3 coisas que acontecem com o seu corpo quando você come muito sal

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de menos de 2g de sódio ao dia, mas o brasileiro come mais do que o dobro desta quantidade. Como isso nos afeta?

Stael Ferreira Pedrosa

Desde longa data, muito se tem falado sobre os efeitos do excesso de cloreto de sódio (sal de cozinha) no organismo humano. Todos sabem que, por exemplo, se alguém tem pressão alta, deve diminuir o sal (o açúcar também, para os desavisados!). No entanto, poucas pessoas sabem que existem meias verdades e outros problemas associados a esse elemento em nosso corpo.

Existem sais e “sais”

Nem todo sal é prejudicial. O sal é necessário para a saúde. O problema está na qualidade e na quantidade do sal utilizado. Existem sais bons, tais como:

Sal marinho (grosso)

O sal, quando é extraído do mar em sua forma natural (grosso), contém aproximadamente 80 elementos essenciais, porém, esses 80 elementos são eliminados durante o processo industrial para a produção do sal refinado, tais como iodo natural, enxofre, bromo, magnésio, cálcio, potássio e outros menos importantes, que, no entanto, representam excelente fonte de lucros, por isso são retirados do sal para serem vendidos em outras formas. (Não confundir com a limpeza típica dos sais marinhos, necessária para retirar impurezas).

O que sobra é o sal de cozinha refinado encontrado nos supermercados atualmente e que é muito nocivo devido aos estabilizantes e alvejantes como o carbonato de sódio, grande provocador de cálculos renais e biliares, conforme vários estudos científicos.

Sal rosa do Himalaia

Este sal que tem sido tão badalado atualmente é realmente um bom sal que contém 84 nutrientes adicionais, tais como cálcio, potássio, sulfato, zinco, magnésio e iodo, essenciais para a boa saúde. Ao contrário do sal de cozinha que aumenta a pressão arterial, o sal rosa a reduz. Também é eficaz na desintoxicação do organismo, é relaxante muscular e descongestionante das vias respiratórias. Mas, também se deve evitar o excesso.

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Flor de sal

Considerado o caviar dos sais, a flor de sal – uma fina camada de cristais de sais que se forma na cobertura das salinas – pode ter origem francesa, do Himalaia ou de Mossoró – RN. É um sal mais sofisticado (e mais caro) que tem todos os nutrientes do sal marinho e do sal do Himalaia.

Se vivêssemos em um ambiente mais próximo à natureza, o sal contido nos alimentos seria o suficiente para as necessidades humanas. No entanto, no ambiente urbano, estressado, má alimentação (uso de açúcar e farinhas refinadas) e o desgaste físico faz com que percamos minerais importantes.

O que o sal em excesso faz no corpo humano?

São muitos os males do excesso de sal (cloreto de sódio) no organismo. Aqui estão os mais mortais, segundo os médicos.

1. Hipertensão arterial

Na verdade, o que causa a hipertensão não é o sal, mas o cloreto de sódio. Portanto, o melhor é trocar o sal de cozinha pelo sal grosso ou sal rosa do Himalaia. É importante lembrar que o açúcar também contribui para elevar a pressão arterial.

2. Problemas renais

O consumo excessivo de sal sobrecarrega os rins, já que são eles que eliminam o sal do corpo. Segundo o Dr. Fábio Cardoso, especialista em Medicina Preventiva “Os rins têm uma capacidade limitada para filtrar e excretar o sal. A hipertensão é uma das principais causas de doença renal crônica. Além disso, ingerir muito sal aumenta os riscos de cálculo renal”.

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3. Problemas cardíacos

De acordo com o Ministério da Saúde, o excesso de sódio eleva a pressão arterial, o que lesiona a camada interna dos vasos sanguíneos, causando endurecimento e estreitamento que podem levar a uma ruptura ou entupimento ao longo dos anos. Problemas que podem levar a um infarto ou AVC (derrame) e consequentemente à morte.

Embora os sais do “bem” sejam mais caros que o sal de cozinha comum, eles ajudam a evitar gastos ainda maiores e perda de vidas. Caso não esteja dentro da sua realidade consumir este tipo de sal, diminua o sal comum nas suas refeições e aumente o consumo de água, frutas e alimentos ricos em potássio como: banana, feijão, abóbora, peixes magros, damascos e batata amarela.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.