A culpa o atormenta? 6 coisas que você deve saber para deixar de se afligir

Você é o resultado do aprendizado que obteve graças a seus erros. Mas o quanto a culpa controla sua vida?

Erika Otero Romero

Culpa, todos nos sentimos culpados de algo que fizemos ou deixamos de fazer. Para alguns, é algo com que podem lidar, é como se não tivessem remorso; para outras pessoas, entretanto, é difícil se livrar da angústia que os sentimentos de culpa geram.

As razões pelas quais nos sentimos culpados mudam de pessoa para pessoa; além disso, estão intimamente ligadas ao nosso padrão de valores e princípios. Sejam essas “regras” as que lhe inculcaram, ou uma incorporação que você mesmo fez ao longo dos anos, certamente transgredi-las irá gerar conflito interno.

A culpa e o seu papel regulador social

Há que deixar claro algo: de cada erro que cometemos na vida aprendemos uma lição importante; isso acontece também quando sentimos culpa.

A culpa age como um regulador social porque nos obriga a nos conscientizar de como nos relacionamos com os demais.

É assim que funciona:

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O desconforto surge quando percebemos que fizemos algo que causou dano a nós mesmos ou a outra pessoa. Vale dizer que nem todos experimentamos sentimentos de culpa; as pessoas com perfis psicopáticos ou narcisistas jamais vão sentir culpa.

Ora, a culpa e os sentimentos negativos que sentimos levam-nos a interiorizar e analisar a situação. Ao mesmo tempo, adquirir esse nível de consciência sobre nossas falhas nos leva a querer fazer uma mudança; a querer melhorar como pessoa.

Em princípio, a culpa pode ser entendida como algo negativo; no entanto, não o é, porque, ao levar-nos a melhorar, adquire um valor positivo para as nossas vidas.

O problema é quando não sabemos lidar com a culpa. Aqueles que não o faz corretamente, vão ficar girando em torno do problema repetidas vezes. Vão estar constantemente se arrependendo e pensando no que poderiam ter feito de maneira diferente; e é aí que a angústia chega.

Entender a culpa o libertará dela

Algo básico que devemos compreender da culpa é que quase todos os seres humanos a experimentam; por diferentes razões, mas todos, de um modo ou de outro, já passamos por isso.

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Todos nós cometemos erros, isso deve dar-nos algum conforto; no entanto, não devemos ficar só nisso, temos de encontrar uma forma de reparar o erro e seguir em frente. Isso é o que acontece quando não resolvemos os sentimentos de culpa; ficamos dando voltas no mesmo lugar, cheios de angústia e morrendo lentamente.

Há vários aspectos da culpa que você deve entender e aqui os expomos:

1 Sentimentos de culpa são necessários

Sentimentos de culpa nos tornam conscientes de nossas falhas e nos levam a querer ser pessoas melhores.

É certo que a culpa pode ser angustiante; por isso, deve-se ter cuidado para que não passe do limite. Deve-se experimentá-la como algo natural, sem fazer drama nem dar a ela o controle de sua vida.

Deve-se também perceber que o objetivo desses sentimentos desconfortáveis é torná-lo consciente da sua falta e reparar o seu erro.

2 É real ou não?

Às vezes nos sentimos culpados por coisas tão simples, como procrastinar.

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É justo que se sinta mal porque causou dor a uma pessoa; no entanto, sentir-se angustiado por não ter conseguido fazer algo com perfeição, por exemplo, é absurdo.

Não que eu queira menosprezar esses assuntos; ainda assim, você não pode comparar o ato de causar sofrimento com a uma culpa doentia por algo que lhe saiu do controle.

3 Peça perdão e reconheça

Curar seus sentimentos de culpa pode ser remediado reconhecendo seu erro.

Você pode pedir desculpa de coração a quem magoou. Você também pode fazer algo para compensar seu erro, fazendo algum serviço ou o que você sentir que possa reparar o dano. A questão é que você o faça de coração para que a ação mereça o valor que busca: aprender com seu erro e tornar-se uma pessoa melhor.

4 Você não é perfeito

Evidentemente, ninguém é; sendo assim, não tem nenhum sentido sentir-se mal porque não se é um aluno perfeito ou o melhor pai. Quando compreender que dar o melhor de si é suficiente, você será mais feliz.

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5 Seja amável com você

Costumamos ser muito duros com nós mesmos. Isso é prejudicial porque nos geramos muita dor.

Ser gentil e compreensivo consigo mesmo sobre os seus defeitos fará com que seja bom. Essa bondade se expressará tanto na maneira como demonstra amor por si mesmo quanto na forma como trata os demais.

6 Avalie suas boas ações

Não minimize suas boas ações por um erro. Às vezes, minimizamos nossos atos de bondade e valorizamos nossos erros.

Não se trata de justificar nossas falhas e ofensas, mas de nos dar conta de que um erro não determina a natureza de uma pessoa. É apenas uma questão de reparar o dano, aprender a lição e nunca mais tropeçar no mesmo erro.

Convido-o, como última opção, a que faça um autoexame de consciência. Pense na pessoa que era há uns 5 anos e em quem é agora.

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Tenho certeza de que você mudou muito, e para melhor. Você nunca teria conseguido isso sem ter aprendido com seus erros passados. Essa é a única maneira de amadurecermos e nos tornarmos bons seres humanos, tanto para nós como para os outros.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original ¿Te atormenta la culpa? 6 cosas que debes saber para dejar de afligirte

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Erika Otero Romero

Erika é psicóloga com experiência em trabalhos comunitários, com crianças e adolescentes em situação de risco.