A beleza da diferença: como amar as diferenças dos seus filhos

Mesmo tendo gêmeos, haverá muita diferença entre os irmãos. Respeitar e amar cada um como é individualmente ainda é o melhor a fazer.

Michele Coronetti

Como mãe de seis filhos posso afirmar que, ao menos na minha família, todos são muito diferentes entre si. Fisicamente cultivam algumas semelhanças e todos gostam muito de ler, além de possuírem alguns gostos em comum. Porém, cada um tem uma personalidade diferente e marcante.

Amar os filhos é primordial. Respeitar seu jeito de ser enquanto educamos é desafiador. Muitas vezes os pais acreditam que os filhos estão errados e insistem em mudar seu modo de ser, afinal, é de pequeno que se torce o pepino. Mas pode ser apenas uma diferença de personalidade que precisa de entendimento e respeito.

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As decepções ocorrem quando os pais idealizam algo nos filhos. Eles desejam que sua prole seja como eles foram ou que façam o que eles acham que será o melhor para eles. Um exemplo é idealizar no filho um jogador de futebol. Mas o menino não gosta de jogar bola e nem leva jeito. Criticar o filho por isso, cobrar que ele seja ou faça o que pais desejam pode causar baixa autoestima e outros problemas na criança. As diferenças existem a fim de serem aceitas e os filhos precisam sentir-se amados pelo que são.

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Amar o que idealizamos e conhecemos é muito mais natural do que amar o desconhecido. Escolhemos um par para criarmos uma família de acordo com nossos ideais, mas os filhos quando vêm são desconhecidos e apesar de carregarem uma carga genética grande de seus pais, podem ser muito diferentes do que o esperado e ainda mais, totalmente diferentes entre si.

Quando meu filho disse que queria aprender violino, tive que me segurar para não torcer o nariz na frente dele. Não era exatamente o que eu tinha sonhado para meu único filho. Na verdade, este instrumento sequer havia passado em minha cabeça como algo para qualquer um dos meus filhos aprender. Eu não gostava. Na verdade, em uma orquestra tradicional, era o instrumento que eu menos valorizava. Com esforço aceitei sua diferença de pensamento e sempre o incentivei a estudar, mesmo sofrendo muito no início com aquelas notas agudas e muito desafinadas. Meu amor por ele não seria prejudicado pelo motivo dele escolher um instrumento detestável, afinal era detestável para mim, não para os outros. Hoje sinto muito orgulho do violinista maravilhoso que ele se tornou.

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Já as meninas são muito diferentes entre si e surpreendem com seus ideais e postura. Cada uma gosta de coisas diferentes e as semelhanças entre gostos e personalidade são realmente muito pequenas. Observar e aprender com cada uma, respeitando sem críticas é um desafio possível.

Permitir o crescimento em cada área em que eles escolheram para si e ainda apoiar pode ser frustrante às vezes, dependendo do que sonhamos para os filhos. Quando temos o pensamento de que cada um é único e belo em sua personalidade, fica bem mais fácil de incentivar e deixar com que o crescimento ocorra normalmente. Dar asas e permitir o voo demonstra o grande amor que os pais possuem, permitindo que seus filhos alcancem o melhor deles individualmente.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.