Usando as escrituras para aprender a partir de seu passado

Um trauma passado pode ser a causa de vícios ou hábitos no presente. Pense sobre a primeira vez em que agiu compulsivamente ou em um padrão. Será que foi logo após um evento ...

Shannon Symonds

O erudito religioso M. Russell Ballard disse: “Aqueles que não se lembram do passado estão condenados a repeti-lo. Há grandes lições a serem aprendidas com o passado, e deve-se aprender dele para que não esgotem sua força espiritual repetindo os erros e más escolhas do passado […] Você nem sequer tem que ser religioso para ver o padrão de repetição da história na vida dos filhos de Deus como registrado no Velho Testamento. Uma e outra vez vemos o ciclo de justiça seguido por maldade. No Novo Testamento, o padrão histórico se repete novamente“.

As escrituras estão repletas de histórias do passado que nos educam e instruem. Deus nos proporcionou sua orientação em forma de escrituras para nos ensinar como ele quer que nos comportemos. O Salvador usou parábolas e histórias para ensinar princípios. As histórias repercutiram com as pessoas que as ouviram. As parábolas do Salvador oferecem exemplos concretos de como viver.

Nessas mesmas escrituras, também somos instruídos a olharmos para o futuro e não chafurdar em erros do passado – a perdoar e esquecer ou a não olhar para trás como a mulher de Ló fez. Aprenda com os erros do passado dos outros e seus próprios, enquanto se move para frente em direção a viver mais como Deus quer que você viva. Perdoe os outros por seus erros e tente esquecê-los.

O que o passado pode nos ensinar?

Procure por padrões repetidos

Padrões repetidos é um sinal de que temos algo a aprender. Pedro, depois de ver o seu Salvador tomado por soldados, mentiu três vezes antes que o galo cantasse para sobreviver. Embora não possamos julgar suas ações, certamente podemos compreendê-las.

Muitos de nós crescemos em famílias que brigavam ou eram abusivas. Eventos traumáticos nos cercaram. Podemos ter escolhido seguir em frente e trabalhar duro para viver um estilo de vida mais saudável, apenas para descobrir que estamos repetindo padrões de nossa infância. Talvez nossos pais brigassem o tempo todo e, agora, o seu cônjuge está se tornando controlador ou violentamente zangado. Talvez você mentisse para seus pais para lidar com o abuso e agora você mente para seu cônjuge.

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Quando nos vemos repetindo padrões, é hora de olhar com clareza o que aconteceu em nossa história e trabalhar com um terapeuta para resolver quaisquer questões não resolvidas. Questões não resolvidas são lições que às vezes insistem para que aprendamos mais tarde. Dr. Carl Sagan disse: “Você tem que conhecer o passado para entender o presente“.

Um trauma passado pode ser a causa de vícios ou hábitos no presente

No Antigo Testamento, Moisés libertou os filhos de Israel. Porém, devido à sua falta de fé, o Senhor os deixou vagar pelo deserto por 40 anos, até que aquela geração morresse e a próxima aprendesse a ter fé.

Costumamos desenvolver vícios e maus comportamentos para lidar com algum trauma. Perceba se a compulsão alimentar ou uso de drogas fez você se sentir melhor durante ou após um evento difícil. Talvez funcionasse naquele momento. A prova é que, assim como os filhos de Israel, você sobreviveu. Às vezes, continuamos a usar os mesmos mecanismos de enfrentamento repetidamente ou nos viciamos. Às vezes, o trauma vem de longa data, mas o método de enfrentamento, como mentir, ainda é forte.

Olhe para os vícios atuais ou comportamentos que você gostaria de mudar. Você tem um comportamento do qual se sente pronto a livrar-se? Pense sobre a primeira vez em que agiu assim. Será que foi logo após um evento traumático?

Quando reconhecemos e compreendemos quando e por que o vício ou comportamento começaram, então ganhamos uma nova compreensão. Podemos ser mais compassivos e gentis conosco enquanto nos esforçamos para eliminar o vício e buscar a cura.

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Perceba que toda ação leva a uma nova direção. Já se viu confuso e querendo saber como chegou ao ponto onde se encontra agora? Como Jonas no ventre da baleia, você já se perguntou: “Como eu vim parar aqui?” Estes são sentimentos que todos experimentamos em um ponto ou outro de nossas vidas.

William Shakespeare disse: “O passado é um prólogo.” Um prólogo é definido como um evento que antecede a história. Seu prólogo acabou. Quando você encontrar-se em pé no palco da vida, qualquer direção que tomar a partir daí é sua escolha. Olhe para as suas viagens passadas. Você quer continuar na mesma direção, ou é hora de tomar um novo caminho? Escolha um objetivo, ou um ponto na distância como guia para evitar viajar em círculos.

O futuro é sempre agora

Steve Jobs, fundador da Apple faleceu em 2011. Ele disse: “Nos últimos 33 anos, eu tenho olhado no espelho todas as manhãs e me perguntado: Se hoje fosse o último dia da minha vida, eu faria o que estou prestes a fazer hoje? E sempre que a resposta foi: ‘Não’, por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.” Mude algo e mude sua direção.

O que esquecer e quando perdoar?

Se esqueça de estar com raiva, se esqueça de lembrar seu cônjuge 10 vezes por dia de seus erros passados. Perdoe 70 vezes sete. Às vezes, somos vítimas de outros. Quando perdoamos, se você é cristão bem o sabe, estamos dando os nossos problemas ao Salvador. Estamos dizendo: “A expiação do Salvador é suficiente para mim.” Por outro lado, quando levamos o problema para longe do Salvador e lutamos com ele mais um pouco, estamos dizendo, “Eu não confio ao Salvador o meu problema. Eu opto por não perdoar e a expiação não é suficiente para mim.”

Embora precisemos nos lembrar do passado para evitar repeti-lo, podemos entregá-lo ao Salvador. Olhar para o futuro, caminhando com fé. Olhe para frente e ensine a sua família a aprender com o passado.

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_Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original Using the scriptures to learn from your past, de Shannon Symonds

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Shannon Symonds

Shannon Symonds worked 14 years as an Advocate for families experiencing Domestic or Sexual abuse while raising 6 children in Seaside Oregon. She loves to laugh, write, run, paint and most of all play with her family and friends.