solares, mitos e verdades, mais dúvidas começam a povoar a mente das pessoas. Então vamos falar sobre protetor solar.

Mitos e verdades

Há pouco tempo Gisele Bündchen causou polêmica no meio médico ao dizer que não usa filtro solar. A repercussão foi tanta que sua assessoria teve que fazer um esclarecimento, dizendo que ela não recomenda a ninguém que pare de usar o filtro solar, mas que não usa porque não existe um fator de proteção solar (FPS) natural nos produtos que ela costuma usar, e que “se caso usasse seriam os livres de parabeno, oxibenzona, PABA e retinil palmitato”.

Fato é que o sol tem sido nosso companheiro desde que o ser humano colocou o pezinho na Terra e só agora começou a dar câncer… Fico imaginando os jangadeiros e pescadores do Nordeste que passam o dia debaixo de um sol equatoriano, dentro do mar que ainda reflete a luz solar, devem estar todos cheios de câncer, só que não.

Leia: Isso que você faz todos os dias pode causar câncer

Segundo o site Vitamina D Brasil, é uma falácia que o sol causa câncer, já a falta dele – ou seja, sem a vitamina D que a luz solar ajuda a pele a produzir, aí sim, estaremos sujeitos ao câncer, já que a vitamina D reduz o risco da doença. Vamos aos fatos:

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Os raios UVA e UVB

Os raios UVA (Ultravioleta-A) chamados de raios solares do mal, penetram mais fundo na pele e causam envelhecimento e podem causar câncer em pessoas predispostas à doença. A maioria dos protetores solares tem ação fraca com relação a esses raios porque, segundo especialistas, só são absorvidos em prolongada exposição. Mas, até mesmos em dias nublados eles penetram na pele.

Já os raios UVB (Ultravioleta-B) que são os mocinhos da história – pois ajudam a pele a produzir a maravilhosa vitamina D que o corpo tanto precisa – é que são bloqueados, pois sua incidência maior é entre onze da manhã e uma da tarde e ele queima a pele mais rápido que o UVA. Porém 20-30 minutos expondo 80% do corpo é o tempo necessário para produzir a necessidade de vitamina D de uma pessoa, ou seja, entre 10.000 e 20.000 unidades.

O uso indiscriminado do protetor solar acaba por “tranquilizar” as pessoas, fazendo-as pensar que estão protegidas e consequentemente se expõem mais ao sol. É aí que mora o perigo, pois a vermelhidão da pele indica que é hora de sair do sol, mas com o protetor solar esse aviso não acontece e ocorre exposição excessiva aos raios UVA.

Segundo o Dr. Berwick “a evidência sugere que, quando as pessoas desenvolvem câncer de pele, é porque são geneticamente suscetíveis a desenvolvê-lo, independentemente da quantidade de exposição à luz solar ou da proteção.”

Afinal, deve-se usar o filtro solar ou não?

Neste site, o renomado médico cardiologista, nutrólogo, neurologista, escritor de best-sellers e professor de medicina em Harvard, Lair Ribeiro aconselha: a escolha do filtro solar deve ser criteriosa, pois os filtros brasileiros em sua maioria contêm como agente ativo o 4-metil benzilideno cânfora que bloqueia a função da tireoide fazendo com que a atividade estrogênica aumente. O estrogênio é um hormônio feminino que engorda e dá celulite, além de afetar os níveis de testosterona nos homens. E o pior é que essa substância (4-mbc) é altamente cancerígena.

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Ainda de acordo com o Dr. Lair Ribeiro, é possível usar um filtro solar que proteja dos raios UVA e o câncer, ele recomenda o filtro solar que tenha o Tinosorb como princípio ativo, mas afirma que o UVA sozinho não causa câncer.

Recomendações gerais

  • Não use filtros solares com PABA, o que pode causar alergias de pele. Evite os que têm parabeno em sua composição – pesquisas apontam relação entre o parabeno e o câncer de mama.

  • Mais importante que proteger a pele é nutrir-se de vitamina D, que na verdade é um hormônio essencial. O filtro solar atrapalha sua absorção. A pele sintetiza entre 10.000 e 20.000 UI de vitamina D em 30 minutos. Níveis baixos de Vitamina D significa estar sujeito a vários tipos de doenças, inclusive o câncer.

  • A melhor proteção contra o câncer de pele é uma dieta saudável e um organismo alcalino.

  • Se seu filho quer usar um protetor solar bronzeador, certifique-se de que também tenha proteção UVA (muitos oferecem pouca ou nenhuma).

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  • Deixe que seus filhos brinquem ao sol por pelo menos 20 minutos sem filtro solar ao meio dia, pois é o melhor horário para absorver vitamina D. Após esse período use o filtro que não contenha Parabeno, PABA, oxibenzona óxido e retinil palmitato.

  • Os bebês menores de 6 meses devem ser mantidos fora do sol. Use no bebê roupas leves, que cubram braços e pernas – e não se esqueça do chapeuzinho. Se você não puder evitar o sol, use uma pequena quantidade de protetor solar livre de substâncias nocivas na pele exposta do seu bebê, como as mãos e rosto.

  • Fator de proteção solar maior (FPS) é desnecessário. Para peles negras ou bem morenas, o FPS 15 é suficiente e para a maioria das outras peles o FPS 30 é tudo de que se precisa. Fique mais atento ao PDD que mede o nível de proteção contra os raios UVA que do FPS que mede o nível de proteção contra o UVB.

Assista ao vídeo sobre a vitamina D e sua importância para o organismo.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.