Os cinco deslizes mais comuns dos avós

A relação entre avós e netos pode ser conturbada quando a autoridade dos pais fica em segundo plano.

Marcia Denardi

A afirmação de que os avós são os segundos pais dos netinhos é uma realidade tão antiga quanto a existência dos homens. E a ajuda deles na criação das crianças, de fato, é indispensável, especialmente no mundo conturbado de hoje, em que geralmente tanto os pais quanto as mães precisam trabalhar fora, conforme descrito nesta dissertação. Os avós são confiáveis e tendem a amar os netos incondicionalmente quase tanto quanto os pais.

No entanto, apesar de todo esse amor, alguns avós podem perder a noção e acabar mimando demais os netos ou tentando educá-los do seu jeito e, muitas vezes, criticando a maneira de educar dos pais. Tais atitudes precisam ser revistas por toda a família, já que podem ocasionar conflitos, e ainda deseducar as crianças.

Veja alguns dos deslizes mais comuns cometidos pelos avós e algumas formas delicadas de os pais mudarem esse quadro:

1. Palpites e mais palpites

: alguns vovôs, mas principalmente, algumas vovós são craques em dar palpites sobre a educação dos netos. Geralmente acreditam que são mais experientes e por isso têm moral e autoridade para dizer o que está certo e errado na educação que os filhos(as) e genros(noras) dão aos netos. Esquecem-se, no entanto, que apesar de fazer parte da família como um todo, os avós não são os responsáveis pela educação dos pequenos, nem têm maior autoridade sobre os netos do que os pais. Eles podem, sim, dar sua opinião, mas que ela não seja em tom crítico, em frente aos netos, nem muito constante.

2. Excesso de mimo

: mesmo em lares onde os avós cuidam dos netos cotidianamente enquanto os pais trabalham, pode haver excesso de mimo. Ou seja, alguns avós simplesmente não conseguem dizer não aos netos, ou impor limites. Eles não fazem por mal, simplesmente não estão mais na fase de demonstrar autoridade, mas sim de curtir os netinhos. O problema é que isso pode ocasionar alguns males na educação das crianças.

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3. Críticas públicas

: alguns avós não compreendem que não há educação perfeita, nem naquela que eles deram aos filhos. E também não há, necessariamente, um jeito certo ou errado de educar, mas sim jeitos diferentes. Por isso, criticam a educação que está sendo dada aos netos. Atitudes assim podem dar a entender às crianças que os avós são os bonzinhos e os pais são os maus.

4. Tirar do castigo ou descumprir regras às escondidas

atitudes constantes como essas podem prejudicar significativamente a relação das crianças com os pais, já que elas vão perder o respeito pelas regras da casa e pela autoridade dos pais.

5. “Ele não está comendo bem”

frase comum de se escutar de alguns avós, que eram acostumados com comida farta (até demais) na mesa de casa quando os filhos eram crianças. Mesmo depois de os pais provarem que a criança está muito saudável e se alimentando muito bem, alguns avós ainda insistem em forçar aos netos uma alimentação mais “pesada”.

Apesar de muitas pessoas acreditarem que a maioria dos avós é permissiva demais e mima em excesso os netos, pesquisas apontam que tais atitudes não são comuns, especialmente quando recai sobre os avós parte da responsabilidade de educar os netos. Por isso, os deslizes descritos acima não são gerais e acontecem em famílias isoladas.

Mesmo assim, quando ocorrem, devem ser interrompidas de início, com diálogo calmo e claro. Os pais podem, por exemplo, deixar por escrito quais são as regras da família, quando precisarem deixar os netos com os avós. Se o problema for resolvido, a educação conjunta de pais e avós tende a ser muito benéfica para as crianças.

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Marcia Denardi

Márcia Denardi é jornalista, musicista e uma mãe e esposa loucamente apaixonada pelos filhos e pelo marido. Tem como objetivo profissional usar a informação para fortalecer as famílias. Curta a fan page www.facebook.com/blogmarciadenardi.