Amor-próprio, o primeiro grande amor que devemos ter

Esse tipo de amor é o que o fará enfrentar os desafios da vida com a confiança de que sim, você pode.

Yordy Giraldo

Os seres humanos são estranhos – passam grande parte do tempo buscando ser amados, mas somos mesquinhos com nós mesmos no momento de nos dar amor. Vemos e até ampliamos os nossos defeitos, mas não as nossas virtudes. Talvez seja por isso que somos incapazes de encorajá-las, porque nem sequer acreditamos nelas.

A ironia é que esperamos que sejam outros que descubram o valor em nós. Mas como aspirar a algo que nem sequer sabemos que existe? Se você deseja ser amado pelo que é, a primeira coisa é você ser aquele que se trata, se vê e projeta com amor de si para si mesmo. O amor-próprio deveria ser o primeiro grande amor que devemos ter.

Esse tipo de amor vai permitir que você se comporte com integridade, não vai permitir que você seja subestimado; esse amor vai mantê-lo de pé mesmo no meio das tempestades, e o fará ir adiante com a confiança de que você pode e merece. O amor-próprio é o maior e mais verdadeiro amor, porque, ao contrário de todos os outros, é seu!

De que é feito o amor-próprio? Compartilho alguns elementos que o compõem, e talvez isso lhe ajude a identificar aquelas coisas nas quais pode trabalhar consigo mesmo:

1. Respeito

Sou da opinião de que não se pode amar o que não se respeita, portanto, para que possamos amar-nos, devemos sentir-nos orgulhosos de quem somos. A melhor maneira é ser congruente com a nossa pessoa e será fácil olharmo-nos e sentirmo-nos donos do nosso corpo.

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2. Reconhecimento de si próprio

O reconhecimento nos dá autoridade. Uma pessoa com prestígio torna-se dona de si. Mas o reconhecimento não vem do nada, fazem falta méritos para obtê-lo. Impulsione suas capacidades, faça as coisas bem e então verá um “eu” que você se sente confortável em amar.

3. Aceitação

Eis o verdadeiro desafio no momento de amar o que somos, e é que nem sempre é tão fácil nos vermos com olhos de afeto. Fomos educados para sermos minimizados, pois assim não ofenderemos o ego dos outros, e talvez seja verdade, mas ofenderemos nosso próprio ego, o que é ainda pior. Não devemos nos gabar nem nos menosprezar.

4. Capacidade

É claro que se tudo o que pensamos sobre nós é baseado em uma mera ideia, estamos falando de uma bolha que, quando romper, nos levará direto ao chão, de onde será bastante complicado levantar. Dizem que as aves pousam tão tranquilas nos ramos porque sua confiança está nas asas e não na árvore. A sua autoestima deve basear-se na segurança das suas capacidades.

Se não conseguimos nos amar, na maioria das vezes não é culpa nossa. Isso porque, enquanto crescemos, a imagem que nos ensinam a ver é a dos nossos defeitos e não das nossas virtudes, de modo que associamos a nossa pessoa a uma lista de imperfeições que nos negam a possibilidade de nos vermos como uma pessoa que amaríamos.

Depois de tudo, minha recomendação final é que você valorize essas partes de sua pessoa que considera atributos, reconheça-se em suas virtudes e defeitos como o que são, parte da natureza humana. Tome decisões e sinta-se orgulhoso de suas conquistas, cuide-se no físico e no emocional e, no final, verá que é impossível não se amar, ou dito de outro modo, amar a si mesmo será um passo natural.

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Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original El amor propio, el primer gran amor que debemos tener

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