A autossabotagem só lhe causa danos, trate-se com mais amor

Não duvide de sua capacidade, não se culpe, não dê importância ao que vão dizer. Olhe para frente, endireite-se e tome as rédeas da sua vida.

Erika Otero Romero

Tenho certeza de que, em algum momento da vida, você se pegou dizendo coisas a si mesma, como:

“Não adianta tentar. Você não vai conseguir.”

“Mas por que você vai usar esse vestido se as banhas ficam saltando!?”

“Sua lerda! É tonta, misericórdia!!”

“Duvido que ele foi visitar um amigo! Aposto que está com outra!”

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“Eu não devia ter comido outra fatia de bolo! Já estou gorda que chega!”

Isso acontece com mais frequência do que deveria. Mas o pior é que esse tipo de diálogo interno é extremamente prejudicial, pois a destroem de forma que você não faz ideia.

Autossabotagem

Na verdade, dizer a si mesma coisas desagradáveis e considerar que você não merece isso ou aquilo faz de você sua pior inimiga.

É verdade que você deve estar ciente de suas deficiências e incapacidades, mas há uma grande diferença entre estar ciente do que você não pode fazer e se menosprezar. Você pode se criticar e até se pressionar para extrair o melhor de si, mas sempre por benevolência. No entanto, quando uma pessoa diz a si mesma, por exemplo, “como eu sou feia”, ela está apenas se prejudicando.

A questão é que a crítica maliciosa dos outros não é nada comparada ao dano que você pode causar quando é você quem se insulta.

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Maneiras pelas quais você está se causando danos sérios sem perceber

Fazendo suposições

Quando se refere ao que acha que outras pessoas estão fazendo “para prejudicar” você de alguma forma, você está presumindo.

Presumir é o mesmo que interpretar o comportamento dos outros em relação a você. Coisas como “ele me disse que vai se atrasar no escritório, mas tenho certeza de que vai sair com amigos” ou “será que ele está saindo com outra?” são maquinações que prejudicam não apenas você, mas o relacionamento que você tem com essa pessoa. Além disso, você se estressa e se angustia desnecessariamente. Isso porque você está se baseando em sua imaginação e não em fatos.

O remédio é simples: você verifica por seus próprios meios se é o que está realmente acontecendo ou ignora o que a outra pessoa faz, diz ou pensa e deixa os acontecimentos virem à tona por si mesmos.

A princípio é difícil se livrar das suposições, pois você precisa preencher a mente com as informações que faltam. Apesar disso, quando você relaxa e deixa as coisas acontecerem ou se revelarem, você fica menos doente e vive mais tranquila.

Duvidando das próprias habilidades

“Será que eu consigo fazer isso?”, “Hummm, não sei se tenho força para aguentar essa mudança de ambiente.

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A zona de conforto é sempre mais cômoda, mas a questão é que tem a ver mais com o medo de arriscar do que com comodidade. O pior é que esse medo impede você de descobrir suas capacidades e coloca obstáculos em seu caminho para que você se sinta incapaz de alcançar seus objetivos.

Você não saberá do que é capaz até se forçar a deixar o medo para trás e alcançar seus objetivos.

Insultos pessoais

Palavras como: “estúpida”, “você é gorda”, “você é seca, precisa comer mais” são insultos que demonstram baixa autoestima. Além disso, têm o efeito oposto ao que você deseja, e o que ganha é acabar acreditando neles.

Em vez disso, mude as expressões para “Você é capaz”, “Você consegue”, “Você está muito bonita hoje”, “Olhe para seus lindos olhos” e o reflexo em seu espelho mudará da mesma forma que a percepção que tem de si mesma.

Culpa

O sentimento de culpa está fortemente ligado às crenças com as quais fomos criados.

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Muitas pessoas se sentem culpadas por se recusarem a fazer algo que não queriam; outras se sentem culpadas por comerem mais um pedaço de bolo. Há quem se sinta culpado por expor alguém desonesto. Mas também há pessoas que se sentem culpadas por não fazerem o que os outros esperam delas.

A questão é que você deve buscar sua felicidade mesmo que isso signifique desapontar os outros. Você tem o direito de viver sua vida como quiser, mesmo que muitos discordem.

Interpretando mal o que os outros dizem

Acontece com muita frequência. As pessoas agem de determinada maneira, e não faltam aqueles que acham que foi com a intenção de prejudicá-los. Isso geralmente leva a brigas, mas o ponto é que muitas ações não têm a intenção de prejudicar ninguém e, às vezes, nem mesmo são dirigidas a você.

Lembre-se: as pessoas apenas fazem as coisas. A escolha é sua sentir-se ofendido ou não.

Ansiedade para mostrar aos outros do que você é capaz

A única pessoa a quem você deve mostrar suas habilidades é você mesmo. É verdade que às vezes você quer mostrar às pessoas que o chamaram de fracassado que você não é. Na verdade, você não pode carregar nas costas o peso do que os outros pensam de você; isso é problema deles. Seu dever é se esforçar para ser feliz alcançando seus objetivos e vivendo sua própria vida, porque você não pode controlar o que os outros pensam de você.

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Querer agradar os outros

Uma coisa é fazer algo para beneficiar alguém de vez em quando, outra bem diferente é fazer tudo com a pretensão de se adequar às necessidades de alguém.

Tentar agradar os outros prejudica você porque você acaba fazendo o que os outros querem e não o que você quer; como resultado, você se tornará um ser humano infeliz e ressentido consigo mesmo por não ter coragem de seguir o próprio caminho.

Dar importância ao que os outros vão dizer

Você nunca fará todo mundo feliz. Portanto, deve buscar a sua autorrealização e não ligar para o que os outros vão falar, pois não é a sua obrigação agradar a todos.

Siga a vida independentemente do que os outros digam ou pensem de você e garanto que você alcançará mais objetivos do que jamais imaginou.

Tenha sempre em mente que da mesma forma que você pode se tornar seu pior inimigo, você também pode e deve ser seu melhor amigo. Se tiver que se corrigir, faça-o, mas sempre com amor.

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Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original El autosabotaje te hace daño, trátate con más amor

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Erika Otero Romero

Erika é psicóloga com experiência em trabalhos comunitários, com crianças e adolescentes em situação de risco.