Pesquisas confirmam: se o marido for mais feliz que a esposa o divórcio é quase certo

"Esposa feliz, casamento feliz".

Stael Ferreira Pedrosa

Assim como nos contos de fadas, os casais podem ser felizes para sempre, desde que o marido seja um pouco menos feliz que a mulher. Essa é a conclusão a que chegaram os pesquisadores alemães que afirmam: se o marido for o mais feliz da relação, é mais provável que o casamento termine em divórcio do que se for a mulher.

Já de longa data o ditado é conhecido: “esposa feliz, casamento feliz”. E a sabedoria popular mais uma vez está certa. A pesquisa postada como artigo científico no site Ideas tem como tema de investigação a seguinte pergunta: a lacuna na felicidade subjetiva entre os cônjuges importa em si, ou seja, prevê o divórcio?

Para a pesquisa foram utilizados três bancos de dados econômicos existentes. Segundo os pesquisadores (que são economistas), essa questão nunca foi levada em consideração pelos modelos econômicos de família existentes.

Na pesquisa não foram considerados a qualidade inicial e o nível de combinação inicial entre os cônjuges. As estimativas de efeitos fixos sugerem que o aumento da chance de felicidade (do marido) ao longo do tempo aumenta o risco de separação.

Os achados

A pesquisa descobriu uma assimetria no efeito das lacunas de felicidade: os casais são mais propensos a se separar quando a diferença na satisfação da vida é desfavorável à esposa, ou seja, quando a mulher é menos feliz.

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Uma diferença de felicidade no primeiro ano de casamento aumenta a probabilidade de uma futura separação. Os pesquisadores interpretaram tal dado como o resultado da comparação do nível de bem-estar entre cônjuges, ou seja, se há desigualdade no nível de felicidade, os casais tendem a criar aversão à sua relação.

Analisando pesquisas anteriores de casais da Grã-Bretanha, Austrália e na própria Alemanha, os pesquisadores levantaram fatos similares (que vieram a confirmar a atual pesquisa) como os descritos abaixo:

  1. Quanto maior a lacuna de felicidade entre o marido e a mulher, maior o risco de divórcio.

  2. Só existe esse cenário quando a parte infeliz é a mulher. Se o marido for o mais infeliz, as probabilidades caem drasticamente.

A pergunta que não quer calar

Será que o homem é mais acomodado em ser menos feliz ou é a mulher quem toma a iniciativa de acabar com uma relação em que não se sente feliz? Os pesquisadores não souberam responder.

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Anteriormente, uma pesquisa australiana já havia revelado que a iniciativa dos divórcios é geralmente das mulheres e, principalmente, por aquelas que são mais infelizes que seus maridos. Por isso, as lacunas de felicidade parecem ser importantes para os cônjuges, não só porque refletem uma incompatibilidade em termos de felicidade básica, mas porque é importante explorar tal questão e trabalhar-se enquanto é tempo.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.