4 lições da história bíblica da viúva

Será que daríamos a um desconhecido, caso este pedisse, o último alimento que temos para nossos filhos? Uma viúva o fez e foi muito abençoada.

Stael Ferreira Pedrosa

Diz na bíblia em I Reis que cerca de 830 anos antes de Cristo, entre Tiro e Sidom na Fenícia, local que hoje pertence ao Líbano, havia uma cidade de nome Sarepta. Nessa cidade vivia uma viúva muito pobre, durante um período de seca e fome. A bíblia não fala muito sobre a viúva, nem mesmo seu nome ou parte de sua história, nós a conhecemos apenas como “a viúva de Sarepta”. Essa mulher se tornou notável por sua grande fé.

Ainda em I Reis, no capítulo 17, surge em Israel um homem que tinha grandes poderes. Ele podia levantar os mortos, fazer chover fogo dos céus, selar os céus para que não chovesse e que brotasse farinha de uma panela todos os dias. Esse era Elias, o profeta.

Elias fechou os céus para que não chovesse e nem sequer orvalho caísse na terra, devido à iniquidade do rei de Israel, Acabe, sua malvada esposa Jezabel por sua adoração aos ídolos e do povo que não sabia a quem seguir, se a crença do rei ou ao Senhor. Com isso veio grande seca e fome. Elias foi ordenado pelo Senhor a ir até a casa da viúva em Sarepta para ser alimentado. Chegando lá Elias disse à viúva que o alimentasse. Esta lhe respondeu que não tinha alimento a não ser um pouco de farinha e azeite numa panela e que ela faria dois bolinhos para ela e o filho comerem e em seguida aguardar a morte pela fome, pois não tinham mais nada.

Elias a instruiu a fazer primeiro um bolo e trazer para ele. A viúva obedeceu e o alimentou primeiro. Elias não foi egoísta em fazer isso, era um teste de fé e a viúva foi aprovada. Elias abençoou sua casa dizendo que nem a farinha nem o azeite acabariam e assim foi. Mais tarde essa mulher também teve a bênção de ter a vida de seu filho restaurada por Elias.

O que aprendemos da viúva de Sarepta?

Neste livro, a autora Elizabeth George, faz um paralelo entre a viúva de Sarepta e a malvada Jezabel, esposa do rei Acabe. Ela ressalta as qualidades e a riqueza espiritual da viúva em comparação à riqueza material de Jezabel e sua maldade, pois a viúva alimenta o profeta, e Jezabel promete matá-lo. A viúva era pobre e generosa e Jezabel rica e má. Com qual das duas nos identificamos? Qual exemplo devemos seguir? A escolha é pessoal.

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Porém existem mais lições nessa história que a questão do bem e do mal:

1. O profeta Elias tinha poder

Elias tinha o poder de fazer chover e ou de cerrar os céus para que não chovesse. Esse poder, claro, vinha de Deus. Se Deus dá seu poder aos profetas, é porque estes são legitimamente chamados por Ele a representá-lo e a levantar suas vozes em advertência. Vozes às quais devemos nos ater para o nosso próprio bem, o bem de nossas famílias e nações.

2. Nossa fé pode ser testada

Aquela pobre mulher teve que exercer certamente muita fé para tirar o alimento da boca de seu filho e dar a um homem desconhecido. Quem faria tal coisa? Quando nossa fé for testada, temos que estar prontos a fazer a vontade de Deus.

3. A iniquidade de um povo pode provocar caos e calamidade

Vemos como a humanidade tem contribuído para que grandes catástrofes aconteçam. Tudo isso foi previsto pelos profetas há muito tempo. Na bíblia temos exemplos como Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e mesmo Jerusalém. Antes de uma nação ser destruída fisicamente é provável que esta já tenha se destruído moralmente.

4. Ouvir os profetas e fazer o bem traz recompensas

As recompensas são tanto temporais quanto eternas. A viúva pôde constatar por si mesma que seu ato de bondade e fé ao seguir o que o profeta Elias disse, trouxe bênçãos. O azeite e a farinha nunca se acabaram e seu filho que morreu subitamente foi revivido por Elias.

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O escritor teólogo Bruce McConkie em um artigo disse: “A maior necessidade do mundo de hoje não é a de um profeta mandado pelo Senhor para revelar seu intento e vontade. Isso Ele já fez… A grande necessidade atual é que os homens tenham um ouvido atento e sigam as palavras que vêm dos lábios dos profetas.”

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.