6 benefícios de ser uma “mãe coruja”

Nunca senti necessidade de ser menos que isso. Se você também é uma mãe coruja, veja alguns benefícios que você traz à vida de seu filho.

Stael Ferreira Pedrosa

Já passei por alguns problemas e críticas por ser uma mãe coruja assumida e creio não estar sozinha nessa. Muitas pessoas ainda com a mentalidade no século XVII, pregam que criança tem que apanhar, tem que ficar de castigo e que se isso não acontecer não darão “nada que preste”.

Sempre fiz ouvidos moucos para esses conselhos e para críticas do tipo: “você faz tudo que seu filho quer” (o que não é verdade). “Você vai estragar essas crianças” (já são adultos em perfeito estado de conservação). “Você mima demais seus filhos” (Não vejo ninguém mimado aqui em casa). “Bata neles que não fazem isso mais” (violência não faz parte da minha natureza e não acredito que ela resolva qualquer problema).

Vejo as expressões espantadas quando digo que:

“Sim, passei um ano dormindo menos de duas horas por noite para ver se meu bebê estava respirando bem”.

“Nunca bati nos meus filhos”.

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“Não trabalho fora, fico em casa cuidando dos filhos”.

“Amamentei o quanto pude”.

“Sempre corri para ver porque estavam chorando”.

“Dormiam na minha cama quando e o quanto queriam”.

“Sempre parei qualquer coisa que estivesse fazendo para dar atenção total a eles”.

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“Dei colo sempre que pediam e até quando não pediam”.

Afinal, por que o espanto? São meus instintos. Eu simplesmente fazia de acordo com meus sentimentos – e ainda faço. E, talvez seja corujice minha, mas meus filhos são adoráveis. São gentis e educados. Sabem ouvir um não e compreender as razões, são honestos, têm um apurado senso ético e grande empatia. Sentem misericórdia e querem ajudar tanto a pessoas quanto animais.

Então, diante da minha experiência e vendo as experiências de outros pais, posso concluir de acordo com especialistas que sim, há muitos benefícios em ser uma mãe coruja. Aqui estão 6 deles:

1. Seus filhos serão mais saudáveis

Segundo estudiosos, filhos de pais agressivos e controladores costumam desenvolver doenças metabólicas. Meus filhos vivenciaram um comportamento assim por parte do pai – que me acusava de “passar a mão demais” na cabeça dos nossos filhos e coincidentemente (ou não) desenvolveram obesidade. Após o divórcio começaram a emagrecer e a ter melhor qualidade de vida.

2. Maior proteção

Ainda segundo a pesquisa mencionada no item 1, uma forte relação entre pais e filhos traz um certo nível de proteção. Os investigadores descobriram que crianças com pais amorosos e envolvidos são menos propensas a se tornarem vítimas de abuso ou agressão.

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3. Menos problemas com drogas

A revista Arquivos de Pediatria e medicina adolescente de 2012, traz uma grande descoberta: Pais calorosos e presentes, que exercem autoridade com amor, criam filhos significativamente menos propensos a beber, fumar cigarros e maconha do que adolescentes cujos pais foram negligentes e distantes.

4. Filhos menos estressados

De acordo com uma pesquisa apresentada no Festival de Ciências Sociais e econômicas de 2011, quando os pais brincam e fantasiam com os filhos, isso dá às crianças e jovens as ferramentas necessárias para pensar criativamente, fazer amigos e gerenciar estresse. Então, sinta-se livre para fazer papel de bobo, ou tomar chá de água. Os seus filhos vão agradecer-lhe mais tarde.

5. Filhos menos agressivos

Sem surpresas aqui: Pais que expressam emoções negativas em relação a seus filhos, que os trata de maneira grosseira e até batem, certamente terão um filho agressivo. Principalmente por volta dos 5 anos de idade, pois agressividade nessa fase está ligada à agressividade mais tarde na vida, inclusive com parceiros e cônjuges.

6. Uma base segura

Uma relação estreita entre mãe e filho pode ajudar a manter os meninos longe de problemas, de acordo com um estudo de 2010. Uma relação calorosa e próxima com a mãe tem se mostrado importante na prevenção de problemas de comportamento em filhos, mais ainda do que em meninas, afirma a pesquisa. Um elo firme entre pais e filhos é como uma “base segura” reconfortante antes de se aventurar no mundo em geral.

De acordo com o exposto até aqui pode-se concluir que não apenas o tempo que se passa com os filhos, mas a qualidade desse tempo – pleno de amor, aceitação, abrigo, cuidados, cria na criança um modelo de ação que se refletirá em todas as áreas de sua vida.

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Seja mãe coruja! Vale muito a pena.

“As crianças não precisam de atenção dos pais 24 horas por dia e nem cem por cento do tempo(…) Mas quando seus filhos precisam de sua atenção, você deve dar a eles sem quaisquer ressalvas e com alta qualidade”. Tovah Klein

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.