6 mitos sobre o coronavírus que você não pode acreditar

Certifique-se de que a informação que você lê, vê e escuta sobre o coronavírus é confiável, e evite entrar em pânico.

Adriana Acosta Bujan

Vivemos atualmente uma crise globalizada que está nos destruindo e vencendo a batalha por causa do coronavírus. Milhares de pessoas ao redor do mundo morreram e milhões perderam seus empregos. Negócios e empresas fecharam e todas as pessoas devem permanecer em suas casas; os infectados sofrem discriminação, além de tantas outras coisas que estão colocando o mundo inteiro de cabeça para baixo.

Para compreender o problema é importante saber como a Organização Mundial de Saúde define o coronavírus: “É uma ampla família de vírus que causa diversas doenças, desde um resfriado leve até doenças sérias, como síndrome respiratória aguda grave, insuficiência renal, pneumonia e morte”.

Infelizmente, temos de estar conscientes de que todos corremos o risco de sermos infectados, se não levarmos a sério e com respeito as medidas sanitárias que os governos impuseram.

Um panorama desalentador

O SARS-CoV-2 contagiou milhões de pessoas em todo o mundo, não só fisicamente, mas também a nível emocional e psicológico, criando uma paranoia global gerada através das notícias falsas que estão nas redes sociais e meios de comunicação. Inclusive, a desinformação e a ignorância de muitos criaram até mesmo uma falsa expectativa de leveza em relação à gravidade do problema.

Portanto, devemos ter muito cuidado com a informação que lemos, vemos e escutamos, para não entrarmos em pânico e, de certa forma, tentarmos garantir que as fontes de informação são confiáveis.

Advertisement

Mitos e realidades do coronavírus

1. O vírus foi criado na China em um laboratório

Esta informação carece de validade e confiabilidade em suas fontes, portanto é um mito em que não devemos acreditar. Especulava-se que em um laboratório os especialistas chineses estavam inovando e criando uma arma biológica, e que esta experiência saiu do controle causando milhares de mortes. Igualmente, também circulou a informação falsa de que este vírus foi originado por americanos.

A realidade é que muitos pesquisadores ainda estão tentando encontrar a fonte confiável sobre sua origem. A única informação apresentada pela Organização Mundial de Saúde é que este vírus é comum entre morcegos e outros animais, e é transmitido através dos dromedários, mas ainda não foi confirmada a possível origem animal.

2. O sol, secadores de mãos e banho de água quente matam o vírus

Exposição ao sol tem muitos benefícios para a saúde, por exemplo: raios UV ajudam a produzir vitamina D na pele, o que é bom para fortalecer os ossos, melhora a aparência da pele e reduz a pressão sanguínea, também é ideal para reforçar as defesas do corpo, melhorar o humor entre outros.

Mas, infelizmente, o sol, os secadores de mãos e a água quente não matam o coronavírus.

A Organização Mundial de Saúde ainda não demonstrou que a exposição a temperaturas elevadas impede o contágio, uma vez que o vírus pode propagar-se em locais tropicais, quentes e úmidos. Existem algumas teorias a respeito de que nos meses quentes se consiga diminuir o número de contágios, mas ainda não foi comprovado.

Advertisement

3. Remédios caseiros curam

Espalhou-se, através das redes sociais, que a covid-19 pode ser curada com remédios caseiros. Esta afirmação é totalmente falsa e carece de fontes confiáveis. O que é verdade é que muitas frutas, legumes e alimentos ajudam o organismo a reforçar as defesas, o que pode diminuir os sintomas próprios de uma gripe comum ou dor de cabeça (que são considerados alguns sintomas da covid-19).

Ainda não há vacinas. Os especialistas em saúde ajudam os infectados a combater os sintomas (tosse, dores musculares e de cabeça, febre e secreção nasal) usando medicamentos como antivirais, anti-inflamatórios, que em outras afecções por sua composição têm sido úteis contra o vírus.

As instituições de saúde confirmaram que o isolamento das pessoas infectadas, a administração de respiração assistida – e o sistema imunitário das pessoas – conseguiram combater a doença; é por isso que existem casos de sucesso.

4. Passeio com animais de estimação é um risco

Há algumas semanas, foi divulgada a notícia de que em Hong Kong um cão tinha contraído o vírus, a explicação científica é confusa; diz-se que ele pode ter sido infectado porque o vírus normalmente está presente nas superfícies. No entanto, as instituições de saúde concordam que não há evidência de que animais de estimação como gatos ou cães possam ser infectados pisando superfícies contaminadas, no entanto, em alguns casos, os animais podem ser infectados por seus donos.

5. Usar máscara previne o coronavírus

Pode-se afirmar que usar máscaras previne a disseminação e contágio de algumas doenças respiratórias; no entanto, os especialistas asseguram que o uso incorreto não previne a doença, mas se todos usarem, a probabilidade de contágio diminui.

Advertisement

6. Pulverizar o corpo com cloro e álcool previne o contágio

É totalmente falso pensar que ao aplicar cloro ou álcool na pele se pode prevenir o contágio, já que o vírus entra no organismo. Inclusive é perigoso, já que as substâncias podem danificar os olhos, a pele, o nariz entre outros. O álcool líquido e o cloro são utilizados apenas para desinfetar superfícies. Para as mãos e o corpo, água e sabão. E álcool gel para as mãos, quando estiver em algum lugar onde não consegue lavar as mãos.

Antes de entrar em pânico, é fundamental garantir a veracidade das fontes. Muitas notícias que circulam na mídia são falsas. Se você tem dúvidas em que pode ou não acreditar, acesse a página da Organização Mundial de Saúde para, assim, responder todas as suas perguntas.

Fique em casa! Cuide de você e dos seus.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original Los 6 mitos sobre el coronavirus que no debes creer

Toma un momento para compartir ...

Adriana Acosta Bujan

Adriana Acosta estudou comunicação, é mãe de um adolescente, e atualmente se dedica em ensinar e pesquisar em nível universitário em Puerto Vallarta. Publica seus textos esperando que ajude as pessoas com suas vivências úteis.