6 importantes conselhos para quem perdeu um ente querido
Não é fácil superar a perda de alguém que amamos. Mas há muito o que podemos fazer para amenizar a dor e não deixar que o luto se transforme em doença.
Erika Strassburger
Tivemos uma enorme perda na família, recentemente. Meu ex-marido, pai dos meus três filhos, sofreu um grave acidente e não resistiu aos ferimentos. Ele era jovem, tinha muitos planos para o futuro. Foi uma grande perda para todos nós, especialmente para meus filhos, os pais dele, suas irmãs e sobrinhos.
Como meus filhos e eu temos fortes convicções religiosas e espirituais, para nós está sendo mais fácil lidar com a perda. As irmãs dele sofrem ainda, mas a dor vai sendo amenizada conforme o tempo passa (passaram-se quatro meses). Para os pais dele, porém, está sendo muito difícil, quase insuportável. É compreensível, pois perder um filho é uma das piores dores que há.
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É para os meus sogros e para todos aqueles que estão tendo grande dificuldade para lidar com a perda de um ente querido que escrevo este artigo. Ter em mente estas 6 coisas lhes ajudarão a superar essa dor:
1. A dor da perda irá abrandar-se com o tempo, mas se isso não ocorrer, vocês precisam procurar ajuda
Sofrer, chorar, negar o ocorrido, questionar, isolar-se, sentir raiva, tudo faz parte da transição para superar a dor, faz parte do luto. Chorem tudo o que tiverem para chorar, permitam-se sofrer. Mas, por favor, não desistam de continuar! Não se entreguem! Se o sofrimento for muito persistente, convém buscar ajuda, pois algumas doenças graves podem se desencadear, como a depressão e a Síndrome do Coração Partido.
2. A dor física que sentiu, ele já não sente mais
Se a pessoa teve uma morte trágica ou sofreu muito antes de morrer, a tendência é que fiquemos revivendo aquelas cenas terríveis, sofrendo pelo que ela sofreu.
Não se esqueçam de que isso é passado. A dor dele já não existe mais. Tentem se concentrar nas boas lembranças, em bons momentos que passaram juntos, e deixem as lembranças ruins no passado, pois é onde elas realmente estão.
3. Há outras pessoas que precisam da sua atenção e amor
Quando alguém que amamos parte, a tendência é nos isolarmos para sofrer e não darmos a devida atenção àqueles à nossa volta.
Há pessoas à sua volta que lhes amam e precisam de vocês. Deem atenção a elas, fiquem mais perto delas, deixem que elas se aproximem mais de vocês. Vocês irão se distrair ao conversar sobre outros assuntos, irão fortalecer seus laços. Isso fará bem a todos.
4. Não se culpem quando a tristeza cessar e a alegria voltar
Parece uma ofensa à memória e ao sofrimento do ente querido quando rimos um pouco, quando nos alegramos.
Não se culpem. Não está errado sorrir, alegrar-se. Saibam que ele adoraria lhes ver felizes novamente. Superar a perda, recobrar o ânimo de viver é o caminho natural que todos precisam trilhar.
5. A vida continua
A vida dele continuará na eternidade, e a sua jornada mortal ainda não chegou ao fim. Não desperdicem seus dias aqui na terra. Vocês ainda terão contas para pagar, deveres a cumprir, filhos e netos para abraçar, amor e carinho para dar e receber. Vivam da melhor maneira que puderem aqui, para que, quando chegar a sua hora – pois cedo ou tarde acontecerá com cada um de nós – vocês estejam preparados e tranquilos por terem feito o seu melhor na mortalidade.
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6. Haverá um reencontro
Eu lhes garanto, a morte não é um “adeus”, mas um “até logo”. Deus nos ama tanto que não nos deixará separados daqueles que amamos para sempre. Se fizermos a nossa parte aqui na mortalidade, poderemos rever e conviver com nossa amada família e nossos amigos na eternidade. Graças ao sacrifício e morte de Jesus Cristo, todos nós ressuscitaremos assim como Ele ressuscitou. É um dom e promessa maravilhosos.
Quando a dor da saudade bater novamente, pensem no que foi exposto acima. Vocês ainda têm muito para viver aqui na terra, e terão uma eternidade pela frente para conviver com aqueles que já partiram. Vocês só precisam fazer a sua parte, levando uma vida digna e justa. Deixem que a dor do “adeus” dê lugar à esperança de um “até mais ver”.
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