A doença que levou o filho de Felipe Andreoli para a UTI é um perigo para os bebês; entenda

Conheça os sintomas e prevenção deste vírus que afeta tantos bebês.

Stael Ferreira Pedrosa

Os apresentadores globais Rafa Brites e Felipe Andreoli passaram por momentos difíceis recentemente quando seu bebê teve que ser internado em uma UTI devido a um quadro respiratório grave causado pelo vírus VSR (vírus sincicial respiratório) que causa bronquiolite e pneumonia. Rocco, de apenas 1 mês, passou 6 dias na UTI.

Felizmente, Rocco teve alta hospitalar no último dia 22 e seus pais comemoram a volta de seu bebê para casa. Segundo Rafa Brites, foi um período difícil, mas que a fez encontrar uma força que nem sabia que tinha. Em entrevista, Rafa diz que a dificuldade que ela e o marido passaram uniu ainda mais o casal “o Felipe esteve ao meu lado nos momentos mais difíceis”, disse a apresentadora, “quando um sucumbia, o outro fortalecia”.

O vírus VSR

O vírus sincicial respiratório é um agente do gênero pneumovírus que pode causar infecções agudas nas vias respiratórias afetando brônquios e pulmões. É responsável pela bronquiolite – inflamação dos bronquíolos – e pneumonia em recém-nascidos e idosos.

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De acordo com a APA (Associação Americana de Pediatria), os bebês prematuros e aqueles que têm distúrbios cardíacos congênitos estão em maior risco de desenvolver as formas graves da doença. Também no grupo de risco os que têm problemas pulmonares crônicos e imunodeficiência congênita ou adquirida.

A transmissão

Segundo uma pesquisa feita pela revista científica The Lancet, em 2010, todas as crianças contraem o vírus até os 3 anos de idade, porém, a gravidade da doença diminui de acordo com a idade, já que a criança vai desenvolvendo anticorpos ao longo do tempo. O risco maior é mesmo para os bebês.

O vírus é facilmente transmitido através do contato com as secreções de pessoas contaminadas, através da tosse, espirro ou gotículas de saliva quando se fala muito perto. É um problema sazonal, pois é mais comum no inverno ou fim de outono. O vírus é resistente e pode sobreviver até 6 horas em superfícies porosas.

Sintomas

Geralmente se assemelham aos de um resfriado comum: tosse, espirros, coriza, tosse seca, dor de cabeça e garganta, febre baixa ou sem febre. Nos adultos e em crianças maiores o vírus pode passar despercebido e ser confundido com um resfriado comum. O problema é quando o bebê apresenta, além dos sintomas de resfriado, dificuldades respiratórias, febre alta e chiado no peito. Nesse caso, os pais devem procurar um médico imediatamente.

Dor de ouvido também pode ser sintoma de penetração do vírus no ouvido médio.

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Prevenção

Para as crianças no grupo de risco existe tratamento preventivo com o anticorpo monoclonal – palivizumabe – que pode ser aplicado gratuitamente nos Centros de Referência para imunobiológicos especiais (Cries).

Já para as demais, os cuidados preventivos podem ser resumidos na fala de Rafa Brites: “Atenção, papais, redobrem o cuidado nessa época do ano com o VSR. Álcool gel em tudo. Máscara em quem estiver com algum sintoma. Evitar lugares fechados”.

Tratamento

Como é um vírus, não existe remédio, existe tratamento dos sintomas. Na maioria dos casos, repouso, hidratação, ambientes ventilados, analgésicos e antitérmicos.

No caso de complicações como a bronquiolite e/ou pneumonia, o médico indicará o tratamento com antibióticos e possivelmente internação, pois o paciente precisa ser observado. Quando não tratadas essas doenças podem levar o paciente a óbito.

Importante: Mantenha o doente longe da fumaça de cigarros.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.