5 comportamentos que os pais NUNCA devem ignorar em uma criança

Observe o comportamento de seu filho sempre. Em alguns casos ele diz mais através do que não expressa verbalmente.

Stael Ferreira Pedrosa

Alguns problemas de mau comportamento são simples e nem sempre requerem intervenção dos pais por ser algo típico da idade como, por exemplo, o egoísmo com os brinquedos, comum por volta dos 3 aos 7 anos. No entanto, existem alguns que precisam ser observados, pois dizem muito sobre como seu filho pensa e sente. Muitos deles pedem intervenção imediata.

Segundo a psicanalista Edna Maria Romano Wallbach, muitos dos comportamentos indesejados das crianças podem estar sendo ensinados dentro de casa. “Se os pais gritam ou falam palavrão, os filhos tendem a copiar o que veem”. A influência dos pais é fundamental no processo de ensinar um melhor comportamento aos filhos. Lembre-se: criança vê, criança faz. Também é importante, além do exemplo, dar regras claras e limites.

Se você perceber que seu filho apresenta alguns dos comportamentos listados abaixo, jamais ignore. Eles dizem muito sobre a maneira como seu filho lida com problemas, diferenças, agressividade e egoísmo.

1. Birra

Para a psicóloga Paula Pessoa Carvalho, especialista em comportamento infantil, esta é uma maneira da criança encontrar e testar os próprios limites que os pais dão. Ela orienta ignorar a cena e depois que a criança se acalmar, abaixar na altura dela e falar com calma que reprova a atitude. “Também é importante que os adultos não cedam à vontade dela. Digam simplesmente que não gostaram do comportamento e encerrem a conversa”. Neste site tem boas dicas para lidar com a birra.

2. Agressividade

Nunca é sem razão. Agressividade infantil pode ser uma maneira de chamar a atenção ou repetição de agressividade sofrida pela criança. Atitudes agressivas podem ser sutis como empurrar ou tomar o brinquedo de outra criança, mas comportamentos assim exigem intervenção dos pais. Tanto para tentar descobrir a origem de tal atitude, quanto para evitar que tal comportamento se torne hábito. Não use de violência com a criança (bater, gritar) para ensinar a ela a não ser agressiva. Afinal, a criança tem que entender que agredir os outros não é aceitável – muito menos por seus pais.

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3. Isolamento social

A interação social é um dos comportamentos mais estimulados pela psicologia. Se seu filho se recusa a interagir com seus pares, a sair de casa, ir a festas, ou estudar com os colegas, esse é um problema que não deve ser ignorado. Além de ser sinal de depressão, cria um comportamento que pode gerar dificuldades interativas no futuro. As crianças precisam de interação, diz a psicóloga Paula Pessoa Carvalho. A profissional também aconselha “que os pais estimulem atividades em grupo e a convivência com amigos. Além disso, é preciso sempre dialogar com o filho para entender os motivos pelos quais ele está se isolando”.

4. Bullying

Quando o seu filho é a vítima é mais fácil perceber, mas quando ele é o agressor, talvez os pais só venham a saber se a escola ou creche entrar em contato com estes. Pode ser devastador para os pais descobrirem que seu filho pratica bullying ou ciberbullying, no entanto, há que se encarar a situação e partir para a ação. Não é aceitável deixar “para lá”. Segundo a médica Maria Dulcinea Oliveira, do Hospital Infantil Sabará, “além de manter um canal aberto de diálogo com os filhos e interesse pelo o que acontece na escola e na vida afetiva desses jovens, é importante que os pais acompanhem a vida virtual dos seus filhos”.

5. Comunicação inadequada

Interromper a fala dos pais e outros ou fingir que não ouve são comportamentos que devem ser observados e corrigidos. Segundo o site guia infantil, há de se levar os sentimentos da criança em consideração. Aquelas que interrompem a fala dos pais, ou as que fingem não escutar, podem estar se sentindo pouco amadas, ouvidas e valorizadas. No entanto, ainda assim devem ser ensinadas que seu comportamento não é aceitável. Quando a criança interromper, coloque a mão em seu ombro, para mostrar que a ouviu ou abaixe-se na altura de seus olhos e diga: “Agora estou conversando com (nome da pessoa) falarei com você assim que terminar”. É importante não esquecer de fazer isso quando a conversa terminar.

Já a criança que finge não ouvir pode estar reagindo a pais que gostam de “dar sermão”. “Quando a criança se sente respeitada, costuma responder do mesmo modo”, afirma a psicóloga Patricia Bader, do Hospital São Luiz (SP). Observe a concentração da criança. Os distraídos têm mais dificuldade para perceber o que está à sua volta.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.