5 ações necessárias para apoiar uma criança cujos pais estão se divorciando

Quando um divórcio acontece os adultos envolvidos sofrem muito. Porém, a maior extensão do divórcio se reflete nos filhos. Eles sofrem pela falta de um dos pais e isso pode trazer sérias consequências.

Moroni Ataide

Quando um casal está em processo de divórcio, é um momento delicado, não só para o casal, mas também para os filhos. Entretanto, na maior parte dos casos, as crianças não entendem os problemas dos adultos, mas mesmo assim podem ver com facilidade que as coisas não estão indo bem quando os pais estão brigando, principalmente se as brigas são frequentes e envolvem gritos e agressão física. Mesmo que a criança não entenda o porquê disso tudo, essas coisas ficam guardadas na mente e alimentam sentimentos como medo, raiva e insegurança. Isso, futuramente, pode se transformar em um trauma que pode atrapalhar a vida adulta. Vejamos algumas coisas que podem ser feitas para minimizar esse sofrimento e para que a criança encare isso com a maior naturalidade possível.

1. Converse

Mesmo que a criança não tenha maturidade suficiente para entender os problemas. Não adianta fingir que eles não existem. Converse com a criança, e de acordo com a capacidade de entendimento dela, diga que os pais não morarão mais na mesma casa. Não é necessário contar tudo o que acontece. Por exemplo, a criança não precisa saber de assuntos como traição, agressões, vícios, etc. Basta saber que os pais estão com problemas e que não viverão mais juntos.

2. A criança precisa saber que ela não tem culpa

Algumas crianças se sentem culpadas quando os pais estão se divorciando. Eles acham que, se tivessem sido melhores filhos, mais obedientes ou algo assim, os pais não brigariam tanto e não estariam se separando. Mostre para essa criança que isso não é verdade, que os filhos não têm culpa nenhuma dos problemas dos pais e mesmo que eles tivessem feito muita coisa diferente, não teriam mudado nada e que essa foi uma decisão dos pais que não cabe a eles.

3. Companhia

A criança ama tanto o pai quanto a mãe, e quer a companhia dos dois. Diga que mesmo que os pais não morem mais na mesma casa, eles continuarão sendo seus pais e que eles não deixarão de amá-la por morarem em outra casa ou até mesmo se formarem outra família e tiverem outros filhos. Mostre que continuarão presentes, participando de datas comemorativas e que a criança poderá frequentemente fazer uma visita na nova casa e assim ter sua companhia, mesmo que a distância.

4. Não os façam escolher um lado

Tome cuidado com a alienação parental. Além de ser crime, causa um grande mal na mente da criança. Mesmo que você tenha muitos motivos para falar mal do ex-cônjuge, não faça isso na frente das crianças. Não permita que desenvolvam sentimentos de desafeto pelo pai ou pela mãe. Com o passar do tempo e à medida que a maturidade vai aumentando, a criança por si só chegará as suas próprias conclusões e decidirá o que deverá ser feito quando for adulta.

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5. Cite exemplos positivos

Se a criança conhecer alguma família que tenha passado por um divórcio e que hoje vivem bem, especialmente se nessa família tiver crianças da mesma idade, você pode usá-los como exemplo. Pode dizer que a família vai ser como a família “tal”, onde os pais não moram na mesma casa mas todos são felizes. Se fizer isso, tome muito cuidado para escolher uma família de pessoas que vivem bem atualmente.

Por mais que o divórcio seja doloroso e desafiador, não demonstre isso para a criança. Seja forte o bastante para dar um sorriso, ao menos na frente dela. Sua tristeza ou alegria refletirá e contagiará a criança.

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Moroni Ataide

Moroni Ataide nasceu em São Paulo é Redator e Publicitário. Já trabalhou com revisão e edição de textos, monitoria de qualidade e com treinamenos de desenvolvimento pessoal.