Seu cônjuge gasta demais? Isso pode ser doença!

O consumismo compulsivo não é charme. Pode ser, sim, uma doença séria que precisa de tratamento.

Marcia Denardi

O consumo compulsivo é considerado uma doença e atinge de 2% a 8% dos brasileiros. Sendo que 80% dos casos acontecem com as mulheres. Apesar do preconceito da sociedade, que não entende a profundidade do problema, o consumismo compulsivo precisa, sim, de tratamento, como qualquer outra doença. Se realmente o diagnóstico for confirmado, o consumista compulsivo precisará de tratamento psicológico e da colaboração das pessoas próximas.

O que é a doença?

O nome oficial da doença é onemania, e a pessoa que é acometida dela possui desejo incontrolável de fazer compras. Por isso, simplesmente não consegue deixar de comprar, e não analisa se as condições financeiras estão favoráveis ao consumo ou se há mesmo necessidade de compra. Por isso, em praticamente 100% dos casos, o consumista compulsivo se endivida, porque não controla o dinheiro e gasta muito mais do que tem. Esse é um grande vilão para o casamento. A doença pode estar associada a problemas emocionais, e as compras podem ser tentativas de aliviar esses sentimentos e suprir carências afetivas.

Casos da doença

Muitos julgam preconceituosamente essas pessoas, por não entenderem do que se trata a doença. Mas somente quem já passou por ela entende como é difícil não ceder ao impulso de comprar. Shayanne Iglesias foi consumidora compulsiva e felizmente atitudes simples a ajudaram a mudar. “Se o dinheiro estivesse na minha mão, eu comprava. Podiam me oferecer uma bala de R$10, mas eu simplesmente não conseguia negar. Quando vi, estava gastando todo o meu salário e metade do salário do meu marido com coisas desnecessárias. Então, deixei que ele assumisse sozinho a administração financeira da casa”, relata.

O caso de Shayanne foi simples, porque ela mesma percebeu o descontrole, entretanto, nem sempre é assim. Há casos de consumistas compulsivos tão severos que crises familiares sérias ocorrem e quem está perto precisa tomar atitudes mais drásticas.

O que o cônjuge deve fazer?

A primeira atitude a ser tomada pelo cônjuge é ter uma conversa tranquila, porém, séria para alertar ao cônjuge consumista que o exagero de compras está sendo um problema para as finanças da casa, e que pode estar se tornando doença. Esse esclarecimento é importante já que muitos consumistas compulsivos não percebem que estão exagerando nas compras. Caso o consumista não aceite, é importante que o cônjuge mostre na prática como o problema é sério, indicando quanto em um mês foi gasto com compras, e outras consequências mais sérias, como endividamentos, limite estourado de cartão de crédito, nome sujo no comércio, etc. Depois desse esclarecimento, é essencial incentivar o consumista a procurar ajuda psicológica para que possa, além de receber tratamento, descobrir qual é o motivo do consumismo compulsivo.

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A revista Veja fez uma entrevista com uma especialista no assunto. Confira aqui.

Outras fontes: Agenda 21 empresarial e Veja Mulher.

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Marcia Denardi

Márcia Denardi é jornalista, musicista e uma mãe e esposa loucamente apaixonada pelos filhos e pelo marido. Tem como objetivo profissional usar a informação para fortalecer as famílias. Curta a fan page www.facebook.com/blogmarciadenardi.