3 maneiras incorretas de educar os filhos

Há muitas formas de educar erroneamente os filhos. Pais deveriam evitar estas três.

Michele Coronetti

Muitas pessoas têm me questionado porque as crianças são tão difíceis de lidar ultimamente, tornando-se em adolescentes insuportáveis. E realmente muita coisa mudou entre esta geração e seus netos.

A diferença é que hoje pais são mais permissivos que antigamente. Não querem que seus filhos sofram ou não desejam ser acusados por maus-tratos. Como sempre, bom senso e um pouco de conhecimento sobre o assunto ajudarão a tomar a melhor decisão em como ajudar os filhos a se comportarem bem desde a infância, tornando-se adolescentes respeitadores e agradáveis.

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Algumas coisas que pais fazem que poderiam ser evitadas, ajudando a evitar o mau comportamento na infância e adolescência:

Não fazer nada

Filhos testam os limites e se não há algum, simplesmente continuam fazendo o que querem até encontrarem este limite. Isso é necessário para o desenvolvimento infantil. Se os pais não fazem nada, não corrigem, não ensinam, com certeza estarão permitindo à criança que tenha um mau comportamento. Ela vai considerar isso normal e continuará assim até que alguém possa lhe dar o limite. Por outro lado, quando a criança tem um bom comportamento e os pais também não fazem nada, ela acaba acreditando que não fará diferença em tentar ser uma pessoa melhor. Pais precisam se manifestar, elogiar o certo, corrigir o errado com amor e paciência, explicar o porquê das coisas. As pessoas possuem seu próprio caráter que influencia na maneira como agem, porém, o comportamento é na maioria das vezes influenciado pelo meio de convívio.

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Bater ou brigar

Se a cada coisa errada que um filho faz o responsável tenta educar com broncas ou agressões, a criança ficará confusa, sem entender o porquê da punição, acreditando que o problema é ela, não o que ela fez. Crescerá sem amor-próprio ou autoconfiança. A violência física e a verbal ainda podem causar outros transtornos psicológicos mais sérios, tornando a criança violenta e com dificuldades em lidar com sentimentos. Apesar de parecer uma atitude funcional, pois a criança não repetirá o mesmo erro por medo, ela não é recomendada e o comportamento não será dos melhores, pois o medo fará com que ela aja de uma forma contida na frente do agressor e terá um comportamento inadequado e agressivo com outras pessoas.

Ensinar com ameaças

Aquelas frases feitas como “Se você não estudar vai ficar de castigo” entram neste tópico. A criança condicionada a uma ameaça por mau comportamento se torna incapaz de se comportar de maneira positiva, tornando-se um adulto receoso, com medo de aplicar sua criatividade em sua vida. Utilizando o exemplo, ela não entende o motivo para estudar, apenas que se não estudar ficará de castigo. Novamente se comportará para não ficar de castigo, mas fora da presença do ameaçador agirá da maneira que desejar, sem entender que o estudo é importante para toda a sua vida e que fazendo isso será feliz. No meio de convívio infantil ela utilizará dos mesmos recursos para conseguir o que quer, intimidando os colegas e sofrendo correções de outros adultos por suas atitudes, causando confusão em seu entendimento.

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Pais que desejam ajudar seus filhos, corrigindo seus comportamentos inconvenientes assumem a responsabilidade pelo que está acontecendo. Criam um ambiente propício no lar, mantêm um bom contato visual, respondem suas dúvidas de acordo com seu entendimento, preocupam-se sinceramente com o bem-estar deles e, principalmente, têm um comportamento adequado em todos os lugares para ser um bom exemplo. O que os filhos fazem está relacionado com o comportamento dos pais. Os filhos têm em seus pais a pessoa mais importante da vida deles e quando os pais entendem esse ponto e buscam ajudar a vida flui mais tranquila e feliz.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.