A vida como ela NÃO é

O dramaturgo Nelson Rodrigues escreveu “A Vida Como Ela é” com tintas fortes e realistas em excesso. Nem sempre a vida é como ele a descreveu, e temos como mudá-la, se formos fortes o bastante.

Luiz Higino Polito

Não devemos nos enganar pensando que a vida será sempre um “mar de rosas”, principalmente nos referindo às jovens que são criadas por pais excessivamente protetores, e que evitam que suas filhas vejam o que existe de “terrível” no mundo.

A vida não é uma colônia de férias, como querem os otimistas; nem um inferno, como dizem os pessimistas.

A vida que é mostrada nas novelas da televisão e nos programas policiais não é a vida real. Em ambos os casos, tanto o glamour das novelas ou a violência generalizada mostrada em tais programas policiais, são meio enganosos. A verdade, como a virtude, normalmente está num meio-termo.

Em boa parte, a vida é um reflexo do que acreditamos continuamente que ela seja, boa ou má, feliz ou triste, bonita ou feia – ou até uma mistura de tudo isso.

Leia: Como simplificar a vida

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A fé muda o ponto de vista

Existe um tipo de fé, não necessariamente a “fé religiosa”, mas sim a fé no que é bom e no bem das pessoas, que nos ajuda a sermos positivos e bem-sucedidos, apesar de se saber que também existe o mal, nas coisas e nas pessoas.

Mas a maioria das pessoas ainda é basicamente boa, felizmente. A minoria, porém, sempre é mais barulhenta, portanto, não se engane.

Sempre foi e sempre será uma questão de escolha pessoal a maneira como vemos o mundo e tudo o que nos cerca. Vemos o que queremos ver.

Podemos escolher nossos sentimentos?

Mesmo que muitos não acreditem nisso, a resposta é “sim”, podemos escolher nossos sentimentos (na maioria das ocasiões, pelo menos).

O livre-arbítrio que temos pode ser usado para escolhermos ver e fazermos coisas boas e positivas, em vez de andarmos com pessoas duvidosas, más e interesseiras, e que só querem o nosso mal, ou querem nos puxar para a vida miserável que elas têm!

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Frequentarmos lugares e ouvirmos músicas edificantes também ajuda, em vez de ouvirmos e vermos só baixarias.

Diz uma história que existia uma mulher que só falava bem de qualquer pessoa que alguém fosse criticar na frente dela. Ninguém conseguia fazê-la criticar alguém, por pior que fosse tal pessoa.

Certa vez, resolveram pegá-la com uma pergunta difícil: “O que a senhora acha do diabo?”

Ela não titubeou e respondeu: “Ele é muito trabalhador ou tem muitos ajudantes, porque realiza uma grande obra! É um grande líder!”.

Leia: Liberdade para viver

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Reclamar não ajuda

É difícil viver sem reclamar das coisas, mas isso não ajuda, além de fazer mal para a nossa própria saúde.

Se precisamos desabafar, podemos fazer isso escrevendo um diário (que os terapeutas dizem ser muito bom até para nos conhecermos melhor).

Eu escrevo diários desde os 21 anos de idade e isso tem sido uma grande bênção para mim, me ajudando até no que escrevo agora!

Exercícios físicos, assistir a um bom filme, ler um bom livro também são boas dicas para relaxar, assim como uma boa caminhada.

Temos uma mania terrível e que precisamos corrigir: não devemos descarregar nossa raiva nos inocentes. E muitas vezes, quem paga o pato de nossas frustrações são nossos cônjuges, nossos filhos e outros parentes e amigos.

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Agindo assim, podemos provocar problemas maiores ainda do que os que já tínhamos antes. Muitas vezes, o silêncio é melhor do que as palavras, mesmo que tenhamos de morder a língua para não falar.

Leia: Pare de reclamar: Aprendendo a reconhecer o valor das pequenas coisas

Conta-se que um homem tocava com a mão nos galhos de uma árvore que ficava perto de sua casa, toda vez que chegava do serviço. E ao ir para o serviço, no dia seguinte, tocava nos galhos daquela mesma árvore.

Curioso, seu vizinho, que observava isso acontecer todo dia, perguntou para ele por que ele fazia isso.

A resposta pode ser útil para todos nós:

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“É o seguinte”, explicou o homem. “Quando eu chego do trabalho, minha mente está fervendo de problemas do escritório. Quando eu toco na árvore eu deixo nos seus galhos todos os problemas do serviço e me concentro em ser apenas um marido e um pai. No dia seguinte, eu bato a mão nos galhos daquela árvore e pego de volta meus problemas do trabalho, que normalmente estão bem menores do que quando eu os deixei na árvore”.

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Luiz Higino Polito

Casado, pai de três filhos e avô de quatro netos, estudei oratória e didática. Gosto muito de escrever. Profissionalmente, sou músico e tenho um Sebo Virtual, onde vivo com minha esposa e cercado de livros!