SUS passa a oferecer medicamento em forma de adesivo para Alzheimer

Desde de setembro, 2017, os pacientes de Alzheimer já podem obter gratuitamente o medicamento.

Stael Ferreira Pedrosa

O SUS, Sistema Único de Saúde, no Brasil não é consenso. Uns dizem que é ótimo, inclusive a ONU diz que é um dos melhores sistemas de saúde do mundo, assim como estrangeiros que o utilizam em passagem pelo Brasil; já outros dizem que não presta. É bem verdade que o SUS tem seus defeitos, mas sim, é sem dúvida um dos melhores sistemas de saúde do mundo. Nada é pago, seja qual for o exame, procedimento, consulta, cirurgia ou internação. Além de consultas e exames, o SUS também oferece acompanhamento psicológico, dentistas, medicamentos, aparelhos para glicemia, fitas para glicemia, seringas, medicamentos estratégicos de alto custo, como para tratamento de tuberculose, AIDS e câncer, serviços e procedimentos como: ouvidoria, terapia ocupacional, meditação, ioga e outras terapias alternativas, pré-natal, bancos de leite humano, Profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV, Cirurgias reparadoras para mulheres vítimas de violência, tratamento para hepatite C, DIU de cobre, Vacinas em geral, Vacina contra HPV, transplantes de órgãos e terapia com plantas medicinais.

E agora o SUS traz uma novidade: oferece medicamento em forma de adesivo na pele para Alzheimer.

Desde de setembro, 2017, os pacientes de Alzheimer já podem obter gratuitamente o medicamento rivastigmina em forma de adesivo transdérmico para o combate da doença. O SUS já disponibilizava a rivastigmina, assim como outros medicamentos (Donepezil e Galantamina) para Alzheimer em forma de cápsulas ou solução oral, mas o problema são os efeitos colaterais que o medicamento causa no sistema digestório. As queixas dos pacientes falam de náuseas, vômitos e perda de apetite.

O adesivo de rivastigmina é aplicado na pele uma vez diariamente e vai liberando o medicamento ao longo do dia. Além disso, com o adesivo, é possível evitar os efeitos colaterais, pois ao ser absorvido através da pele, o medicamento vai direto para a corrente sanguínea, sem agredir o sistema digestório.

Alzheimer tem cura?

O mal de Alzheimer, que atinge geralmente os idosos, não tem cura, mas pode ser tratado. O Alzheimer causa, além da perda da memória, a incapacidade cognitiva. Se diagnosticada no início é possível controlar os sintomas e retardar sua progressão e agravamento dos danos cerebrais. Os usos dos medicamentos junto com terapias estimulantes, como a ocupacional, são fundamentais para o paciente.

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Novos tratamentos promissores

De acordo com o site tuasaude.com, parece ser altamente promissor para a melhora e até a cura do Alzheimer a cirurgia de estimulação cerebral profunda ou marca-passo cerebral, ou ainda DBS, Deep Brain Stimulationterapia, que consiste em implantar um pequeno eletrodo no cérebro, que causa estímulos neurais. Este tipo de terapia já está sendo feita no Brasil e os resultados são animadores. Pacientes com Alzheimer, Parkinson, TOC, distúrbios alimentares e outros problemas neurológicos estão conseguindo bons resultados e até mesmo regressão das doenças. No entanto, o procedimento é caro (cerca de 100.000 reais em material e equipe altamente especializada) e não está disponível em todos os centros de neurologia.

Para saber mais sobre o medicamento e quem tem direito acesse aqui.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.