5 aspectos que o ajudarão a diferenciar um amor saudável de um que não é

Há amores que duram para sempre, mas também há os que doem toda uma vida.

Erika Otero Romero

Creio não serem poucas as pessoas no mundo que procuram amar e ser amadas. Sejamos francos, sentir-se amado por alguém deve ser uma das sensações mais agradáveis que se possa experimentar.

Em particular, não tive muita sorte no amor. A única pessoa que amei em minha vida não foi um bom amor. Tenho muito a lhe agradecer. Por exemplo, graças a ele, sei qual tipo de homem mereço em minha vida.

A questão é que de todas as relações amorosas se aprende algo, sejam bom ou mau. E isso começa desde a mais tenra infância.

Gostamos e amamos desde que somos bebês. O interessante é que, embora aprendamos a amar, não sabemos como acontece esse aprendizado. Talvez quando recebemos afeto e cuidado de nossa mãe em seu ventre ou em seus braços. No entanto, sinto-me tentada a dizer que sentir afeto pelos outros parece algo inato em muitos de nós. Claro que há também aqueles que não têm sentimentos de amor, empatia ou remorso; isso já tem a ver com doenças do tipo mental.

Sabemos que amamos nossa mãe porque sentimos a falta dela quando vamos à escola. Reconhecemos que gostamos de um amigo especial porque sentimos sua falta nas férias; é assim com cada pessoa com quem estabelecemos um vínculo afetivo.

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Embora o amor aconteça sem que possamos controlar, amar de maneira saudável é algo que se aprende. Podemos saber quando alguém nos “quer bem” e quando não. Isso talvez se deva à linguagem não verbal, e claro, também pela forma como alguém trata você.

Como saber que alguém o ama?

Nosso cérebro sabe distinguir, graças à experiência adquirida, quando alguém nos ama. Isso porque sabemos o que é proteger, cuidar e preocupar-se com os outros. Também conhecemos claramente os antônimos do amor, que são ferir ou maltratar.

O problema é que, às vezes, nos metemos em relacionamentos nocivos por vontade própria. É como se tivéssemos esquecido como distinguir os sinais que diferenciam o amor bom do mau. Claro que não somos perfeitos e também ferimos e manipulamos aqueles que amamos. Apesar disso, é assim que aprendemos a amar e ser amados. Infelizmente, muitas vezes aprendemos a partir de “tentativa e erro”.

5 sinais que diferenciam o amor saudável do amor doente

Como tudo na vida, amar também tem limites claramente delineados. Há 5 aspectos que são sinais evidentes de amor nocivo. Dito isso, vamos começar:

Intensidade

Quando se inicia uma relação amorosa, a intensidade entre as partes é bastante alta. É uma necessidade imperiosa de estar com o outro o maior tempo possível. Sua companhia se torna uma necessidade.

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É aqui que você deve exercer o autodomínio e não se tornar asfixiante. Sim, sei que a necessidade de estar com quem se ama é urgente. A questão é que esse tipo de comportamento, ao invés de uni-los mais, o que ele faz é afastá-los.

O importante é que, depois dessa “necessidade” de proximidade, a relação chegará ao ponto em que ambos necessitarão de espaço; é melhor que isso aconteça desde o início da relação para, assim, evitar o sentimento de rejeição.

Isolamento e posse

Normalmente, as pessoas que amam mal fazem isso desde o início. Um mau sinal de amor é o seu parceiro afastá-lo das pessoas que você ama. Ele não vai tentar integrar-se no grupo, mas vai afastar você dele. E vai fazer pior: vai julgar de forma terrível qualquer ação “contra você”; além disso vai procurar fazer você se afastar, em vez de a ajudar a encontrar uma forma de conciliar os problemas.

Estará alerta para ver “quem agride você”; para lhe mostrar sem piedade e, assim, fazer com que se afaste dos outros, sejam da família ou não.

Esse comportamento é comum em pessoas que querem monopolizar toda a atenção do parceiro. É justo que você ajude seu parceiro a ver as faltas cometidas contra ele; no entanto, o correto é que você o ajude a resolver os problemas e não os tornar maiores. Amar não é possuir ou absorver, muito menos gerar discórdia.

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Necessidade de controle

Ter o controle das situações gera segurança e dá mais tranquilidade. Isso não funciona assim quando se trata de relações pessoais.

Procurar uma forma de controlar o tempo e a vida da pessoa “que ama” é doentio e prejudicial. A questão é que a pessoa controladora precisa se sentir segura de seu parceiro; com isso, ela pressiona seu “amado” para mantê-lo sob seu escrutínio constante.

O parceiro não é uma extensão sua. Pretender controlá-lo é procurar anular sua vontade para que faça a sua. Ninguém está acima de ninguém e controlar o seu parceiro é tentar se impor e diminuí-lo.

Ciúmes

Muitas pessoas têm a falsa crença de que ciúme é amor, e que quanto mais ciúmes, mais amor há. Nada está mais longe da realidade.

As pessoas não são objetos para acreditarmos que temos título de propriedade sobre elas. Ciúme não é amor, é insegurança e desejo de posse.

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Desprezo

Nada destrói mais o amor-próprio e o sentimento por alguém do que o desprezo. Subtrair propositalmente a importância e o valor do esforço do outro em suas tarefas ou metas é destrutivo. Ninguém precisa que lhe façam o favor de lhe dizer se algo vai funcionar ou não.

Absolutamente ninguém pode ver o futuro para saber se alguém terá ou não sucesso em um empreendimento. Nosso trabalho, como alguém que ama, é apoiar e orientar; em caso de fracasso, é consolar e dar ânimo; nada mais, nada menos.

Não somos absolutamente ninguém para roubar os sonhos da pessoa que amamos. Amar não é possuir nem controlar; tampouco monopolizar e distanciar.

Pode ser que sejamos tentados, às vezes, a cair neste tipo de comportamento e atitude viciosos. O ponto é mantê-los sob controle. Coloque-se no lugar do outro e tente sentir o que o outro sente; isso lhe dará uma nova perspectiva. Amar é respeitar a individualidade.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original 5 aspectos que te ayudarán a diferenciar un amor sano de uno que no lo es

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Erika Otero Romero

Erika é psicóloga com experiência em trabalhos comunitários, com crianças e adolescentes em situação de risco.